14 junho 2024 em Esportes E Lazer

Equipamento da Prefeitura de São Paulo oferece treinamento para atletas de 15 modalidades esportivas

Perto da Olimpíada de Paris, o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) incluiu o breaking e o taekwond nos treinos de alto rendimento. O estilo de dança de rua e a arte marcial ampliam para 15 as modalidades oferecidas pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Seme).

Nascido nos anos 1970 nas festas do Bronx, distrito periférico de Nova York, o breaking foi incluído nos Jogos Olímpicos de Paris, assim como ocorreu com o skate na Olimpíada de Tóquio, como parte da estratégia do comitê organizador para atrair um público ainda mais jovem.

Ao som de hip-hop, os breakers (chamados de b-boys ou b-girls) fazem batalhas emocionantes e mostram que é preciso agilidade, força e elasticidade para vencer. Os passos unem dança e movimentos acrobáticos.

Baby – Fotos: L. Santana/Especial para o Estadão

Nas competições, os participantes são avaliados nos quesitos criatividade, personalidade, técnicas e movimentos utilizados, com destaque para o top rock (passos iniciais, em pé), footwork (movimento de pés com o atleta em solo apoiando o corpo com as mãos), power moves (os elementos mais dinâmicos e intensos do breaking), drops e freezes (descidas, transições e movimentos congelados, em que os breakers param em posições de difícil execução).

Siga o nosso Canal e saiba tudo sobre a cidade de São Paulo pelo Whatsapp

O boletim é semanal, às segundas, quartas e sextas.

Quero receber!

No Brasil, a dança chegou por São Paulo, nos anos 80, com os dançarinos se reunindo em frente à estação São Bento. Hoje, os breakers se encontram no Centro Cultural São Paulo e pelas imediações da estação Tamanduateí, assim como em espaços da cultura hip-hop, explica Thaís Melo, coordenadora de breaking no Centro Olímpico e comentarista da modalidade na televisão. Aos 35 anos, a professora de educação física é conhecida como b-girl Thaisinha.

Thaís Melo, coordenadora de breaking no COTP

Estrutura

“É um momento feliz. Fizemos em abril as seletivas com mais de 70 inscritos. Trabalhamos para formar novos atletas e fazer do Centro Olímpico um polo desses b-boys e b-girls, que agora podem competir com treinamento e acompanhamento de alta performance, suporte médico, nutricional e psicológico”, diz Thaisinha, que começou a vida de atleta no balé aos 11 anos em projetos sociais e dá aulas de breaking desde os 18.

Hoje, no COTP, ela treina 20 breakers, dez homens, oito mulheres, com idades entre 18 e 29 anos, e duas crianças: o b-boy Spider, de 13 anos, e o b-boy Gui, de 10. O caçula da turma é uma promessa. O menino  não se intimida nas batalha com os adultos e, durante os treinos, anota num papel as inspirações para seus movimentos.

Gui durante batalha

Cronograma

Iniciados em maio, os treinos ocorrem às terças, quintas e sextas, das 19h às 21h30. Os breakers já representam a cidade em competições. Dentro das possibilidades orçamentárias do COTP, participam das principais competições nacionais e até internacionais.

As equipes de todas as modalidades recebem, gratuitamente, atendimento médico, odontológico e psicológico; suporte de assistência social; acompanhamento preventivo e de tratamento em fisioterapia; lanche e auxílio-transporte.

Na equipe de breaking, os atletas vêm em sua maioria da zona leste e zona sul de São Paulo, de Diadema, Osasco, Guarulhos e do Grande ABC.

Para os iniciantes no breaking, as aulas são ministradas no Centro Esportivo Vila Curuçá, na zona leste. Podem participar adultos e crianças com idade a partir de 6 anos. Para essas aulas, que integram o programa Rede Olímpica , não é necessário ser aprovado em peneiras, basta se inscrever presencialmente na unidade, levando foto 3×4, cópia do RG, CPF e de um comprovante de endereço. Os jovens com melhor desempenho são encaminhados posteriormente ao Centro Olímpico.

Taekwondo e mais

Além de breaking, o Centro Olímpico oferece treinamento em atletismo, basquete, basquete 3×3, boxe, futebol, ginástica artística, handebol, judô, levantamento de peso olímpico (LPO), natação, luta olímpica, vôlei de praia, vôlei e, em breve, taekwondo, que estreou oficialmente na Olimpíada de Sidney, em 2000.

Os 42 atletas aprovados na peneira da modalidade encontram-se em processo de matrícula. As aulas devem ter início ainda em junho, sob o comando de Junio Sousa, técnico da Seleção Brasileira Cadete de Taekwondo 2023 e campeão mundial com sua equipe.

 

Serviço

 

Para aprender breaking

Iniciação no Centro Esportivo Vila Curuçá, às segundas e quartas, das 18h30 às 21h30
Podem participar adultos e crianças a partir de 6 anos (masculino e feminino)

Centro Esportivo Vila Curuçá – CEE José Ermírio de Moraes
Rua Grapirá, 537 – Itaim Paulista
Telefone: (11) 2581-2410
Funcionamento: das 7h às 22h (segunda a sexta-feira)

Rede Olímpica

Para participar do programa Rede Olímpica, basta ir presencialmente ao Centro Esportivo de preferência com uma foto 3×4, cópia do RG, cópia do CPF e cópia do comprovante de endereço. Confira aqui as unidades e modalidades oferecidas.

Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP)

Os alunos da Rede Olímpica que se destacam são encaminhados aos treinos de alta performance.
Os demais atletas interessandos devem acompanhar pelo site as peneiras realizadas periodicamente.

Av. Ibirapuera, 1315 – Vila Clementino
E-mail: contato@adcentroolimpico.com.br – Telefone: (11) 3396-6479

Luly Zonta