23 agosto 2025 em Turismo

Visitas fazem parte do programa Vai de Roteiro e incluem o jardim da cobertura

Após a restauração de seu hall, o Edifício Matarazzo volta a integrar, a partir deste sábado (23), o programa Vai de Roteiro, que oferece passeios guiados gratuitos por diferentes pontos de São Paulo. As obras duraram pouco mais de seis meses e custaram R$ 3,1 milhões, além de R$ 93 mil em estudos preliminares.

As visitas ocorrem aos sábados e domingos, às 14h30 e 16h30, conduzidas por guias credenciados. Além do saguão, os grupos de até 20 pessoas podem conhecer o jardim da cobertura, que tem um lago com carpas e cerca de 400 espécies de plantas. Não há necessidade de agendamento. A inscrição é feita no local, de 15 minutos a uma hora antes da visita, com apresentação de documento oficial com foto.

A intervenção recuperou placas de mármore travertino e esquadrias de madeira e metal, preservando as características originais do edifício, construído entre 1937 e 1939. Também foram feitos reparos estruturais e aplicação de reforços para garantir a segurança e a durabilidade do espaço. No fim do processo, o mármore recebeu higienização e camada de cera protetiva.

O trabalho foi realizado por uma equipe multidisciplinar que incluiu arquitetos, engenheiros, artistas plásticos e historiadores. Todas as etapas foram registradas em um banner instalado no saguão para informar os visitantes.

História

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Inaugurado como sede das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, o prédio já abrigou o Grand Hotel de La Rotisserie Sportsman e o jornal Diário da Noite. Nos anos 1970 foi adquirido pelo Banespa e ficou conhecido como “Banespinha”. Desde 2004 é a sede da Prefeitura, após a privatização do banco.

O edifício, tombado em 1992 pelo Conpresp, tem detalhes que reforçam seu valor histórico. Acima das portas há cinco painéis esculpidos que retratam áreas de atuação da família Matarazzo. O escultor italiano Galileo Emendabili, autor do Mausoléu ao Soldado Constitucionalista, produziu os relevos dos pilares da entrada. Já o artista Giulio Rosso assina o mosaico acima dos elevadores. Como em outros prédios da época, não há 13º andar: após o 12º, vem o 14º.