Da nostalgia e paz de Downton Abbey a um passeio de Variant com Sidney Magal, passando por dicas de livros e filmes para quem quer mergulhar na cultura digital
SESSÃO PIPOCA
Diversão e nostalgia no cinema Catarse, distopia, violência, drama psicológico ou especulação sobre a sanidade mental do Coringa? Não nessa estreia. Tudo isso fica do lado de fora das salas que exibem o longa-metragem Downton Abbey, um convite à nostalgia (e a sair do cinema com leveza e, possivelmente, um sorriso no rosto). O crítico Luiz Carlos Merten escreve o seguinte: “A visita da família real ao palácio de Lorde Grantham provoca um pandemônio. O filme adaptado da série inglesa que fez sucesso internacional por seis temporadas repercute na tela grande graças ao excepcional elenco – à frente, Dame Maggie Smith é Violet, a mãe do aristocrata – e ao roteiro de Julian Fellowes.”
OLHA ESSA TORTA
O Kfé Ráscal é a primeira cafeteria do grupo Ráscal. Instalado no 2º piso do Shopping Villa Lobos, o lugar desenvolveu receitas especiais para acompanhar os cafés (R$ 9,90 o coado; R$ 5,90 o expresso): pão de queijo de tapioca (R$ 5); tostex de focaccia (R$ 12/R$ 19); iogurte caseiro com calda de frutas vermelhas e granola artesanal (R$ 14); e torta toscana de uva (R$ 14; foto). Onde: Av. das Nações Unidas, 4.777, Alto de Pinheiros. 10h/22h (dom., 12h/22h).
UMA VOLTINHA
Sidney Magal é o primeiro entrevistado da série Na Variant, do Estadão. Enquanto passeia em uma Variant 1971 ao lado do jornalista Julio Maria, o cantor lembra do início de carreira, canta O Meu Sangue Ferve por Você no congestionamento da Av. Paulista e faz embromation de Let it Be. Novos episódios entram no ar todas as terças, às 16h. Odair José, Leo Jaime e Luciano serão os próximos passageiros. Acesse aqui.
CULTURA DIGITAL
Uma série, dois livros e três filmes
SILICON VALLEY, de Mike Judge
Série da HBO. Richard Hendricks é um rapaz franzino, com alguma falta de traquejo social e olhos azuis. Ele tem uma grande ideia nas mãos e uma startup de nome ruim: a Pied Piper, dona de um algoritmo de compressão de arquivos que pode mudar a internet mundial. Silicon Valley pode ser um ótimo mergulho, satirizando algumas manias do mundo das big techs e da inovação. Rir de si mesmo às vezes é o melhor remédio para a sanidade. (Bruno Capelas)
NEUROMANCER, de William Gibson
Escrito em 1984, este clássico da ficção científica ofereceu uma janela para o futuro, nos apresentando o ciberespaço e falando de um mundo dominado por hackers, máquinas e inteligência artificial. Hoje, quase tudo que foi descrito por Gibson está acontecendo. A semelhança com a realidade – ou com um futuro bem próximo – deixa o livro super atual e nos faz pensar no que ainda vem por aí. (Manoel Lemos)
O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS, de Douglas Adams
É um livro cheio de cenas impagáveis, como a do restaurante no fim do universo, os vegetais que não querem ser comidos e a vaca que se oferece aos comensais, além da resposta numérica à crucial questão existencial (42!). (Demi Getschko)
ELA, de Spike Jonze
Romance tecnológico sobre um escritor que se apaixona por um sistema de computação. Nessa história, você vai poder acompanhar a evolução de uma inteligência artificial amorosa (Scarlett Johansson), que evolui à medida que recebe respostas de seu usuário (Joaquin Phoenix; foto). E, é claro, há muitas reflexões sobre o amor moderno e a relação entre pessoas e máquinas. (Giovanna Wolf)
O EXTERMINADOR DO FUTURO 2, de James Cameron
De longe, é o filme que mais vezes vi na vida: tiro, explosão, Schwarzenegger no auge, robôs futuristas, viagem no tempo e os perigos da inteligência artificial. Desafio alguém a me mostrar qualquer produção audiovisual sobre tecnologia melhor do que essa. (Bruno Romani)
BLACK MUSEUM (episódio da quarta temporada de Black Mirror), de Charlie Brooker
Se você for assistir a esse episódio de Black Mirror, prepare-se: é possível fique alguns minutos em choque. A história gira em torno de um museu, no meio da estrada, que expõe objetos tecnológicos bizarros – um deles é um implante neurológico para médicos sentirem as mesmas dores dos pacientes, e facilitar o diagnóstico – ao menos, essa era a ideia inicial. Sem mais spoilers, assista. (Giovanna Wolf)