19 dezembro 2022 em Assistência Social

Projeto criado após fechamento de escola atende 65 famílias com pessoas com deficiência

Daniela Foroni mora em Itaquera, bairro da zona leste de São Paulo, e é mãe do Pedro, jovem de 25 anos com Transtorno do Espectro Autismo (TEA). Devido às dificuldades para encontrar entidades que atendam às mães atípicas (que têm filhos com alguma deficiência ou síndrome rara), ela e um grupo de mulheres criaram há seis anos um coletivo voltado a essas famílias.

A ideia veio quando uma escola especializada para pessoas com autismo – onde os filhos estudavam –  fechar as portas. O grupo de mães foi incentivado a manter contato e, aos poucos, começaram a realizar inclusivos. “Aproveitamos a data 2 de abril de 2016, quando é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, para organizar nossa primeira festa, no Parque do Carmo”, lembra Daniela.  

Assim nasceu o Azuis da Leste, projeto que presta assistência a mães de crianças, jovens e adultos com deficiência na zona leste de São Paulo. O programa leva informações e indicações de saúde, cultura e educação direcionados a pessoas com deficiência, além de promover eventos. 

 “O ‘Azuis’ são mães, são diretoras, são captadoras de recursos que atuam na área da saúde. Tudo por vontade própria em prol da outra. A maternidade atípica é muito solitária”, diz Daniela, idealizadora e presidente do projeto. 

Iniciado com crianças com autismo, a iniciativa, também idealizada pensando na distância e na ausência de acessibilidade em eventos na região central da cidade, atende 65 famílias. “São Paulo é uma cidade muito grande e a periferia fica isolada. O ‘Azuis’ está na periferia”, afirma Daniela.

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Juntas, as mães atípicas do “Azuis” possibilitaram que as atividades ocorressem em espaços como cinemas, no Museu de Futebol e no Aquário de São Paulo, por exemplo. E hoje contam com o apoio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), que fornece suporte para eventos.