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Idosos aprendem a mexer no computador e a usar redes sociais em Heliópolis

Priscila Pacheco Por Priscila Pacheco
2 de dezembro de 2022
em Ação social, Educação, Na Perifa, Tecnologia
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Idosos aprendem a mexer no computador e a usar redes sociais em Heliópolis

Além dos professores, os estudantes contam com o auxílio de monitores para fazer os exercícios e tirar dúvidas. Foto: Carlos Eduardo Sousa Lima/Cine Favela

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Associação Cultural Cine Favela oferece cursos gratuitos para inserir a população mais velha no mundo digital

O baiano e carpinteiro aposentado Dercionilo Pereira dos Santos, de 74 anos, começou a aprender a ler ao reconhecer as letras do teclado do computador durante um curso de informática oferecido pelo Cine Favela no ano de 2015 em Heliópolis, uma das maiores favelas de São Paulo (SP). “Hoje, consigo tomar um ônibus sozinho”, diz ao explicar que consegue ler o letreiro do coletivo. Atualmente, o aposentado aprende a mexer no celular ao participar de aulas do 60+, Melhor Idade no Cine Favela e já sabe enviar mensagens de áudio pelo WhatsApp.

O projeto de inclusão digital permanece oferecendo aulas gratuitas de computação aos mais velhos, mas tem investido em celulares, nas redes sociais e em plataformas de mensagens desde o início de 2022. Durante as aulas de mídias digitais, os alunos aprendem a ligar e a desligar o celular, a enviar mensagens, a fazer postagens em redes sociais e técnicas básicas de fotografia. Nas aulas de informática é ensinado a mexer nos programas do pacote office.

Maria Madalena Conceição Morais, 62 anos, auxiliar de limpeza aposentada que também veio da Bahia, procurou o Cine Favela para entrar no curso de computação, mas também se matriculou no de mídias digitais. “Eu não sabia mexer em nada de rede social. Não sabia pegar no mouse, não sabia usar acentuação [no teclado], não sabia ligar o computador”, diz.

A moradora de Heliópolis já aprendeu a fazer as quatro operações matemáticas (soma, subtração, divisão e multiplicação) no excel, usa o computador da filha para copiar textos no word durante os momentos de descanso, já sabe enviar mensagens pelo WhatsApp, a postar no Instagram e a procurar endereços no Google Maps. “Me sinto mais integrada, me comunico mais”, completa. No momento, considera desafiante aprender a fazer apresentações no Power Point.

A edição do 60+ deste ano conseguiu verba por meio do FMID (Fundo Municipal da Pessoa Idosa), da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo. O fundo foi criado pela Lei Municipal 15.679 em 2012 e regulamentado pelo Decreto Municipal 57.906 no ano 2017 para financiar projetos para a população idosa do município. Nas aulas de informática e mídias digitais do Cine Favela são atendidas ao menos 60 pessoas. A continuidade do trabalho em 2023 ainda depende da aprovação de novos editais.

Segundo o professor Casé Oliveira, as formações são importantes para que essa população se sinta parte da sociedade. Dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em setembro apontam que o grupo populacional a partir de 60 anos de idade é o menos ativo na internet no Brasil. No entanto, o percentual tem aumentado e saltou de 44,8% em 2019 para 57,5% em 2021, o que representa uma alta de 12,7 pontos percentuais. Assim, o grupo é o que mais ganhou usuários proporcionalmente no período.

A inclusão digital de idosos é defendida pela ONU (Organização das Nações Unidas). Em 2021, ONU ressaltou que essa população precisa de apoio para ser inserida no mundo digital. A instituição também lembra que é preciso garantir a privacidade e a segurança dos idosos contra crimes cibernéticos. Casé conta que durante as aulas também fala sobre segurança digital, pois alguns alunos já foram vítimas de golpes.

O professor explica que a maioria dos alunos chega no projeto sem ter nenhuma noção sobre tecnologia. Casé costuma abusar dos ícones para que as turmas consigam identificar as ferramentas. Explicar de modo mais lento também é essencial para ensinar – uma das reclamações dos estudantes é a falta de paciência ou a velocidade dos mais jovens, como filhos, para tentar ensinar algo.

Aos 72, o ex-caminhoneiro Edmundo José dos Santos conta que ganhou um celular dos filhos, mas tinha dificuldade para aprender porque eles explicavam as funções com rapidez. O baiano de Alagoinhas mantém uma conta no TikTok desde 2020 com o incentivo da família. Ele posta vídeos com destaque para músicas e conta com mais de cinco mil curtidas na página. Neste ano, Santos entrou no curso para aprimorar os conhecimentos e é chamado de rei do TikTok pelos colegas.

Os objetivos para fazer a matrícula nos cursos são diversos. O piauiense Vitor Francisco de Matos, 63 anos, por exemplo, quer dominar o Instagram para divulgar os produtos cosméticos que começou a vender ao ficar desempregado. Já Ednalra Pereira, que tem 66, destaca a interação com outras pessoas. “Isso me deu uma nova vida.”

A Associação Cultural Cine Favela foi fundada em 2003 por Reginaldo de Túlio para disseminar o cinema em Heliópolis, mas promove diferentes projetos para crianças, adolescentes e adultos. No 60+, Melhor Idade no Cine Favela, além dos cursos, são oferecidos passeios culturais para que os idosos conheçam melhor a cidade, atendimento psicológico e assistência social.

PANORAMA

A TIC Domicílios 2021, pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios brasileiros publicada em novembro pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), mostra que o acesso à internet é menor entre os mais pobres. Nas classes D e E, 61% dos domicílios estavam conectados em 2021. A classe C conta com 89% dos domicílios com conexão. Os mais ricos, pertencentes às classes A e B, possuem 100% e 98%, respectivamente.
Dercionilo Pereira dos Santos, 74, só sabia fazer ligações com o celular, mas aprendeu a enviar mensagem de áudio e a usar grupos no WhatsApp. Foto: Priscila Pacheco
Maria Madalena Conceição Morais, 62, acredita que a inclusão digital é importante para melhorar a comunicação; ela faz os cursos desde janeiro de 2022. Foto: Priscila Pacheco
Edmundo José dos Santos, 72, já tem mais 400 vídeos postados no TikTok. Foto: Priscila Pacheco
Casé Oliveira, professor de mídias digitais, tira dúvidas de cada pessoa durante as aulas. Foto: Priscila Pacheco
Vitor Francisco de Matos,63, afirma que ainda tem muita dificuldade para usar o Instagram, rede social que quer dominar para divulgar produtos. Foto: Priscila Pacheco
Ednalra Pereira, 66, faz uma publicação no Instagram com a orientação do professor Casé. Foto: Priscila Pacheco
Ações básicas, como mexer no mouse, são ensinadas durante as aulas. Foto: Carlos Eduardo Sousa Lima/Cine Favela
Tags: ação socialEducaçãoSaúde e bem-estar
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