Estadão Expresso
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo
No Result
View All Result
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo
No Result
View All Result
Estadão Expresso
No Result
View All Result
Conteúdo sobre as periferias pelo olhar de quem vive nelas
Home Na Perifa Colunas

As empresas estão abertas para implementar “ESG” na favela para além do marketing?

Perifa Sustentável Por Perifa Sustentável
14 de setembro de 2023
em Colunas, Na Perifa
0 0
1
As empresas estão abertas para implementar “ESG” na favela para além do marketing?

Vista do bairro Jardim Angela, na zona sul da cidade de São Paulo - Crédito: JF Diorio/Estadão

Share on FacebookShare on Twitter

Mahryan Sampaio e Camila Berteli – Instituto Perifa Sustentável

Quando a gente é da favela, já nasce empreendedor. Desde muito cedo a gente precisa dar um jeito, se virar, ou a vida não acontece. Estamos distantes dos empregos formais, por isso a resposta no final das entrevistas é sempre a mesma: as crias das comunidades não dão “match” com a cultura das empresas. E quando o papo é inclusão ou ações afirmativas, os gestores encaram nossa contratação com o ato de “baixar a régua” para cumprir políticas de diversidade nas empresas. Para eles, somos a força de trabalho barata e com baixa escolaridade. 

Mas, existe um fator que esse discurso ignora: o racismo é estrutural, e todas as vezes em que pessoas negras e faveladas avançam a régua sobe e muda de lugar. Por isso, não se trata de “baixar a régua para promover diversidade” e sim quebrar as barreiras da discriminação que nos impedem de avançar. 

Na favela está a capacidade de inovação, a coragem de testar, a influência e a conexão com o consumidor. Segundo dados do IBGE de 2021, movimentamos R$ 119 bilhões todos os anos. Somos os intelectuais da vida cotidiana, capazes de criar novas narrativas com mais senso de comunidade e pertencimento. Desenvolvemos tecnologias sociais avançadas e sofisticadas para resolver as questões de nossos territórios. Por isso, não há estratégia de ESG possível, se a favela não fizer parte deste movimento.

ESG – Três letras que prometem transformar o mundo dos negócios ampliando o impacto positivo em cenários antes esquecidos. Significam em inglês E (Environmental: Ambiental) S (Social: Social) e G (Governance: Governança) e servem para medir como e se, as empresas possuem práticas sociais responsáveis, ambientalmente sustentáveis e administradas de forma ética e correta. Em troca, acesso a fundos de investimento, menor volatilidade e lucro. 

Mesmo sendo um movimento rentável, importante e necessário, nem todas as empresas acreditam no ESG como algo positivo e aplicável para os negócios. Ainda há empresas focadas nas barreiras, na dificuldade de adaptações necessárias e no custo de readequação, afirmando que isso tira o foco dos negócios. Mesmo nas empresas que aparentemente se engajam com o tema, o que vemos é muito discurso e pouca prática. 

Quando falamos das favelas então, sentimos que tudo isso é ainda mais distante. A maioria das empresas que possuem ações em comunidades periféricas assumem uma postura de domínio do saber, imposição de práticas, métodos e visão de mundo que anula o conhecimento potente e presente nesses espaços. É menos “troca de experiências” e mais “postura salvadora”. Dão o que querem sem perguntarem o que as favelas precisam.

Há tecnologia e conhecimento na favela e as empresas podem aprender muito com quem sobrevive e cria possibilidades todos os dias nesses territórios. No Perifa representamos isso por meio do símbolo africano da Sankofa, que é derivado do idioma Akan e significa “voltar e buscar” ou “buscar o que foi perdido”.

E o que é o ESG, se não o convite a ideia de que, para avançar para o futuro, é importante olhar para trás e aprender com o passado, tradições e experiências.

Para ir além de um marketing de iniciativas, a conversa precisa ser de conexão e colaboração, de ações “com” e não “para”. É preciso pensar soluções coletivas com a comunidade, e não para ela a partir de sua própria visão externa do mundo. Dessa forma, as empresas aprenderão a valorizar e a respeitar o conhecimento negro e periférico, que também é ancestral.

Há alguns caminhos possíveis para as empresas que querem atuação real nas periferias, compartilhamos algumas delas: 

Vamos começar com a escuta? É necessário um mapeamento participativo com a comunidade, estabelecendo parcerias com ONGs e organizações locais que conhecem as necessidades do território e já estão envolvidos em iniciativas sociais, que muitas vezes precisam de apoio, financiamento e formação para expandirem.

Por falar em formação, que tal apoiar projetos que fomentem educação, conhecimento e a aprendizagem nas favelas, promovendo o desenvolvimento de lideranças e a participação nas decisões que afetam suas vidas?

Esse desenvolvimento também impacta na ampliação da Diversidade e Inclusão. Os talentos existem, mas será que sabemos reconhecê-los? As empresas devem refletir a diversidade da sociedade brasileira e implementar a inclusão no ambiente de trabalho. Práticas que fomentem a cidadania, a cultura e lazer aproximam essas realidades, que parecem ser distantes, mas não são. Todo mundo quer poder viver experiências que ampliem a sua visão de mundo.

As favelas sofrem com o racismo ambiental e precisam de investimento em infraestrutura e serviços. Contribuir financeiramente ou colaborar com projetos de melhoria de infraestrutura, como estradas, escolas, centros de saúde e sistemas de água potável, são ações que mudam as realidades locais. Com isso, é possível desenvolver, priorizar e incentivar fornecedores locais, apoiando o desenvolvimento de pequenas empresas na comunidade, promovendo o crescimento econômico e gerando renda.

As empresas precisam reconhecer que não nos falta capacidade e conhecimento, mas nos tem faltado o compromisso, colaboração e compartilhamento de recursos entre empresas e favelas. As empresas podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento sustentável nas comunidades, ao mesmo tempo em que promovem seus próprios objetivos de negócios e práticas ESG. Vamos começar?

***Este conteúdo é uma coluna de opinião que representa as ideias de quem escreve, não do veículo.

Tags: ESGFavelaPerifa Sustentável
Anterior

Banheiro? Saiba onde eles estão nas estações do Metrô e CPTM de SP

Próxima

Governo conclui cadastro de credores voluntários do programa Desenrola Brasil

Próxima
Governo conclui cadastro de credores voluntários do programa Desenrola Brasil

Governo conclui cadastro de credores voluntários do programa Desenrola Brasil

Comments 1

  1. lEANDRO says:
    2 anos ago

    “No Perifa representamos isso por meio do símbolo africano da Sankofa, que é derivado do idioma Akan e significa “voltar e buscar” ou “buscar o que foi perdido”.
    E o que é o ESG, se não o convite a ideia de que, para avançar para o futuro, é importante olhar para trás e aprender com o passado, tradições e experiências.” AMEI!!!!!!!!!!

Recomendados Expresso Na Perifa

Aplicativos se tornam aliados das mulheres em situação de violência 

26 de março de 2024
“O funk é libertador”: Deize Tigrona, uma das maiores funkeiras do país, fala sobre seu novo álbum

“O funk é libertador”: Deize Tigrona, uma das maiores funkeiras do país, fala sobre seu novo álbum

22 de março de 2024

E eu não sou uma mulher? 

21 de março de 2024

Conheça Concita Braga, a mulher que comanda o ‘Boi de Nina Rodrigues’

20 de março de 2024

Sobre o Expresso na Perifa

O Expresso na Perifa é um hub de conteúdo multimídia produzido por quem vive e conhece o dia a dia das comunidades e periferias do Brasil. É composto por este site, mídia social e vídeos e faz parte de um projeto da 99, empresa de mobilidade e conveniência, em parceria com o Estadão e coletivos periféricos. Oferece uma leitura leve, rápida e sem complicação para ajudar você a compreender questões importantes da vida, da cidade e do mundo.

Categorias

  • Cultura e Lazer
  • Direitos Humanos
  • Educação
  • Meio Ambiente e Sustentabilidade
  • Segurança Pública

Tags

#fiqueemcasa 99app Amazônia Amazônia Centro do Mundo App de transporte Bem-estar Cinema Coronavírus Covid-19 Cultura Desigualdade Direitos humanos Economia Educação Educação financeira Embarque no Direito (SP) empreendedorismo Favela em Pauta (RJ) Finanças pessoais governo federal Juca Guimarães (SP) Literatura Livros Meio ambiente Mobilidade Mobilidade Urbana Motoristas de aplicativo mulheres da periferia Na Perifa Indica Nós Mulheres da Periferia Pandemia Passeios PerifaConnection (RJ) Periferia em Foco (PA) Quarentena Racismo Receitas Roteiro cultural Saúde Segurança Sustentabilidade São Paulo Tecnologia transporte por aplicativo Violência policial
  • Sobre
  • Como Anunciar
  • Expediente Expresso
  • Expediente Expresso na Perifa

©️ 2019-2021 Produzido por Estadão Blue Studio | Todos os direitos reservados

No Result
View All Result
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo

©️ 2019-2021 Produzido por Estadão Blue Studio | Todos os direitos reservados

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In