O coletivo de jovens moradores da Grande São Paulo nasceu do desejo de fazer uma cypher [quando vários MCs decidem juntar versos livres sobre algum tema em uma única faixa] só de MCs LGBTQIA+. “Nossa música sempre foi direcionada para a comunidade LGBTQ+ se sentir melhor com suas próprias questões, então isso acabou reverberando nos nossos próprios corpos”, diz Harlley, um dos integrantes.
Um dos maiores desafios na cena rap é o boicote, diz Quebrada Queer
Rebeca Elen, de 26 anos, nasceu e cresceu na favela Sol Nascente, a maior do Distrito Federal. A rapper Realleza, como é conhecida, procura mostrar como a cena hip-hop pode ser múltipla ao explorar a potência dos corpos negros que se propõem a fazer arte e estimula o debate sobre a luta de gênero e a sexualidade. “Tratar mulheres como objetos, LGBTQIA+ como sub-humanos e negros como mão de obra barata são premissas dos colonizadores brancos ocidentais”, afirma a artista.
Nascida e criada em Feira de Santana, na Bahia, Duqueza é uma das artistas da Boogie Naipe, produtora do Racionais MC’s e de Mano Brown. O primeiro EP, Sinto Muito, deve ser lançado em julho deste ano e carrega dois aspectos: a intensidade de sentimentos e o lamento. “Que pena, não posso ser diferente, eu sou isso aqui e sinto muito”, canta. As cinco faixas tratam de diferentes relacionamentos amorosos, em situações vividas pela artista.
O artista de Osasco há poucos meses gravou uma versão da canção Zero, da cantora Liniker, e em agosto de 2021 participou do álbum Onze, que apresenta músicas inéditas do compositor Adoniran Barbosa. Em 2015, Jota.Pê deu um dos passos mais importantes: lançou o primeiro álbum, Crônicas de um Sonhador. Após tocar por dois anos em bares e casas de show, foi selecionado para o The Voice Brasil, reality show musical da TV Globo. Com orientação técnica do cantor Lulu Santos, ficou cerca de três meses na disputa.
Conversamos com Jota.Pê, músico de Osasco em destaque nas redes sociais
O cantor e compositor WD começou na música aos 12 anos, na igreja. Agora, aos 28, acaba de lançar o primeiro single pop pela Universal Music Brasil: Periferia. “Além de ser uma letra que mexe comigo e que ajudou a me transformar como ser humano, tem essa responsabilidade de me colocar no lugar como voz para uma periferia que vive à margem”, diz WD, em entrevista ao Estadão. “Estou mais focado em ser exemplo do que pensando que vão acontecer coisas mirabolantes.” (Estadão Conteúdo)
‘Quero ser voz e exemplo’, diz o compositor WD, que acaba de lançar o single ‘Periferia’