A região de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, passa por um conjunto de obras que prevê a retirada de 1.323 famílias de áreas de risco e intervenções de combate a enchentes no entorno do Córrego do Antonico. Com alagamentos e deslizamentos frequentes há mais de 20 anos, a área recebe obras de canalização, drenagem, urbanização, saneamento e reassentamento de moradores. O investimento total é de R$ 415 milhões.

A remoção das famílias começou após um deslizamento ocorrido em outubro de 2021. As famílias recebem auxílio mudança e, até que sejam reassentadas, auxílio aluguel. Entre os removidos, 761 recebem o benefício e 562 optaram pela indenização. O número total é superior ao de moradias desocupadas porque mais de uma família pode viver em um mesmo imóvel.

Parte das intervenções inclui a construção de um reservatório subterrâneo (piscinão) na Praça Roberto Gomes Pedrosa, com capacidade para 133 milhões de litros de água — o equivalente a 53 piscinas olímpicas. O projeto, com custo de R$ 273,8 milhões, inclui ainda 663 metros de novas galerias pluviais e, futuramente, a implantação de uma nova praça com área de lazer e equipamentos públicos.

As obras devem beneficiar cerca de 87 mil moradores da bacia do Córrego do Antonico. O piscinão receberá a água excedente em dias de chuva intensa. Também estão previstas a construção de um segundo reservatório na Praça Alfredo Gomes e novas galerias na Avenida Jules Rimet. Essas etapas são executadas pelo Governo do Estado.

Infraestrutura e moradia no Complexo Paraisópolis

Com obras espalhadas por diferentes pontos da região, o Complexo Paraisópolis recebe investimentos municipais que somam R$ 464,8 milhões. As intervenções incluem novos reservatórios, canalização de córregos e construção de moradias, com foco na redução de riscos e melhoria das condições de vida.

Além do piscinão da Praça Roberto Gomes Pedrosa, o Governo do Estado executa outro na Praça Alfredo Gomes. Juntos, os dois reservatórios terão capacidade para 177,5 mil m³ de água.

A região também conta com projetos habitacionais. As obras dos conjuntos Vila Andrade E1 e E2, iniciadas em abril de 2024, somam 413 unidades com investimento de R$ 93 milhões. Os edifícios terão 14 andares e substituem moradias precárias em áreas de risco.

No Jardim Colombo, as obras incluem remoção de casas em encostas, urbanização, canalização de córrego e implantação de parque linear, com aporte de R$ 49 milhões.