Estadão Expresso
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo
No Result
View All Result
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo
No Result
View All Result
Estadão Expresso
No Result
View All Result
Conteúdo sobre as periferias pelo olhar de quem vive nelas
Home Na Perifa Cultura e Lazer

‘Discurso de Ódio nas Redes Sociais’ analisa a intolerância no mundo digital

Livro de Luiz Valério Trindade estuda o ambiente virtual tóxico, principalmente para as mulheres

Murillo Otavio Por Murillo Otavio
10 de maio de 2022
em Cultura e Lazer, Direitos Humanos, Educação, Na Perifa
0 0
0
Luiz Valério Trindade é doutor em sociologia e autor do livro 'Discurso de Ódio nas Redes Sociais', da coleção Femininos Plurais (ed. Jandaíra). Foto; divulgação

Luiz Valério Trindade é doutor em sociologia e autor do livro 'Discurso de Ódio nas Redes Sociais', da coleção Femininos Plurais (ed. Jandaíra). Foto; divulgação

Share on FacebookShare on Twitter

A hostilidade não é uma novidade nas plataformas digitais. A intolerância nas redes se manifesta no ato de anular, desmerecer e desqualificar outra pessoa; na linguagem tóxica; no linchamento. Em seu livro Discurso de Ódio nas Redes Sociais, o sociólogo Luiz Valério Trindade mostra que a mulher negra periférica é um dos principais alvos dessa violência, uma expressão do machismo e do racismo que se perpetuam na sociedade brasileira.

A obra de Trindade — doutor em Sociologia pela Universidade de Southampton, no Reino Unido — integra a coleção Feminismos Plurais, coordenada pela filósofa Djamila Ribeiro e publicada pela editora Jandaíra.

A obra retrata como o mito da democracia racial e a ideologia do branqueamento nutrem e estimulam ataques nas redes sociais.

A democracia racial parte do pressuposto que, no Brasil, as populações negra e branca desfrutam das mesmas possibilidades e oportunidades de desenvolvimento e ascensão social. Já a ideologia do branqueamento consiste na supervalorização e naturalização de pessoas brancas enquanto as negras são vítimas de adjetivos negativos.

A obra de Trindade analisa dinâmica racista nas plataformas digitais a partir de dados concretos. Segundo a organização não governamental Safernet, entre 2011 e 2014 os casos de ataques nas plataformas aumentaram de 2.038 para 11.090.

Em 2016, a Associação Brasileira de Comunicação Pública mapeou 32.376 menções ofensivas postadas no Facebook e no Twitter, entre os meses de abril a junho: 97,6% das manifestações foram de intolerância racial, preconceito e discriminação contra pessoas negras.

Em 2017, novos dados da Safernet revelaram a ocorrência de 63.698 publicações de discurso de ódio nas redes sociais brasileiras, sendo que um terço delas eram direcionadas a pessoas negras.

Nas eleições municipais de 2020, por exemplo, o Instituto Marielle Franco publicou uma pesquisa inédita feita com 121 candidatas negras de 21 estados e 16 partidos. O trabalho revelou que candidatas negras aos cargos eletivos — e não só —, foram alvos de inúmeros e agressivos ataques nas redes sociais

A persistência da agressividade — O discurso de ódio acontece nas plataformas digitais nas mais variadas apresentações. Pode estar explícito, sem filtros éticos e morais e em piadas que supostamente camuflam preconceito, misoginia, homofobia, racismo e intolerância religiosa. “Trata-se de uma prática que visa anular, desmerecer e desqualificar outra pessoa ou determinados grupos sociais”, diz o escritor Trindade.

Embora as agressões também ocorram no contato presencial, as redes têm a força da proliferação. “O conteúdo é capaz de continuar engajando usuários novos e recorrentes por até três anos após a publicação do post depreciativo. Figurativamente falando, é como se fosse um eco prolongado no espaço virtual”, aponta Luiz Valério.

O autor ressalta a sensação de impunidade dos usuários nas plataformas digitais. “A pessoa se sente livre de ‘amarras’ por acreditar na falácia de que a tela do computador lhe confere uma espécie de ‘proteção’ e, por conseguinte, haveria uma permissão implícita de poder desrespeitar qualquer pessoa e isento de consequências.”

Ao propor saídas possíveis, Trindade defende a responsabilização das corporações responsáveis pelas redes sociais; a educação de jovens, para que novas gerações não aceitem a naturalização do ódio; que o poder jurídico brasileiro acompanhe as tecnologias digitais e estabeleça marcos regulatórios mais condizentes com o contexto atual.

Passado, presente e eleições — Ao revisitar pontos da história do Brasil no pós abolição, Discurso de Ódio nas Redes Sociais busca conceitos históricos fundamentais para interpretar a dinâmica racial nos dias atuais. O autor analisa publicações nas redes sociais, em especial o Twitter, e mostra como os ataques estão relacionados com sexismo, além de questões de classe social e racial.

“Este livro oferece subsídios teóricos e conceituais para uma compreensão da centralidade das relações raciais na construção de nossa identidade nacional”, escreve Ceiça Ferreira, doutora em Comunicação, na contracapa do livro. “Investiga o histórico apagamento da presença negra na formação do país e problematiza a persistência da branquitude como padrão de modernidade, beleza e reconhecimento social”,

Mais importante que apoiar e reconhecer a causa, é vital para a mudança social e racial votar em mulheres negras, afirma Trindade. “A maior presença negra feminina periférica em cargos públicos colabora no fortalecimento da representação positiva da negritude brasileira e também no sentido de servir de referencial da amplitude de possibilidades de atuações e de carreira para as novas gerações de jovens negras”, diz o autor do livro. Mais expostas, essas mulheres costumam ser mais atingidas.

O autor acredita que é possível combater o ódio com informação, cultura, leitura crítica e escrita criativa. “Algumas iniciativas contribuem fortemente para percebermos e constatarmos que as redes sociais podem ser utilizadas de forma muito produtiva e construtiva”, afirma. O esperado, claro, é que as autoridades competentes estejam atentas aos casos de violência virtual e que os agressores sejam identificados e punidos. “Seria muito importante que os(as) candidatos(as) nas próximas eleições incorporassem o tema de combate ao discurso de ódio em seus debates, comícios e programas de governo, para que tenhamos uma efetiva mudança de cenário no futuro próximo.”

Não é fácil estabelecer uma relação direta entre o ódio nas plataformas digitais e o impedimento do acesso de mulheres negras a cargos administrativos públicos, admite Trindade. Ainda assim, o sociólogo afirma que as notícias falsas têm o poder de afetar muito mais o processo eleitoral. Nesse caso, as pessoas precisam ser vigilantes e “não acreditar cegamente em tudo que leem, sem ao menos comparar a informação em fontes diferentes, sérias e confiáveis”.


 

Tags: Desigualdade de GêneroDesigualdade SocialDiscurso de ódioMachismoRacismoRacismo estrutural
Anterior

Onde a internet e a informação não chegam

Próxima

Afrolab Moda seleciona designers de joias negros e indígenas

Próxima
Adriana Barbosa é CEO da PretaHub e presidente da Feira Preta. Foto: Arthur Nobre/Divulgação

Afrolab Moda seleciona designers de joias negros e indígenas

Recomendados Expresso Na Perifa

Aplicativos se tornam aliados das mulheres em situação de violência 

26 de março de 2024
“O funk é libertador”: Deize Tigrona, uma das maiores funkeiras do país, fala sobre seu novo álbum

“O funk é libertador”: Deize Tigrona, uma das maiores funkeiras do país, fala sobre seu novo álbum

22 de março de 2024

E eu não sou uma mulher? 

21 de março de 2024

Conheça Concita Braga, a mulher que comanda o ‘Boi de Nina Rodrigues’

20 de março de 2024

Sobre o Expresso na Perifa

O Expresso na Perifa é um hub de conteúdo multimídia produzido por quem vive e conhece o dia a dia das comunidades e periferias do Brasil. É composto por este site, mídia social e vídeos e faz parte de um projeto da 99, empresa de mobilidade e conveniência, em parceria com o Estadão e coletivos periféricos. Oferece uma leitura leve, rápida e sem complicação para ajudar você a compreender questões importantes da vida, da cidade e do mundo.

Categorias

  • Cultura e Lazer
  • Direitos Humanos
  • Educação
  • Meio Ambiente e Sustentabilidade
  • Segurança Pública

Tags

#fiqueemcasa 99app Amazônia Amazônia Centro do Mundo App de transporte Bem-estar Cinema Coronavírus Covid-19 Cultura Desigualdade Direitos humanos Economia Educação Educação financeira Embarque no Direito (SP) empreendedorismo Favela em Pauta (RJ) Finanças pessoais governo federal Juca Guimarães (SP) Literatura Livros Meio ambiente Mobilidade Mobilidade Urbana Motoristas de aplicativo mulheres da periferia Na Perifa Indica Nós Mulheres da Periferia Pandemia Passeios PerifaConnection (RJ) Periferia em Foco (PA) Quarentena Racismo Receitas Roteiro cultural Saúde Segurança Sustentabilidade São Paulo Tecnologia transporte por aplicativo Violência policial
  • Sobre
  • Como Anunciar
  • Expediente Expresso
  • Expediente Expresso na Perifa

©️ 2019-2021 Produzido por Estadão Blue Studio | Todos os direitos reservados

No Result
View All Result
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo

©️ 2019-2021 Produzido por Estadão Blue Studio | Todos os direitos reservados

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In