22 maio 2025 em Cultura
Programação gratuita ocupa a Biblioteca Mário de Andrade nos dias 24 e 25 de maio
A Prefeitura de São Paulo realiza nos dias 24 e 25 de maio a primeira edição da Virada Cultural Literária de São Paulo – Virada Lusófona, evento que integra a programação oficial da Virada Cultural 2025 e será realizado integralmente na Biblioteca Mário de Andrade, no Centro.
Com entrada gratuita, a programação busca aproximar leitores de autores, promovendo atividades com nomes como Leandro Karnal, Paulo Lins, Bruna Lombardi, Itamar Vieira Junior, entre outros. Veja aqui a programação completa da Virada Literária.
A Virada Literária começa às 18h do sábado (24) e vai até a tarde do domingo (25). O evento promove diálogos literários, poesia e reflexão, conectando escritores, leitores e pensadores dos países lusófonos em um movimento contínuo de criação e partilha.
Programação
Começa com a mesa “São Paulo começa a girar”, às 18h do sábado (24/5), reunindo Guilherme Borba, Flávio Hélder e os curadores desta primeira edição da Virada Literária, José Manuel Diogo e Tom Farias.
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O boletim é semanal, às segundas, quartas e sextas.
Quero receber!Às 19h30 acontece a mesa “A cidade que vive”, que traz uma conversa sobre a cidade como organismo sensível, contraditório e em constante transformação. Eugênio Bucci, João Paulo Cuenca e José Manuel Diogo traçam um panorama das tensões urbanas a partir do olhar do jornalismo, da literatura e da crônica.
A mesa “As estações do corpo”, acontece às 21h, com Leandro Karnal, Simone Az e Rosane Borges, abordando temas relacionados ao corpo e suas transformações.
Em seguida, às 22h30, acontece a mesa “A cidade que escreve”, com Andrea Del Fuego, Paulo Lins e Antoune Nakkhle.
Madrugada Poética
Além das mesas, a Madrugada Poética começa às 1h30 com coordenação de Mel Duarte, trazendo um mergulho nas vozes poéticas emergentes da lusofonia, incluindo slams e recitais. A madrugada será ocupada por nomes de grande relevância, como: Akins Kintê, Alice Ruiz, Binho, Cuti, Elizandra Souza, Esmeralda Ribeiro, Luz Ribeiro, Ryane Leão e Sérgio Vaz.
A partir das 3h30, o “Slam dos 13” – um coletivo de poesia falada que se tornou referência no circuito nacional de literatura periférica e slam, ocupa a biblioteca com um embate poético de vozes afiadas, ritmos pulsantes e verdades à flor da pele. Mais que competição, o slam é rito, pulsação e política.
Já às 6h, será exibido o filme “O avô na sala de estar: a Prosa Leve de Antonio Candido” que apresenta uma biografia afetiva de um dos maiores intelectuais brasileiros: Antonio Candido de Mello e Souza. Seu trabalho impactou a historiografia e a crítica literária no Brasil, e continua a ser basilar na formação de estudantes e profissionais.
A programação segue às 7h com o café da manhã “Pão nosso literário”, instalação comestível comandada por Ricardo Magalhães e inspirada na obra de Mário de Andrade.
Às 8h, começa a mesa “Pequenas galáxias do cotidiano” com Amara Moira, Luciany Aparecida e Rodrigo Casarin. A conversa propõe um olhar atento às miudezas do dia a dia e entre a força poética do corpo, a oralidade popular e a escuta crítica.
Logo após, às 9h30, é a vez de Bruna Lombardi, João Paulo Trevisan e Francis Manzoni, que participam da mesa “Livros que andam nas mãos do povo”. A mesa celebra as palavras que circulam de mão em mão, tocando diferentes públicos e reafirmando que a leitura é também um gesto coletivo, afetivo e transformador.
Já às 11h, a mesa “O fim da noite não existe” traz Trudruá Dorrico, André Diasz e José Manuel Diogo. Esta mesa marca a travessia entre escuridão e aurora, reunindo a força ancestral da palavra indígena com a vibração urbana de uma literatura que pulsa na contramão da lógica do mercado.
A mesa “E se a terra parasse?”, com Antonio Prata, Ilana Trombka e Angélica Ferrarez, ocorre às 12h30, e propõe imaginar o impensável com humor, profundidade e precisão, os participantes exploram o colapso do tempo afetivo, da escuta, da política e da linguagem.
Logo depois, às 14h, é a vez de “A palavra é o sol”, com Calila das Mercês, Renato Janine Ribeiro e Giovana Madalosso, que juntos buscam uma reflexão sobre a potência regeneradora da linguagem e seu papel na construção de futuros mais justos.
Depois a programação segue com a mesa performativa “Uma orquestra literária”, às 15h30, com Paulo Scott, Marcelo Fornasier, Mauro Dahmer, Flavio Flu Santos e Fernanda D’umbra. A proposta é fazer com que as linguagens se cruzem como instrumentos afinados: a crônica marginal, a ficção filosófica e o traço visual se encontram num mesmo palco para improvisar sentidos e desafinar certezas.
A Virada Literária encerra a programação com a mesa-entrevista “Última volta do sol”, onde o escritor Itamar Vieira Junior, um dos nomes mais significativos da literatura brasileira contemporânea, conversa com a jornalista Joyce Ribeiro sobre memória, território, resistência e o lugar da literatura na reinvenção do Brasil profundo.
O encontro será precedido por uma apresentação especial do escritor e curador Tom Farias, que contextualiza o gesto simbólico da mesa e homenageia a travessia coletiva realizada ao longo desta primeira edição do evento.
Outras informações sobre a Virada Literária – Virada Lusófona estão disponíveis no site do evento.