4 outubro 2023 em Saúde, Segurança
Projeto ajuda a levar bem-estar a pacientes das alas de geriatria e oncologia
A Guarda Civil Metropolitana, da Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) de São Paulo, desenvolve o Projeto Cinoterapia, no qual oito cães atuam como facilitadores no processo terapêutico de pacientes das alas de geriatria e oncologia.
Os cães visitam quinzenalmente o Hospital do Servidor Público Municipal, no bairro da Aclimação, zona sul da capital. Cada sessão dura em média uma hora. A pasta informou que até setembro de 2023 foram assistidos 1.440 pacientes no total.
Um Guarda Civil Municipal conduz o cão-terapeuta, selecionado e treinado desde filhote no canal da GCM para ser sociável. Atualmente, oito cachorros participam do projeto:
- Balder – macho, 4 anos, labrador
- Hanna – fêmea, 3 anos, labrador
- Roma – fêmea, 7 anos, pastor-alemão preto
- Zahra – fêmea, 4 anos e 6 meses, border collie
- Skye – fêmea, 2 anos, pastor-belga Groenendael
- Uri – macho, 2 anos e meio, pastor-holandês
- Beka – fêmea, 1 ano, pastor-belga Malinois
- Saroo – macho, 6 anos, SRD (sem raça definida)
A Subinspetora Patricia Cerqueira, treinadora dos cães, explica que a seleção é feita até os cinco meses e leva em conta características como docilidade e tranquilidade. Só depois de identificadas características adequadas é que se conclui que o cão está apto.
O treinamento dura seis meses, mas durante esse período o cão é socializado e levado ao hospital para se ambientar. Os novatos acompanham os cães mais experientes. Em geral, as visitas são feitas com três cães-terapeutas. O GCM que conduz o cão também passa por capacitação.
Siga o nosso Canal e saiba tudo sobre a cidade de São Paulo pelo Whatsapp
O boletim é semanal, às segundas, quartas e sextas.
Quero receber!Também há um protocolo a ser seguido para o cão entrar no hospital. Eles são apresentados em perfeita condição de saúde e higiene, com banho, profilaxia dentária, controle de pulgas e carrapatos, bem como com a pelagem rasqueada para evitar queda de pelo. Os condutores usam máscaras.
Todo condutor deve higienizar as patinhas a cada leito visitado. Muitos pacientes não conseguem sentar, então o cão é ensinado a ficar “em pé”, apoiar a pata no braço do condutor e encostar a cabeça próxima à mão do paciente.
Benefícios
A subinspetora diz que há benefícios no humor, cognição, comunicação, coordenação motora e nas relações interpessoais. “É nítida a alegria quando o cão entra, começam a sorrir, a conversar. Os cães tornam o processo da internação menos doloroso. Os médicos também observam avanços. Uma pessoa com dificuldade motora se esforça para tocar no cão e, às vezes, consegue fazer movimentos que com a fisioterapia não consegue”, conta.
Nas escolas
O projeto também é levado às escolas municipais de ensino infantil e fundamental, onde, além de promover o contato com o cão, a equipe faz uma apresentação socioeducativa, explicando a importância de respeitar os animais, quais alimentos não devem ser oferecidos e a forma correta de tratá-los.