São Paulo teve uma queda histórica nos homicídios dolosos em julho, mas ao mesmo tempo já atingiu o maior patamar de furtos acumulados nos sete primeiros meses de um ano desde 2001, quando começa a série histórica divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP).
Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira, 25, pela SSP, apenas 162 casos de homicídio doloso foram registrados em todo o Estado ao longo de julho, o menor total para o período de um mês desde que a pasta passou a divulgar os boletins.
Esta é a quarta queda consecutiva no total mensal dos homicídios dolosos em São Paulo, que também tebe 170 vítimas em julho. A redução das ocorrências é de aproximadamente 37%, em relação ao mesmo período do ano passado. A última vez que o Estado chegou perto desse resultado foi no mesmo mês de 2019, quando 186 crimes do tipo foram registrados contra 193 pessoas.
Ao todo, São Paulo acumula 1.489 homicídios dolosos entre janeiro e julho deste ano. O total representa uma queda de 9,97% em relação ao mesmo período de 2022, quando os casos desse tipo tinham chegado a 1.654 em todo o Estado.
Os furtos registrados em São Paulo também atingiram um patamar histórico no último mês, mas na tendência inversa. Foram 46.379 casos no Estado apenas em julho. Assim, o total de registros nos sete primeiros meses deste ano chegou ao recorde de 333.052, o maior para o período desde que a série histórica começou, em 2001.
Este é também o maior pico para ocorrências de furtos em julho desde 2008, quando o total chegou a 47.652 notificações. Nos sete primeiros meses daquele ano, entretanto, o acumulado ainda ficou menor do que o atual.
De forma tímida, os roubos também diminuíram no Estado e chegaram a 18.307 registros em julho, uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No comparativo com o mês anterior, o aumento é de apenas 200 casos.
Os estupros cometidos no Estado também tiveram uma leve queda em julho, com 1.061 casos registrados, o que representa apenas dez ocorrências a menos que o mesmo período do ano anterior.