Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado nesta terça-feira, 25, reforça a importância da luta contra o racismo e o machismo enfrentados pelas mulheres negras. A data foi criada durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, realizado em 1992.
Conforme o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o dia relembra o marco internacional de luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero.
Na segunda-feira, 24, o Ministério da Cultura organizou o encontro “Mulheres Negras nos Espaços de Poder” para celebrar o dia. “Quero homenagear a honradez, a abnegação e a força dos milhões e milhares de mulheres que foram aviltadas e hostilizadas na sua condição e sofreram os piores massacres da história da humanidade. Apesar de tanto ‘não’, de tanta dor que nos invade, somos nós a alegria da cidade”, afirmou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
“Porque um espaço de poder tem que causar espanto? É melhor vocês se acostumarem. Nós nos preparamos todos os dias para isso. Eu não tenho medo de estar onde estou”, disse a Yalorixá do Ilé Axé T’oju Labá, Mãe Dora Barreto, também presente no encontro realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Quem foi Tereza de Benguela?
Ainda segundo o MinC, em 2014 foi instituída a Lei 12.987, que definiu na mesma data o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, uma data em homenagem à memória da Rainha Tereza.
Líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século XVIII, Tereza de Benguela lutou pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança naquela época. Ela liderou a resistência da população negra à frente do Quilombo de Quariterê, no Mato Grosso.