16 novembro 2022 em Saúde
Com início das estações chuvosas, Prefeitura promove uma série de ações extras para frear a doença
A partir do dia 19 de novembro, a Prefeitura de São Paulo vai intensificar as ações de combate e prevenção à dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. A data marca o Dia Nacional de Combate à Dengue, mas a força-tarefa municipal se estenderá por pelo menos 15 dias.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), serão promovidas ações educativas, atividades de combate ao vetor (mosquito), campanhas de sensibilização e medidas de eliminação preventiva de criadouros, em conjunto com procedimentos de rotina da vigilância municipal das arboviroses.
Mas, por ser uma doença cíclica, com épocas de maior e menor incidência, a dengue requer atenção contínua. Nos últimos dois anos, foram investidos R$ 263 milhões para freá-la na cidade. Só em 2022, até outubro deste ano, a SMS já executou mais de 13 milhões de ações contra a dengue na Capital.
Foram realizadas 5,7 milhões de visitas para bloqueios de criadouros e nebulização, 7,1 milhões de visitas em residências, além de 134,6 mil ações em imóveis especiais e pontos estratégicos, entre outras atividades, como controle larvário, uso de teste rápido para direcionar bloqueios de transmissão, atendimentos a solicitações de munícipes e ações educativas.
O dia D (19/11) de combate à dengue é, portanto, uma oportunidade a mais para mobilizar e conscientizar sobre a importância de colocar em prática as medidas de prevenção. O mosquito se reproduz principalmente em locais com água limpa e parada. Eliminar recipientes expostos é fundamental, assim como permitir que os agentes de combate às endemias fiscalizem os imóveis em ações de rotina. Atenção: eles estão sempre uniformizados e com crachá.
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De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos de dengue no Brasil subiu quase 185% neste ano. De janeiro a outubro de 2021 foram registrados 478,5 mil e, no mesmo período de 2022, 1,3 milhão, com 909 óbitos.
Em São Paulo, houve aumento de cerca de 60% (de 7.156 para 11.444). Duas pessoas morreram. As regiões com mais registros da doença neste ano são as do Ipiranga, M’Boi Mirim, Penha, Campo Limpo, Butantã, Itaquera, Guaianases, Freguesia do Ó/Brasilândia e Pirituba.
Por conta desse avanço, a Capital intensificou a vigilância e ampliou o combate ao Aedes aegypti, com requalificação dos técnicos e agentes de zoonoses, além de investimentos em novos equipamentos, veículos e processos de trabalho. A dengue é uma doença sazonal e podem ocorrer ciclos epidêmicos e interepidêmicos de um ano para outro.
Sintomas
Febre alta, dor de cabeça e nos olhos, manchas na pele, coceira, dores musculares e nas articulações e vômitos são os principais sintomas da dengue clássica. Há, porém, uma forma mais grave: a dengue hemorrágica. Nesse caso, além dos sintomas anteriores, ocorrem manifestações hemorrágicas, aumento do fígado, acúmulo de líquidos e insuficiência circulatória.
Em geral, os primeiros sintomas são observados de quatro a 10 dias após ser picado pelo mosquito infectado. A orientação é ir imediatamente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ao apresentar os sinais. Após a pessoa ser diagnosticada com dengue, a vigilância local é notificada e, em até 24 horas, deve ser desencadeada ação de eliminação de criadouros (casa a casa) e aplicação de nebulização nas proximidades.
Para pesquisar a unidade de saúde mais próxima basta acessar o site www.buscasaude.prefeitura.sp.gov.br. Já pelo telefone 156 é possível tirar dúvidas e acionar a Prefeitura para eliminar focos.
Mylena Lira