Zumba, treinos funcionais, pilates, capoeira, yoga. As opções são variadas para quem procura atividades físicas gratuitas nos parques municipais de São Paulo. E várias delas são oferecidas por voluntários, como professores, educadores físicos e fisioterapeutas, por exemplo.

O interessado em desenvolver um projeto deve procurar o gestor de um dos 111 parques municipais. Cabe a ele decidir, levando em conta a programação e as condições do local.

Se aprovado, o administrador apresenta o termo de autorização ao voluntário e o trâmite segue para a Prefeitura. Com tudo confirmado, as atividades podem ser desenvolvidas e passam a ser divulgadas no site da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Confira três dessas iniciativas: 

Lian Gong 

Há 18 anos, o professor Marcos Amado, de 75 anos, ministra aulas práticas de lian gong para um grupo de cerca de 40 pessoas no parque Buenos Aires, na região central de São Paulo. A idade dos participantes varia de 18 a 91 anos. 

Marcos Amado dá aula de lian gong no parque Buenos Aires – Foto: L. Santana/Especial para o Estadão

A prática de lian gong, desenvolvida pela medicina tradicional chinesa, serve como prevenção e terapia para dores corporais, restauração do movimento natural e fortalecimento das funções do coração e dos pulmões.

“Ajuda na saúde física e mental. Você sai da aula revigorado, como se tivesse saído de um banho frio”, explica o professor.  

Abertos ao público, os encontros são realizados às terças e quintas-feiras, das 8h às 9 h. Com quase duas décadas de projeto, Marcos afirma que criou um vínculo de comunidade com os participantes. Depois das aulas, conta, a turma vai tomar café, conversar sobre assuntos diversos, como política e cultura. 

Postura 

Todo primeiro domingo do mês, das 8h às 9h, a fisioterapeuta Saraí Albuquerque, de 55 anos, ensina exercícios posturais a frequentadores do parque Ribeirão Cocaia, na zona sul. Também dá dicas sobre cuidados de saúde e hábitos saudáveis. O que a motiva, diz, é ampliar o acesso à fisioterapia a pessoas sem condições de arcar com o serviço. Para ela, a estrutura do parque possibilitou a atividade, que conta com o apoio do fisioterapeuta Éberton da Silva e atrai entre 15 e 25 pessoas. 

Xô Preguiça

O Xô Preguiça é um projeto para combater o sedentarismo, incorporando novos hábitos à rotina. Realizado no Parque da Ciência, na zona leste, a ideia surgiu depois de uma reflexão sobre estilo de vida no almoço de família de domingo.  “Na primeira aula, éramos só eu, minha esposa, meu cunhado e meu sobrinho”, conta o educador físico Rafael Ponciano, de 31 anos. Lançada em 2019, as atividades hoje chegam a reunir 50 pessoas. Os encontros ocorrem às terças, quintas e sábados, a partir das 7h. Com uma hora de duração, os movimentos mesclam zumba, treino intervalado de alta intensidade e sequências com halteres e elásticos. A dinâmica termina com uma mensagem para estimular o cuidado com o corpo.