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Para enfrentar pobreza menstrual, campanha arrecada e distribui absorventes

Amanda Freitas Kuhn Por Amanda Freitas Kuhn
7 de dezembro de 2022
em A voz é delas, Ciência e Saúde, Na Perifa
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Para enfrentar pobreza menstrual, campanha arrecada e distribui absorventes

Campanha de arrecadação e distribuição de absorventes Eu Menstruo é uma iniciativa de enfrentamento à pobreza menstrual. FOTO ILUSTRATIVA: GETTY IMAGES

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Projeto criado em um grupo da Universidade Federal de Pelotas atende meninas e mulheres em instituições e comunidades próximas da cidade

“Lembro que eu tinha que usar um pano no lugar de absorvente. Tinha que colocar uma roupa mais escura, toda hora ficava me cuidando”, diz Eliana da Rocha, de 28 anos, estudante de Psicologia na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ela nasceu no Quilombo Santa Clara e Arredores, na cidade de Canguçu, e conta que nessas comunidades geralmente as famílias vivem das plantações orgânicas, de onde nem sempre é possível tirar todo o sustento. “Muitas das vezes, eu lembro que eu ia pra lavoura, no olho do sol, e tinha que usar um pano, por exemplo. Quando eu era pequena, eu via a minha mãe trocando os panos e aí a gente reflete o quanto isso faz mal pra saúde da mulher”, complementa.

Foi dentro da UFPel, e com o objetivo de tornar falas como as de Eliana menos comuns, que a campanha de arrecadação e doação de absorventes higiênicos Eu Menstruo foi criada. Trata-se de uma iniciativa de enfrentamento à pobreza menstrual promovida pela organização universitária Mais Juntas.

Localizada no interior do estado, Pelotas tem cerca de 343 mil habitantes e 51% de sua população é feminina. A ação está no seu segundo ano consecutivo de arrecadação e já recebeu mais de 42 mil absorventes. No texto de divulgação da campanha, o Mais Juntas explica: “O acesso a itens de higiene durante o período menstrual, como absorventes, é um direito garantido pelo Programa de Proteção a Saúde Menstrual de Mulheres brasileiras (Lei nº 14.214/2021), mas, no Brasil, a pobreza menstrual atinge cerca de 26% da população menstruante”. Um dos pontos lembrados pelas organizadoras do movimento é a exclusão: meninas e mulheres que tantas vezes deixam de ir a escola e de trabalhar quando estão menstruadas, por falta de absorvente.

Imagem da campanha Eu Menstruo, do grupo Mais Juntas, da UFPel

Para Maiane de Freitas Dias, de 29 anos, também estudante na UFPel, nascida no Rincão do Quilombo, em Piratini, as doações foram essenciais para garantir o acesso ao absorvente. “É a minha mãe que me ajuda, inclusive esses dias não tinha sobrado dinheiro pra comprar absorvente e naquele mesmo dia, recebemos as doações, então foi a minha salvação”, diz. “Tá muito caro. É uma ação muito importante, para quem não tem condições de comprar. E como nós estamos recebendo, é um gasto a menos. E, além disso, não passamos pelo constrangimento de estar menstruada e não ter o que colocar”.

Dignidade menstrual — Para além do fator financeiro, o uso de absorventes é uma questão de higiene pessoal e o produto deve ser considerado básico na vida de pessoas que menstruam. Garantir o acesso a eles é uma forma de promover a dignidade menstrual, conforme destaca Larissa Bolzan, coordenadora do Mais Juntas. “A importância da campanha está justamente no fato de que as doações permitem que as mulheres não se excluam e não se escondam durante o período menstrual. Quando a mulher não tem o absorvente, ela acaba se excluindo. Ainda é um tabu a conversa sobre pobreza menstrual, menstruação, dignidade menstrual. Então a campanha bota isso em pauta. Para todas nós, e para as mulheres em situação de vulnerabilidade, é uma forma de inclusão, de incluí-las na sociedade, é um ‘fatorzinho’ que pelo menos pode levar à não exclusão delas por esse motivo, e para todas, finalmente, coloca-se em pauta a menstruação.”

Foi a partir do tabu que era, para Larissa, falar sobre o seu período menstrual, que surgiu o nome Eu Menstruo. “Acho que nunca falei para o meu pai ‘eu menstruo, eu menstruei, eu estou menstruada’”, diz. “Acho que eu nunca falei essa frase, ela era um tabu pra mim. E eu tinha vergonha inclusive de escolher absorvente na farmácia, porque era um motivo de constrangimento pra mim também.”

42 mil absorventes doados em dois anos — A primeira edição da campanha Eu Menstruo foi lançada em agosto de 2021, em parceria com a Prefeitura Municipal de Pelotas, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS). Foram arrecadadas 30 mil unidades até dezembro daquele ano. “Foi de extrema importância realizar essa campanha, para ajudar mulheres e meninas que não tinham como comprar, para que elas pudessem ter acesso a esse item e que também ajudou a melhorar a qualidade de vida delas e até a sua autoestima”, afirma Paola Fernandes, coordenadora do Centro de Referência da Mulher da SAS.

Em 2022, a arrecadação também começou em agosto e termina no dia 10 de dezembro (próximo sábado). Além das instituições já beneficiadas com as doações no ano passado, o Instituto Nossa Senhora da Conceição, o Abrigo Casa do Carinho e o bairro Dunas também passaram a integrar o projeto em 2022. Por meio destes, os absorventes são encaminhados às pessoas que menstruam. Larissa explica que a ideia é expandir ainda mais a iniciativa pela cidade e fazê-la alcançar cada vez mais pessoas e incluir mais espaços no recebimento dos absorventes, como o Presídio Regional de Pelotas — para que mulheres encarceradas também recebam o produto de higiene pessoal —, hospitais, todas as Casas de Passagem e orfanatos do município. Inicialmente, a ideia era abranger também as pessoas privadas de liberdade e hospitalizadas desde o início da campanha, mas, como não foi possível, a prioridade é inseri-las nas doações.

Solidariedade coletiva — A iniciativa ainda é recente e busca engajar a comunidade pelotense. Mesmo após o término da ação de 2022, ainda será possível doar absorventes ao longo de todo o ano nos prédios da UFPel. Quem não puder levar os produtos pode entrar em contato diretamente pelo Instagram do Mais Juntas, que as doações serão buscadas pelas integrantes do projeto.

Até o dia 10 de dezembro, os pontos de coleta recebem as doações. Espaços que abrigam serviços públicos, comércios e faculdade são alguns dos locais que aderiram à campanha. Larissa salienta que qualquer estabelecimento pode participar, é só enviar uma mensagem pelo Instagram.

Confira todos os pontos de arrecadação abaixo

  • Campus Anglo UFPel
  • Campus II UFPel
  • Centro de Engenharias UFPel
  • Centro de Referência da Mulher
  • Core Esmaltaria
  • Cotada UFPel
  • Eros Crossfit
  • Espaço M
  • Hype Pub
  • Loja AliMara
  • Paraíso Supermercados
  • Prefeitura Municipal de Pelotas
  • Scissors
Tags: Pobreza menstrualSaúde da Mulher
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