Espumantes, brancos e tintos para o pratos típicos de Natal. E mais: quatro novidades para quem prefere cerveja.
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A ceia de Natal pede bebidas à altura. A recomendação para a harmonização perfeita é decidir com antecedência o que vai preparar, assim você pode comprar vinhos adequados. As sugestões da jornalista Isabelle Moreira Lima, do Paladar, estão divididas por estilo em duas faixas de preço.
ESPUMANTES: as entradas e as saladas substanciosas da ceia (esqueça as folhas, pense em grãos e aves) vão bem com espumantes e brancos estruturados. Se sua turma curte as borbulhas, as dicas são o Casa Valduga Sur Lie Nature (R$ 74,64 na loja da vinícola) – bem diferentão e que não passa por processo de filtragem – e o Crémant de Loire Carte Turquoise Brut Domaine Baumard (R$ 162,86 na Mistral). É feito com castas pouco usuais para um espumante, como Chenin Blanc e Cabernet Franc, e traz aromas tostados deliciosos.
BRANCOS GORDINHOS: se preferir os brancos gordinhos, eleja o francês Alain Brumont Petit Gaston 2013 (R$ 115,90 na Decanter), um corte de Petit Courbu, Petit Manseng, Gros Manseng, que tem uma estrutura perfeita para acompanhar tanto as saladas como as aves. Outra abordagem é apostar na mineralidade do Eric et Emmanuel Dampt Petit Chablis Vieilles Vignes 2014 (R$ 175 na Anima Vinum) um arrasa-quarteirão da Borgonha, que pode puxar o holofote da ceia para si. Se o orçamento está apertado, vá de Torrevento Pezzapiana (R$ 83 na La Pastina), versátil, de boa acidez e untuosidade.
OUTROS BRANCOS: os rótulos anteriores acompanham com louvor também o peru e o bacalhau. Para o pernil, além deles, um Riesling ou outro clássico alemão fazem milagres. Duas ideias: o chileno Meli Riesling (R$ 75,90 na Vino Mundi), versão cítrica da cepa; e o Pfaffmann Pinot Gris (R$ 109 na Weinkeller), que tem a vantagem de ser uma garrafa de um litro, ideal para a festa.
TINTOS LEVES: aves natalinas combinam com tintos leves. O Pinot Noir é um vencedor sempre e, se a ideia é impressionar, escolha um exemplar nascido no berço dessa casta, a Borgonha. Sugiro o Domaine Masse Givry Le Creuzot 2014 (R$ 285 na Anima Vinum), que faz entender porque a Pinot alcançou tamanha celebridade: é complexo, com camadas de aromas que vão da fruta às especiarias, com toques florais. Mais baratinho e mais simples, mas com a mesma pegada de frescor é o Coteaux Bourguignone (R$ 89 na Casa Flora), um Pinot que leva uma “pitada” de Gamay: pura fruta, é excelente para um Natal com calor.
TINTOS DE CORPO MÉDIO: agora, se você é do time que curte mais intensidade e pratos mais substanciosos, o francês de corpo médio Château Bauvallon AC Bordeaux 2015 (R$ 102,33 na Premium) vai fazer bonito, com aromas de fruta madura e especiarias, além de ter ótimo custo-benefício. Vale também levar à mesa o californiano Motto Cabernet Sauvignon 2014 (R$ 134 na Winebrands), para acompanhar um tender. É agradabilíssimo. Tem doçura atraente e superestrutura.
LICOROSOS: as sobremesas têm tanto peso quanto os pratos salgados. Não perca a oportunidade de abrir um belo vinho doce. Para fugir do comum, sugiro dois rótulos: o Mavrodaphne Cambas (R$ 93,73 na Mistral) um grego licoroso feito com as castas Mavrodaphne e Mavri Corithiaki que segue a lógica do Porto Tawny e vai bem com os doces com castanhas e frutas secas; e o Domaine Nigri Jurançon Pas de Deux 2015 (R$ 240 na Belle Cave), que é feito com Gros Manseng e Petit Manseng pacificadas. É perfeito para doces com frutas ou queijos azuis.
COMO SERVIR OS VINHOS
Fique esperto com a temperatura das bebidas. Uma champanheira com gelo ajuda a deixar sempre frescos espumantes, brancos e tintos leves. Os de sobremesa também. E não pire nas taças. Um único modelo, grande, serve para todos.
Quatro lançamentos para quem gosta de CERVEJA
A jornalista Heloisa Lupinacci, colunista do Paladar, separou quatro boas novidades cervejeiras – e que rendem excelentes presentes.
CLUBE DE ASSINATURA DA TRILHA
A cervejaria paulistana lançou um clube de cervejas envelhecidas em barril de madeira. Funciona assim: você paga R$ 600 agora no fim do ano e fica sócio durante 2019. Eles vão produzir 12 cervejas diferentes, todas maturadas em madeira, para ser retiradas pelos assinantes no taproom da cervejaria. As bebidas serão envelhecidas em tem barris que foram usados para maturar vinho, uísque, conhaque, bourbon, rum e cachaça e em outros, virgens, tostados de diferentes maneiras para trazer diferentes notas à cerveja. Na Trilha: www.trilhacervejaria.com.br/barrelclub.
CERVEJA LETRA
A “cerveja artesanal minhota” é das mais bombadas de Portugal e finalmente chegou ao Brasil, trazida pela Skilser. Para Paulo Almeida, do EAP, o Empório Alto de Pinheiros, o destaque é a Oak Peated Whisky Barreal Aged Baltic Porter. Isso quer dizer que é uma baltic porter envelhecida em barril de madeira usado para maturar uísque cujo malte foi defumado. Ufa. Custa R$ 61 (a garrafa de 750 ml). No EAP: R. Vupabussu, 305. Pinheiros. 3031-4328.
CERVEJARIA KEREL
Belga modernosa, a Kerel chega ao Brasil pela mesma Skilser, importadora que além dessas duas boas novidades também traz as excelentes De Ranke, a trapista italiana Tre Fontane e, outra belga festejada, a Verzet. Fãs de RIS (apelido das russian imperial stout, as stout bem viscosas e alcoólicas) vão pirar na Pink Imperial, que leva framboesa. Custa R$ 33 (300 ml). Na Cervejoteca: R. Bartolomeu de Gusmão, 40, Vila Mariana. 5084-6047.
VIVANT NOEL
Acerto da Dádiva, que apostou numa cerveja de Natal bem tradicional, a Belgian dark strong ale tem pimenta-do-reino, gengibre, canela e noz-moscada – aquele sabor de especiarias que é a cara das festas de fim de ano e combina perfeitamente com os assados de Natal. Vem numa garrafa toda bonitona, com rolha aramada. Talhada para o brinde de Natal. Custa R$ 61 (750 ml). Na hoppack.com.br.