16 agosto 2023 em Saúde

Reformada, unidade conta com 10 leitos para atender bebês prematuros ou que nascem com problemas graves

No dia 2 de junho, Gabriellen Ramos Munhoz, 21 anos, grávida de 29 semanas, chegou à maternidade do Hospital Municipal Carmem Prudente – Cidade Tiradentes, na zona leste, com um quadro de pré-eclâmpsia, uma condição de alto risco para mãe e bebê.

Em sua barriga, Bryan pesava apenas 970 gramas e ainda não tinha chegado ao oitavo mês. O parto foi feito às pressas, dentro de um ambiente apontado pela Prefeitura de São Paulo como referência em salvar a vida de bebês prematuros ou que nascem com problemas graves de saúde.

“Se não fosse este hospital, acho que estaríamos mortos”, relata Gabriellen, 40 dias após o parto e com Bryan já perto de receber alta da UTI neonatal do Hospital Municipal Cidade Tiradentes, serviço mantido pela Prefeitura.

Em toda a cidade, são 142 leitos de UTI neonatal em 15 hospitais públicos municipais. A taxa média de ocupação das UTIs neonatal da capital é de 67,93%.

Segundo a Prefeitura, o Hospital Cidade Tiradentes realiza cerca de 300 partos mensalmente. A unidade, que funciona desde julho de 2007 e completou 16 anos no último mês, dispõe de 16 leitos de cuidados intermediários neonatal, 11 leitos de UTI pediátrica e dez leitos de UTI neonatal.

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Parceria

O HM Cidade Tiradentes realiza, em média, 16 mil atendimentos mensais, nas especialidades de clínica médica, pediatria, cirurgia geral, psiquiatria, ginecologia e ortopedia. Administrado pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina, o hospital dispõe de 245 leitos e custeio mensal de aproximadamente R$ 17 milhões. Além disso, tem 30 leitos de UTI adulto.

A unidade neonatal conta com uma equipe multiprofissional, com ênfase em atendimento humanizado, composta por 58 profissionais, entre médicos plantonistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Os leitos têm iluminação individualizada, paredes com decoração temática, estrutura para posto de coleta do leite humano.

Crédito: Divulgação/Marcelo Pereira/Secom

 

Entre seus equipamentos para a recuperação dos bebês, oferece os de ventilação de alta frequência, de fototerapia de alta intensidade, e equipamentos de óxido nítrico, utilizado no tratamento da hipertensão pulmonar persistente.

A UTI passou por uma reforma recentemente em que foram realizadas troca de mantas vinílicas (piso) e revitalização das portas e paredes, além de novas instalações para implantação do posto de coleta de leite humano.

Exames

Os bebês internados na UTI neonatal contam também com uma estrutura composta por exames, medicamentos e fisioterapia para conseguirem se alimentar com leite materno. Esse suporte garante o monitoramento preciso das situações consideradas mais graves.

Também é garantido, de acordo com a gestão municipal, tratamento de prematuros que tenham alguma adversidade ao nascer, em que necessitam de uma atenção maior da equipe médica para desenvolver as habilidades de respirar, sugar e deglutir. Esses reflexos só são desenvolvidos a partir da 34.ª semana de gestação.