14 junho 2023 em Desenvolvimento Econômico

Interesse por esse tipo de comércio está em crescimento; confira a nossa seleção

Se houve um tempo em que as pessoas olhavam com receio para lojas de roupas usadas, isso ficou para trás. De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o número de brechós e lojas que vendem produtos de segunda mão aumentou 23,8% de 2019 para 2022.

Esse crescimento reflete o interesse da população por esse comércio. No Brasil, um levantamento realizado pelo Google mostrou um crescimento de 572% nas buscas por itens usados entre os primeiros semestres de 2019 e 2022.

“As pessoas estão cada vez mais desapegando e isso tem atraído adeptos de todas as classes sociais. As peças estão circulando mais nos guarda-roupas, impulsionando o crescimento desse mercado”, comenta Fernanda Maia, empresária e proprietária do brechó Etiqueta12.

O Estadão Expresso Bairros selecionou cinco brechós em diferentes bairros de São Paulo para você entrar na onda do garimpo. Confira a lista:

 

Siga o nosso Canal e saiba tudo sobre a cidade de São Paulo pelo Whatsapp

O boletim é semanal, às segundas, quartas e sextas.

Quero receber!

Brechó Boutique Vintage

 

A loja oferece uma variedade de produtos usados, não apenas roupas. Você encontrará móveis e itens de decoração. Toda semana há reposição no estoque de roupas e outros objetos. Nas redes sociais, são divulgadas as novidades que chegam à loja, bem como sugestões de looks, algumas criadas pela estilista Talita de Lira. As peças abrangem desde a moda vintage até peças mais contemporâneas.

Endereço: Rua da Mooca, 1.731 — Mooca. Instagram: @brechoboutiquevintage

 

Brechó Colméia

 

O espaço é colaborativo, abrigando mais de um brechó em um único local. Entre os produtos disponíveis, há roupas, objetos de decoração, acessórios e móveis vintages. A loja ocupa os três primeiros pavimentos do prédio. Na seção de vestuário, você encontrará roupas tanto de passarelas quanto de grifes nacionais e importadas, com opções femininas e masculinas. Pelo Instagram, são divulgados os produtos do brechó, incluindo dicas de looks com preços e tamanhos das peças.

Endereço: Largo do Arouche, 438 — República. Instagram: @brecho_colmeia

 

Etiqueta12 Brechó

 

Se você gosta de roupas e acessórios atuais, além de peças novas com etiqueta, vale a pena conferir o brechó Etiqueta12. Criado pela jornalista Fernanda Maia, o local se diferencia do estereótipo vintage dos brechós. Suas araras apresentam mais de 150 opções de saias, camisetas, calças e vestidos, renovadas diariamente. Entre as marcas que você pode encontrar estão Dior, Chanel, Ted Baker, Lethicia Bronstein, A. Niemeyer, Uma, Pade D, Le Soleil D’Été, Farm e Shoulder. O brechó também oferece o serviço de “garimpo personalizado”, que ajuda você a encontrar a peça de acordo com suas preferências. Para atender quem mora longe ou em outro Estado, a Fernanda faz Live pelo Instagram todas as terças e quintas-feiras trazendo uma variedade de modelos e tamanhos. As novidades são publicadas diariamente nas redes sociais, informando os preços e tamanhos das peças, além de dar dicas de looks e acessórios.

Endereço: Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 81 — Pinheiros. Instagram: @etiqueta12brecho

 

Madame La Marquise Boutique Brechó

 

Ao entrar nesse brechó comandado pela empresária Valeria Migliacci, você sentirá uma atmosfera vintage. Vá sem pressa, pois a proprietária adora conversar com as clientes sobre curiosidades e informações de cada item encontrado na loja enquanto tomam um café. “Ofereço uma experiência. Minhas clientes sentem prazer em comprar roupas usadas que contam uma história”, explica. Entre as marcas mais procuradas do brechó estão Maria Bonita, Andrea Saletto, Lita Mortari, Osklen, Richards, Uma, Banana Republic e COS.

Endereço: Rua Ministro Ferreira Alves, 163 — Pompeia. Instagram: @madamelamarquiseoficial

 

O Belchior

 

Este brechó carrega história até mesmo em seu nome. A empresária Maytê Assis batizou sua loja de Belchior após uma pesquisa sobre a origem dos brechós no Brasil. Reza a lenda que a primeira pessoa a abrir uma loja de produtos usados no país chamava-se Belchior, daí o nome da empresa. A seleção das peças é feita por Maytê e sua assistente a cada semana. Seu olhar apurado, de quem garimpa desde os 13 anos, juntamente com sua formação em moda, ajudam-na a encontrar roupas em ótimas condições e de boas marcas internacionais que não fabricam mais. Sua preferência são peças com a etiqueta C.G.C (Cadastro Geral de Contribuintes), que indica produtos fabricados entre 1964 e 1999, autenticando-os como vintage. Ao escolher uma peça sem identificação, ela se atenta à modelagem, tecido, aviamentos, estampas, recortes das golas e outros detalhes que datam de uma época específica da moda. As vendas ocorrem apenas online, através dos stories do Instagram, uma vez por semana.

Instagram: @obelchiorbrecho

 

Monica Sobral