O ponto de partida do programa Educamídia é preparar crianças e jovens para aprender com senso crítico e responsabilidade no século 21
Lançado em junho deste ano, o Programa de Educação Midi – ática (Educamídia) pretende disseminar um tema ainda pouco conhecido na socieda – de, formar professores, pro – duzir materiais e ajudar em políticas públicas. A educação midiática é uma forma de dar ferramentas para que crianças e adolescentes possam ter um consumo consciente da informação, impressa ou digital, com senso crítico.
Como preparar crianças e jovens para aprender com senso crítico e responsabilidade no século 21? Esse é o ponto de partida do Educamídia. Conheça mais sobre o programa e as habilidades que ele desenvolve em educamidia.org.br
Isso quer dizer saber discernir o que são textos de opinião, reportagens, conteúdos patrocinados, sátiras etc.; saber navegar e se expressar na internet com segurança e responsabilidade; não acreditar facilmente e nem passar para frente notícias falsas.
Pesquisa da Universidade Stanford mostra que 82% dos adolescentes nos Estados Unidos não conseguem, por exemplo, distinguir um anúncio marcado como “conteúdo patrocinado” e uma notícia real em um site. Outro estudo do MIT mostrou que as notícias falsas se espalham seis vezes mais rápido no Twitter do que as verdadeiras. “Proibir não resolve, o que resolve é educar”, diz Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, entidade que criou o Educamídia com apoio do Google e tem o Estadão entre seus parceiros. A iniciativa contempla cursos para os professores, que levam o conhecimento a escolas públicas e particulares do País.
O campo jornalístico midiático faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada em 2017. Está na dis – ciplina de Português do ensino fundamental. Isso quer dizer que as escolas precisam se preparar justamente para ensinar o estudante a analisar as informações que vêm de todas as mídias, além de guiá-lo com práticas éti – cas e seguras no ambiente digital. “As crianças precisam saber pesquisar de maneira crítica e não só na posição de consumi – dores”, completa a educadora Mariana Ochs, coordenadora do Educamídia. (Renata Cafardo, do Estadão)