Relógios e pulseiras inteligentes têm conquistado consumidores nos últimos anos. A evolução desses dispositivos é implantar chips no corpo das pessoas. Que tal?
Esses implantes tendem a ser similares aos chips de GPS que alguns donos de pets inserem sob a pele dos animais.
- Os vestíveis podem ser inconvenientes e não tão confortáveis e simples de lidar no dia a dia como o celular, que ainda é o aparelho mais utilizado
Talvez o melhor vestível seja a própria pele
Carlos Affonso de Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio)
- A empresa Neuralink, do empresário estadunidense Elon Musk, tem como objetivo implantar um chip no cérebro humano para melhorar a memória e ter contato direto com interfaces computadorizadas – incluindo a possibilidade de tocar playlists do Spotify diretamente no cérebro
- Startups americanas também pesquisam como um chip cerebral pode reduzir doenças degenerativas e tornar o sistema nervoso humano mais rápido
- Os principais usos dos implantes tecnológicos devem acontecer na área de saúde e esportes, justamente onde os vestíveis são mais úteis atualmente
Algumas utilizações possíveis
*Reposição da capacidade auditiva
*Melhora da visão com lentes de contato inteligentes
*Se ingeridos, em um exame, os chips poderiam mapear o aparelho gástrico do indivíduo, de modo a detectar doenças ou avaliar o estado de saúde
- Um desafio maior é fazer com que as pessoas topem um procedimento tão invasivo
Essa aceitação deve ser superada por meio de processo educacional sobre casos de usos. O controle da saúde é um benefício que traz entendimento da população
Márcio Kanamaru, da consultoria KPMG no Brasil
- A ideia de seres parte humanos e parte máquinas talvez não se concretize totalmente nesta década, mas é possível que a geração Robocop dê os primeiros passos
- Implantes tecnológicos podem sair de nicho, mas não será rápido como aconteceu com outras tecnologias
Provavelmente, usar implantes será coisa de gente muito alternativa, algo muito ‘transumanista’ para o gosto popular
Carlos Affonso de Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro
Com reportagem de Guilherme Guerra, O Estado de S. Paulo. Fontes: Carlos Affonso de Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro; Márcio Kanamaru, sócio de tecnologia, mídia e telecomunicações da KPMG no Brasil
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