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Em Perus, coletivos promovem turismo de resistência e valorizam a história local

Resgate cultural lembra da maior greve da história do Brasil e mostra aos visitantes a natureza da zona noroeste de São oPaulo

Juca Guimaraes Por Juca Guimaraes
24 de maio de 2022
em Cultura e Lazer, Direitos Humanos, Educação, Na Perifa, Trabalho
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Nenhuma rua de Perus tem nome de trabalhador do movimento dos queixadas; intervenção artística criou placas simbólicas para os operários. Foto: Juca Guimarães

Nenhuma rua de Perus tem nome de trabalhador do movimento dos queixadas; intervenção artística criou placas simbólicas para os operários. Foto: Juca Guimarães

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Na zona noroeste da capital paulista, região de Perus, as últimas décadas foram marcadas por um resgate histórico e cultural liderado pela juventude. O desenvolvimento da região tem origem na expansão da malha ferroviária do Estado e na instalação de uma fábrica canadense de cimento, a Portland Perus, em 1926. Naquela planta, em 1958, uma organização de operários que lutava por direitos trabalhistas virou a mais longa greve da história do Brasil, de maio de 1962 a 1969.

Os grevistas se identificavam como queixadas, uma espécie de porco selvagem parecido com o javali, reconhecido pela inteligência e habituado a se defender em bando. O nome foi ideia de um amigo do advogado Mario Carvalho de Jesus, que trabalhava no sindicato. O lema, “União e Firmeza Permanente”, era baseado na filosofia de resistência e união sem violência — a inspiração vinha de Mahatma Ghandi e Martin Luther King.

Queixadas é um nome chave para se entender a revolução cultural, social e econômica que acontece em Perus. A Agência Queixadas, inaugurada em 2018, funciona em rede com outros coletivos da região para promover passeios turísticos, culturais e estadia solidária no território. 

“A Agência Queixadas oferece uma experiência prático-educativa e proporciona aos visitantes reflexões ao abordar as diferentes possibilidades de leitura da realidade, da cidade e de um novo fazer cultural. Para além do turismo, aqui, nós problematizamos uma mudança da realidade e novas possibilidades de experimentação da periferia”, diz Camila Cardoso, de 31 anos, coordenadora do coletivo.

Foram mapeados lugares de interesse histórico, afetivo, ambiental e das lutas sociais nos territórios de Perus e do Jaraguá. Essas histórias são contadas nas trilhas educativas desenvolvidas pela Agência Queixadas

História e meio ambiente — As visitas guiadas atraem grupos de vários lugares de São Paulo e turistas estrangeiros. Além das ruínas da velha fábrica de cimento e da natureza exuberante do bairro — uma área preservada de vegetação nativa —, os passeios da Agência Queixadas têm roteiros que passam pela vala comum do Cemitério Dom Bosco, onde nos anos 1990 foram encontradas ossadas de pessoas mortas na Ditadura Militar e vítimas de grupos de extermínio.

A preservação da natureza na região se deve à conscientização ecológica dos moradores, desde a década de 1970, e à presença da Terra Indígena Jaraguá, com seis núcleos de aldeia do povo Guarani.

“Nós não dialogamos com o popular turismo de favela”, afirma Camila. “Ao longo de anos, juntamente com diversos coletivos da região, estudamos nosso território e hoje podemos mostrar aos visitantes as potencialidades que existem na nossa região. Aqui desenvolvemos o que chamamos de ‘Turismo de resistência’ por mostrar ao mundo tudo de bom que tem na nossa quebrada”, comenta Camila. 

Aqui desenvolvemos o que chamamos de turismo de resistência, por mostrar ao mundo tudo de bom que tem na nossa quebrada

Centros culturais  — A fim de preparar os jovens para trabalhar com arte e na indústria cultural, a Comunidade Cultural Quilombaque foi fundada em 2005, ao lado da estação de trem — em 2021, depois uma campanha de financiamento coletivo, o terreno que abriga a sede foi comprado pela organização. “O bairro não tinha nada de centro cultural”, conta Dedê Ferreira, 37 anos, co-fundador da Quilombaque.

“É uma região com uma população muito grande, mas só tinha uma biblioteca. Com o tempo, os jovens se organizaram em vários coletivos e muitas coisas legais surgiram. Foi criada até a Casa do Hip-Hop, que partiu de uma iniciativa totalmente popular e hoje a gestão é de pessoas do próprio território.”

A Casa do Hip-Hop de Perus é fruto de uma ocupação cultural feita por jovens da região que, na mesma época, em 2016, criaram também o Cine Teatro Pandora, espaço onde acontece a exibição de filmes, oficinas e rodas de conversas

A partir das possibilidades e da diversidade cultural de Perus, surgiu a ideia de criar o Museu Territorial de Interesse da Cultura e da Paisagem Tekoa Jopo’í. Em guarani, tekoa é território e Jopo’í é a lógica econômica de seu povo: “Quanto mais você doa, mais prestígio você tem”. 

O museu Tekoa Jopo’í propõe diálogos, conecta movimentos sociais, resgata a memória da região e incentiva a sustentabilidade local

Resgate e ajuste histórico — Dedê Ferreira, que fundou a Comunidade Cultural Quilombaque quanto dia 21 anos, em 2005, conta que um problema grave para a identidade cultural da região é a questão do silenciamento histórico. “O nome oficial da biblioteca é José de Anchieta, que é um padre jesuíta que impôs o catolicismo sobre a cultura indígena durante a fundação da metrópole”, observa. “Há três anos, nós chamamos a biblioteca de José Soró, um educador do bairro que foi fundamental para o desenvolvimento da cultura local. Nosso objetivo é que este se torne o nome oficial da biblioteca.”

Nos anos 1970, a primeira onda de união dos jovens de Perus em defesa da preservação da história local tinha como ponto de encontro o Centro Cultural Ajuá, que ficava na biblioteca citada por Dedê. Ali havia saraus, rodas de conversas e peças de teatro. 

“Perus tinha um jeito de cidade do interior. Era longe ir para o centro então tudo a gente fazia aqui mesmo. Era muito bom, a gente não se sentia como periférico, ou excluído. Tinha muita criatividade, união e independência na vida social”, afirma Regina Célia Soares Bortoto, de 60 anos. Regina, integrante do movimento jovem de Perus naquela época, é neta de queixadas. 

QUEIXADAS PARADE

 Para celebrar as seis décadas da greve dos sete anos na primeira fábrica de cimento do Brasil, Perus recebe uma exposição de esculturas Queixadas Parade. São sete estátuas de porcos-queixada que representam as histórias de luta, a exemplo de moradia, resistência indígena, movimento negro e meio ambiente. As esculturas foram feitas por artistas da região: Jana Albuquerque, Consp, Derf, Dinas Miguel, Bonga Mac, Marina Lima, Guetus, Dedê Ferreira e Cleiton Fofão.

A exposição fica em exibição até o dia 28 de maio na sede da Quilombaque, de terça a domingo,  das 10h às 18h (Travessa Cambaratibas, número 5). Depois, as peças vão para o calçadão da estação de Perus da CPTM (no sentido Avenida Dr Silvio de Campos), na Praça Luis Neri (região central do bairro), na Avenida Dr. Silvio de Campos, nº 33 e na Rua Sales Gomes, 418, na Vila Perus.

Nome de rua: apesar da potência histórica da greve dos sete anos, nenhuma rua do bairro tem nome de algum trabalhador do movimento. Uma intervenção artística com 40 placas homenageia e resgata a luta desses operários. Essas placas simbólicas estão na sede da Comunidade Cultural Quilombaque
Queixadas Parade celebra a maior greve da história do Brasil, em Perus. Foto: Juca Guimarães
Queixadas Parade celebra a maior greve da história do Brasil, em Perus. Foto: Juca Guimarães
No Quilombaque, placas e esculturas compartilham o espaço e homenageiam os operários. Foto: Juca Guimarães
No Quilombaque, placas e esculturas compartilham o espaço e homenageiam os operários. Foto: Juca Guimarães
Queixadas esculpidos por artistas locais em breve estarão nas ruas de Perus. Foto: Juca Guimarães
Queixadas esculpidos por artistas locais em breve estarão nas ruas de Perus. Foto: Juca Guimarães
Nenhuma rua de Perus tem nome de trabalhador do movimento dos queixadas; intervenção artística criou placas simbólicas para os operários. Foto: Juca Guimarães
Nenhuma rua de Perus tem nome de trabalhador do movimento dos queixadas; intervenção artística criou placas simbólicas para os operários. Foto: Juca Guimarães

 

Tags: Juca Guimarães (SP)Movimento dos queixadasPerus
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