A Travas da Sul surgiu em 2018 para levar ações culturais, sociais e de saúde à população LGBT+ do extremo sul de São Paulo, como saraus e distribuição de cestas básicas e kits de higiene.

Desde os primeiros anos, a organização trabalha em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para divulgar e ampliar o acesso à testagem rápida do HIV e aos autotestes e insumos preventivos, como camisinhas, além de oferecer orientações e encaminhamento para acolhimento.

Com o apoio da Prefeitura, a Travas lançou em 2022 a websérie “Travas da Sul Cuida +35”. Em cinco episódios, narram histórias de pessoas trans e a suas relações com a prevenção de IST/Aids. Há planos para a produção de uma nova temporada, com até cinco episódios, e um podcast.

O projeto da Travas da Sul integra uma ação da SMS que seleciona, desde 2022, organizações da sociedade civil para financiar iniciativas voltadas à prevenção de IST/Aids. Em 2023, 12 foram selecionadas. O objetivo é ampliar o conhecimento a partir da combinação entre prevenção a redução de estigmas e preconceitos.

Queda

O último boletim epidemiológico divulgado pela SMS, em novembro de 2023, mostra que o número de casos de infecções por HIV caiu pelo sexto ano consecutivo. No ano passado, foram 2.066 casos, redução de 45% em relação a 2016 e de 13% em comparação com 2021.

O mesmo cenário se observa em relação às notificações de Aids. Os registros passaram de 2.408 em 2016 para 1.339 em 2022. Segundo a Prefeitura, os fatores que contribuíram para a diminuição são: ampliação de acesso a medidas profiláticas, como a pré-exposição ao HIV (PrEP), e criação de espaços para testagem e distribuição de insumos.

Na capital, por meio da Coordenadoria de IST/Aids, as ações de prevenção são realizadas em dez unidades dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), sendo um deles itinerante, e as ações de tratamento e acompanhamento estão disponíveis nas 17 unidades de Serviço de Atenção Especializada (SAEs).