O Festival Internacional de Mulheres no Cinema (FIM) vai até o dia 11 de julho e reivindica espaço para o talento feminino. A programação completa está em www.fimcine.com.br e as sessões ocorrem no Cinesesc e no Espaço Itaú de Cinema da Augusta.
O festival surge em um momento especial de consciência sobre a discriminação de gênero no País e no mundo.
Segundo dados da Ancine, dos filmes brasileiros produzidos entre 2009 e 2016, apenas 17% foram dirigidos por mulheres. Se formos pensar em mulheres negras, esses números seriam ainda mais pífios.Luiz Zanin Oricchio, O Estado de S.Paulo
O festival, organizado por Minom Pinho e Zita Carvalhosa, começa nesta quarta, 4, com a exibição de Que Língua Você Fala?, de Elisa Bracher, sobre o enfrentamento de migrantes e imigrantes a uma nova cultura.
São 28 filmes, divididos em quatro mostras, sendo duas competitivas (brasileira e internacional) e duas informativas. Haverá também mesas de debates sobre a equidade de gênero – tema e motivação maior do festival.
O público votará, ao final de cada uma das sessões, para eleger os vencedores de cada mostra. Mais informações podem ser obtidas no site do festival, www.fimcine.com.br, ou no Facebook: facebook.com/fimcine.
DESTAQUES DO FIM (competição brasileira)
Baronesa, de Juliana Antunes: docudrama sobre duas amigas que moram numa comunidade em Minas Gerais, em meio ao tráfico de drogas e dificuldades de sobrevivência.
Como É Cruel Viver Assim, de Julia Rezende: reedita o tônus da grande comédia italiana (Mario Monicelli, Dino Risi). Um grupo de trapalhões decide cometer um sequestro para dar jeito na vida.
Desarquivando Alice Gonzaga, de Betse de Paula: fala da presidente da Cinédia, arquivista e memorialista de mão forte. Parte da história do cinema brasileiro passa por seus implacáveis arquivos.
O Desmonte do Monte, de Sinai Sganzerla: o criminoso desmanche do Morro do Castelo, no Rio, é documentado em material de arquivo, entrevistas, música e um aguçado senso da cultura brasileira.
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