14 agosto 2023 em Assistência Social
Equipe especializada dá suporte integral à população em situação de rua da cidade desde abril
Os 46 técnicos especializados do projeto Ampara SP reforçam o trabalho do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) de São Paulo durante a Operação Baixas Temperaturas (OBT) para aumentar a adesão ao acolhimento das pessoas em situação de rua.
Segundo a Prefeitura, o projeto adota uma abordagem integral e interdisciplinar, trabalhando no fortalecimento dos vínculos socioafetivos e da confiança para ampliar a escala dos encaminhamentos aos serviços da rede municipal.
A equipe do Ampara SP atua 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana. É composta por agentes sociais, arte-educadores, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e sociólogos.
Cerca de 20% dos técnicos especializados possuem experiência prévia de rua e 10% fazem parte da comunidade LGBTQIA+. Esses profissionais percorrem locais previamente mapeados na Capital e realizam, de acordo com a administração municipal, atendimento humanizado aos moradores em situação de rua.
Resultados
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Quero receber!Lançado em 10 de abril deste ano para complementar o Seas e oferecer abrigo e assistência às pessoas em vulnerabilidade, o projeto já mudou a realidade de alguns locais visitados. Segundo a Prefeitura, logo no primeiro mês de atuação, houve redução de 70% nos abrigos improvisados na Praça do Patriarca, por exemplo, pois a maioria dos abordados que dormiam em barracas aceitou acolhimento.
Uma das opções oferecidas pelo programa são as vagas em hotéis sociais. Essas vagas são fixas e não se limitam apenas ao pernoite, incluindo também quatro refeições completas (café da manhã, almoço, lanche e jantar) e acompanhamento psicológico.
Além de mais de 300 equipamentos próprios, a Prefeitura mantém vagas em hotéis sociais desde 2020, ampliando as opções de acolhimento. Atualmente, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) tem 3.197 vagas contratadas em 28 hotéis sociais.
Entre as pessoas que foram acolhidas pelo projeto está Angélica Alves, uma costureira de 39 anos que vivia em uma barraca próxima ao metrô Santana, na zona norte, e foi encaminhada a um hotel social no Brás. Além de um local seguro para viver, ela aceitou o acolhimento para ter um endereço fixo que pode facilitar a conquista de um emprego.
Novo conceito de atendimento
O Ampara SP representa um novo conceito complementar à abordagem já existente para os moradores em situação de rua na Capital, com atendimento interdisciplinar voltado ao desenvolvimento integral.
Por meio da abordagem interdisciplinar, o projeto busca resgatar o senso de pertencimento por meio do fortalecimento dos laços socioafetivos e da confiança. Por isso, baseia-se no diálogo e na escuta ativa para consolidar uma comunicação acolhedora, humanizada e assertiva.
O projeto Ampara SP inclui o desenvolvimento de ações de sensibilização por meio do estímulo à arte e à cultura como ferramentas de comunicação e desenvolvimento social.Sua equipe está empenhada em conscientizar as pessoas sobre as questões relacionadas à situação de rua, aos serviços oferecidos pela rede socioassistencial, bem como ao acolhimento e à qualificação profissional.