13 abril 2023 em Saúde

Instalação de equipamentos para eliminar larvas do Aedes aegypti começou quarta (12)

A Prefeitura de São Paulo adquiriu 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas desenvolvidas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que começaram a ser instaladas nesta quarta-feira (12).

A cidade está investindo R$ 8,9 milhões na ação, que deve durar 12 meses. Serão usadas 20 mil armadilhas pela Capital, segundo a Prefeitura. “É uma tecnologia que já é utilizada em mais de 40 países. A Vigilância Sanitária testou o produto e essa metodologia por dois anos e, uma vez aprovada, nós estamos fazendo a instalação”, disse o prefeito Ricardo Nunes. Os agentes de saúde farão o monitoramento por um software e visitarão as residências que estão com as armadilhas de 30 em 30 dias para monitorar e repor o produto.

O equipamento é uma nova estratégia que se somará às demais do Plano Municipal de Enfrentamento da Dengue e Demais Arboviroses, como os equipamentos de nebulização veicular e visitas casa a casa.

As instalações das armadilhas serão feitas pelas equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), que participaram de uma capacitação em 16 de fevereiro e um treinamento prático nos dias 23 e 24 de março.

Inicialmente, os novos equipamentos serão instalados em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue e distribuídos nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), como Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília. Na região do Jardim Ângela, cerca de 100 agentes atuaram nesta quarta-feira (12) para a implantação das armadilhas.

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Os equipamentos serão montados para que as fêmeas do Aedes aegypti (responsáveis pela disseminação da doença), após contato com o larvicida das armadilhas, distribuam o produto em seus criadouros a fim de eliminar o mosquito ainda em estado larval. O larvicida utilizado nas armadilhas não afeta a saúde humana nem dos animais domésticos e tem liberação da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“A Prefeitura de São Paulo tem investido em todos os bairros, tanto com a nebulização de inseticida como caso a caso, mas são mais as características dos próprios imóveis que fazem com que algumas áreas da cidade tenham mais casos e outras menos”, explicou o coordenador da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, Luiz Artur Vieira Caldeira.

Em 2023, até o momento, foram realizadas 1.379.513 ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti na cidade de São Paulo. Ao todo, foram 327.852 visitas casa a casa (entre rotina e intensificação), além de 13.004 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 1.006.666 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas. Em 2022, foram realizadas cerca de 5 milhões de ações.