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Home Na Perifa Coletivos

Dois em cada três mortos por dengue no DF são pessoas negras

Schirlei Alves e Diego Nunes da Rocha, Gênero e Número Por Schirlei Alves e Diego Nunes da Rocha, Gênero e Número
13 de março de 2024
em Coletivos, Na Perifa
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Espera por atendimento médico no Distrito Federal - Foto: Agência Brasil

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A epidemia de dengue, que atinge com maior intensidade as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, chegou adiantada em 2024 e com mais força do que nos anos anteriores. O Distrito Federal (DF) é a unidade da federação com maior número de casos suspeitos da doença, com 4,2 mil registros por 100 mil habitantes. Minas Gerais e Espírito Santo estão logo atrás, com 1,9 mil e 1,4 mil casos por 100 mil habitantes, respectivamente.   

Levantamento da Gênero e Número com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) revela que duas em cada três mortes por dengue no DF são de pessoas negras (pretas e pardas), o que representa 66% do total, enquanto 59% da população da capital é negra, de acordo com o Censo 2022. 

Para Adriano Oliveira, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), as arboviroses — doenças causadas por vírus e transmitidas por mosquitos — são enfermidades de determinação social em decorrência das características do modo de transmissão.  

“[A transmissão] está relacionada à ocupação urbana desordenada, ao depósito de resíduos sólidos, aos sistemas de saneamento básico. As pessoas que vivem em territórios mais vulnerabilizados estão mais sujeitas a esse tipo de doença”, avalia. 

“Como nós sabemos que pessoas negras, historicamente, predominam entre moradores de territórios vulnerabilizados, esse recorte populacional termina sendo o que mais tem registros desse tipo de doença”, completa Oliveira.

Dados de raça incompletos – Nas primeiras nove semanas de 2024 o Distrito Federal registrou quase 120 mil casos suspeitos de dengue, 12 vezes mais que no mesmo período do ano anterior, quando foram notificados menos de dez mil casos.

A sobrecarga de atendimento nos serviços de saúde também impacta o preenchimento dos dados dos pacientes. Em 26% dos casos suspeitos de dengue não havia a informação de raça. Nas primeiras 9 semanas de 2023, a informação não foi preenchida em 19% dos casos.  

Para Adriano Oliveira, a falha no preenchimento dos dados cadastrais dos pacientes ocorre também porque não existe integração dos sistemas — os dados do prontuário eletrônico precisam ser preenchidos manualmente no Sinan. Ele afirma que o mesmo problema ocorre com o cadastro do endereço das pessoas. 

“Estamos vivenciando o maior registro de casos da história do Distrito Federal. Nossos serviços estão à beira do colapso. Estamos ampliando o serviço, contratando serviços complementares e acionamos as Forças Armadas. Nesse cenário, manter registros em tempo adequado e qualificados, com todas as informações clínicas necessárias, inclusive no quesito raça/cor, tem sido muito difícil”, diz. 

Um dos fatores para a alta demanda, afirma Oliveira, seria a dimensão populacional, uma vez que o DF já chegou à marca dos quase 3 milhões de habitantes e o cinturão de municípios goianos, que vivem em função do DF, acrescentam quase 2 milhões de habitantes ao sistema de saúde.  

Combate à dengue – Leonardo Bastos, pesquisador em saúde pública da da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenador do InfoDengue, lembra que as medidas de combate à dengue dependem tanto de iniciativas individuais, como limpar a casa e o entorno da residência, quanto do esforço das autoridades públicas. Para evitar a picada do mosquito Aedes aegypti, que não provoca dor nem coceira, é preciso dificultar a sobrevivência dele.  

“Quando estoura uma epidemia, quando chega o período de chuva, o volume [de mosquito] é muito grande, então é muito difícil de controlar. A gente tenta fazer ações individuais, como o uso de repelente ou de roupas compridas, para dificultar a picada”, aponta Bastos. 

O pesquisador, no entanto, faz uma ressalva sobre as campanhas públicas de uso de repelente sem a distribuição gratuita do produto, pois nem todas as pessoas têm condições financeiras para adquiri-lo e proteger toda a família. 

Bastos também alerta para a necessidade de treinamento dos profissionais de saúde, uma vez que o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz podem evitar mortes. 

“Os profissionais do serviço de saúde têm que estar atentos e treinados para identificar um caso grave. Se o caso começa a se agravar e é tratado rapidamente, a chance de ir a óbito é muito pequena”, destaca. 

Ethel Maciel, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), afirma que o Ministério da Saúde ofereceu, no final do ano passado, um treinamento para os coordenadores de arboviroses (dengue, chikungunya e zika) dos estados, capitais e municípios que já apresentaram alta em 2023, além de repassar R$ 256 milhões a estados e municípios para se prepararem para 2024, dado que já havia previsão de aumento de casos.  

Mudanças climáticas aceleram reprodução do Aedes aegypti – Os especialistas ouvidos pela reportagem afirmam que o aumento de casos de dengue no mundo tem se dado por conta das mudanças climáticas. Segundo Leonardo Bastos, o pico costuma ocorrer no final de fevereiro e início de março no Brasil. Em 2024, a situação se agravou logo no começo de janeiro. 

As condições propícias para o mosquito se desenvolver são as temperaturas entre 20º e 30ºC e chuvas prolongadas que provoquem focos de água para eclosão dos ovos e liberação das larvas. 

“O [fenômeno climático] El Niño faz com que o clima, de forma geral, mude. Mudou o padrão de chuva e de temperatura, e isso fez com que vários municípios tivessem condições mais propícias para o mosquito”, destaca. 

Bastos também lembra que a temperatura da região Sul tem aumentado por conta do aquecimento global. A mudança foi suficiente para que o mosquito chegasse a essas regiões e se estabelecesse ao longo dos últimos anos. 

“As condições de chuva e temperatura ficaram razoáveis para o mosquito em um período longo de tempo. Está tendo epidemia de dengue no Norte da Argentina, não demora vai ter em Buenos Aires, Uruguai, justamente por conta disso”, completa. 

Adriano Oliveira, da Vigilância Epidemiológica do Distrito Federal, reforça que a combinação de altas temperaturas e chuva acelera o ciclo de evolução do mosquito – do ovo para o mosquito adulto -, o que faz com que ele se reproduza mais rapidamente e de forma escalonada.

Vacinação prioriza crianças e adolescentes – O Ministério da Saúde adquiriu todo o estoque de vacinas contra a dengue disponíveis no laboratório japonês Takeda, o que representa 5,2 milhões de doses, que serão entregues até novembro de 2024. Mais 1,32 milhão de doses serão fornecidas sem custo ao Brasil e outras 9 milhões estarão disponíveis para 2025.  

Segundo Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), a capacidade de produção do laboratório é menor do que a necessidade por causa do tamanho da população brasileira. O efeito, portanto, será a longo prazo.

A pasta decidiu priorizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, considerando que é a faixa etária que mais necessita de hospitalização. Também há prioridade para regiões que tenham registrado mais casos do sorotipo 2 — para o qual os resultados da vacina apresentaram melhor desempenho. Até o momento, são conhecidos quatro sorotipos da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). 

Gatti garante que um acordo está sendo encaminhado entre o laboratório japonês e o laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz, para contribuir com a produção de vacinas. Também existe uma aproximação do Ministério com o laboratório Butantã — que tem trabalhado no desenvolvimento de uma vacina própria. 

“O Brasil está em um esforço de transformar a dengue em uma doença imunoprevenível”, afirma o diretor do DPNI.  

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

  • Limpar calhas, lajes das casas e piscinas
  • Manter bem fechados recipientes/locais de armazenamento de água, como caixas d’água, poços, latões e tambores.
  • Guardar garrafas vazias de boca para baixo.
  • Eliminar a água acumulada em plantas
  • Verificar se existem pneus, latas ou qualquer outro objeto que possa acumular água nos terrenos baldios.
  • Evite o uso de pratos nos vasos de plantas. Caso opte por sua utilização, não deixe acumular água neles e nos xaxins. Coloque areia, preenchendo o prato até sua borda, ou lave-o semanalmente
  • Lave os bebedouros de animais e troque a água pelo menos uma vez por semana.
  • Não deixe depósitos de água abertos (ex.: potes, tambores, filtros, tanques). 
  • Não jogar lixo em terrenos baldios.
  • Manter o lixo tampado e seco até seu recolhimento.
  • Tampar as garrafas antes de colocá-las no lixo.
  • Separar copos descartáveis, tampas de garrafas, latas, embalagens plásticas, enfim, tudo que possa acumular água. Fechar bem em sacos plásticos e colocar no lixo.

Fonte: Cartilha sobre o controle da dengue do Ministério da Saúde 

Metodologia – Os dados sobre as notificações de dengue foram extraídos do DataSUS no dia 08 de março de 2024, às 16h12, e são referentes ao período de 31 de dezembro de 2023 a 02 de março de 2024. As informações sobre o Espírito Santo estão disponíveis em uma plataforma separada. Foram realizados cruzamentos de notificações de casos de dengue por sexo e raça para todo território nacional, com exceção do Espírito Santo, e com foco específico no Distrito Federal. 

Analisamos apenas as mortes em que há confirmação de óbito por dengue. O ranking de casos por estado foi feito a partir das notificações na unidade da federação e do cálculo por 100 mil habitantes.

Tags: ColetivosdengueGênero e NúmeroSchirlei Alves
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Comments 1

  1. aloc says:
    1 ano ago

    a dengue está forte em são paulo também

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