Pode ser o dinheiro da mesada ou o contracheque do primeiro emprego. Saber gastar e investir é fundamental para garantir o futuro financeiro de jovens e adolescentes. Clique nos botões abaixo para ir direto ao assunto ou vá rolando a tela.
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A grana para o ônibus vai em um envelope e a da comida, em outro. Um terceiro reúne o que se pode gastar com lazer e ainda tem aquele que ajuda você a separar algo para investir no fim do mês. Especialistas ouvidos
pelo site Por Minha Conta, do Estadão, explicam que, para quem está começando a se planejar financeiramente, “ver” o dinheiro saindo pode ser melhor do que lidar com a abstração da coluna de uma planilha. É aí que entra o uso de envelopes ou mesmo de potes de vidro com a descrição de cada despesa.
“A ideia dos envelopes é para uma pessoa que tem menos disciplina financeira”, diz Ricardo Natali, da DSOP Educação Financeira. “Ela vai precisar de um elemento físico para fazer essa divisão de gastos.” Para seguir essa técnica é necessário dividir o que você ganha em envelopes específicos. Dependendo do seu estilo de vida e das suas responsabilidades, você pode dividi-los em categorias como moradia, saúde, educação e supermercado, por exemplo. No quadro, veja como distribuir o dinheiro nos envelopes ou potes de vidro.
Três anotações importantes:
1) separe no mínimo 10% e, se conseguir, 20% do salário para investir. “Assim, você faz o dinheiro render para facilitar a realização de sonhos de curto, médio e longo prazos”, diz Natali.
2) a categoria bem-estar pode ser usada como coringa, em meses em que você extrapolar as reservas de algum outro envelope. Só não é legal usar sempre esse recurso, deixando de lado os momentos de diversão. “Os gastos fixos têm de estar adequados ao bolso de cada um, para sobrar dinheiro para o bem-estar também.”
3) anote os gastos. Registre todas as saídas de dinheiro durante trinta dias, até estar totalmente consciente do modo como usa os valores. Anote tudo, até um café na padaria.
INVISTA
Como aplicar bem a sua grana
RENDA FIXA
É o tipo de investimento em que a remuneração ocorre por meio de juros. Na prática, o investidor empresta dinheiro para um emissor e lá na frente recebe, junto do capital investido, os juros acumulados no período.
• Exemplos: caderneta de poupança, títulos públicos, CDB, letras de crédito imobiliário e fundos de renda fixa.
• Importante: há dois tipos de investimento em renda fixa. Os pré e os pós-fixados. No pré-fixado, o investidor sabe exatamente quanto vai retirar no resgate. No pós, ele não sabe qual é a rentabilidade exata, mas conhece a fórmula para calculá-la.
RENDA VARIÁVEL
O investidor não sabe qual será a remuneração dele no dia em que ele aplica o dinheiro. Isso depende muito das condições do mercado. Apesar de ser um investimento muito mais arriscado do que a renda fixa, pode gerar
um rendimento muito maior.
• Exemplos: Bolsa de Valores, derivativos, letras de câmbio e fundos de ações.
• Importante: para escolher entre renda fixa e variável, entenda qual é o seu perfil. Se quer ter a certeza de que vai receber o dinheiro, mesmo que com um rendimento menor e em um prazo maior, a fim de compensar a mordida do imposto no resgate, opte pela renda fixa. Mas saiba que atualmente a poupança, o Tesouro Direto e outros investimentos ligados à taxa Selic estão remunerando pouco. Na renda variável, o retorno pode vir em curto prazo. Se pegar por exemplo a Bolsa de Valores, esse período pode ser de uma semana – desde que se saiba comprar e vender na hora certa…
TESOURO DIRETO
É um título público de renda fixa emitido pelo Tesouro Nacional – órgão do governo que controla as finanças do País. Quando ele emite um título, gera um papel que garante ao comprador o pagamento de uma quantia de dinheiro em uma determinada data (e a determinados juros corridos). Há três tipos: pré-fixado (você sabe exatamente o quanto irá resgatar), fixado à inflação e fixado à Selic (o rendimento vai depender dessas variáveis).
• Importante: ao comprar um título de Tesouro Direto, você empresta dinheiro para o governo e ele promete devolver com juros. Muitos especialistas dizem que é um investimento seguro, já que dificilmente o governo irá à falência. No entanto, é bom ter em mente que papéis com taxa de vencimento mais longas são arriscados, já que não se sabe o que ocorrerá nesse prazo. Para investir, procure um banco ou corretora. Dá para começar com no mínimo R$ 30.
MERCADO DE AÇÕES
Empresas que querem realizar um projeto, mas não têm dinheiro, recorrem ao mercado de ações para angariar fundos vendendo títulos a investidores que viram sócios do negócio (elas poderiam ir ao banco, mas
as taxas de empréstimo são altas).
• Importante: a ação pode ser ordinária ou preferencial. Na ordinária, é como se você fizesse parte da diretoria e tivesse direito a voto. Na preferencial, isso não ocorre, mas você tem preferência na hora de receber os lucros. A lógica, para ter lucro, é comprar ações quando o preço estiver baixo e vender quando estiver alto. O gerenciamento das negociações é feito por um serviço de home broker, oferecido por bancos e corretoras. Para investir, além de dinheiro, é preciso entender e acompanhar a economia de perto.
APOSENTADORIA
Para se aposentar numa boa, é preciso começar a juntar dinheiro agora por meio de previdência privada ou do Tesouro Direto (para investimentos de renda variável é melhor você consultar um especialista,
porque a escolha é complexa).
• Importante: a previdência privada é um complemento da aposentadoria comum, e não tem a ver com o INSS. Você pega o dinheiro, define a periodicidade, vai botando e no final retira. Ela pode ser PGBL (cobra imposto do montante a ser resgatado e dá para descontar do imposto de renda) ou VGBL (cobra imposto sobre o rendimento e não dá para descontar do IR). Nos dois casos, é cobrada uma taxa de administração. Quem opta pelo Tesouro Direto escolhe um titulo de longo prazo, para resgate perto da idade em que vai se aposentar. O ideal é comparar as propostas de bancos diferentes para ver qual é o melhor.
APRENDA
Cursos gratuitos de educação financeira
Para o futuro investidor aprender mais sobre educação financeira, economia e finanças pessoais, sem sair de casa e sem gastar um tostão, o site Por Minha Conta, do Estadão, separou cursos gratuitos online e de curta duração, oferecidos por importantes instituições financeiras e educacionais.
BANCO CENTRAL
O Banco Central tem um portal dedicado à educação financeira com treinamentos e vídeos. O curso Gestão de Finanças Pessoais inclui aulas de planejamento de orçamento e mostra como lidar com crédito e endividamento.
• Duração: 20 horas
• Como fazer: as turmas são limitadas a 500 pessoas. A inscrição é online e o aluno tem 30 dias para
finalizar as aulas.
B3
A B3, bolsa brasileira, oferece o curso Finanças Pessoais e Investimentos em Ações. A primeira parte é sobre planejamento e valor do dinheiro. A segunda explica como funciona a bolsa e ensina a criar estratégias de investimento. São 13 aulas divididas em vídeos curtinhos, de até 3 minutos. No fim de cada aula, há um quiz para
testar os conhecimentos.
• Duração: 15 horas
• Como fazer: para acessar as aulas é preciso se inscrever na plataforma Veduca, que reúne cursos de diversas instituições.
CVM
A Comissão de Valores Mobiliários oferece três cursos em seu site: Educação Financeira para Jovens, Matemática Financeira Básica e Poupança e Investimento.
• Duração: 15 horas
• Como fazer: é necessário se cadastrar no site da CVM Educacional. Em todos os módulos há aulas, exercícios e uma planilha de organização financeira para os alunos.
ENEF
A Estratégia Nacional de Educação Financeira desenvolveu o curso Finanças sem Segredos. São quatro módulos, que abordam de questões de orçamento doméstico a conteúdos de economia do Brasil e do mundo.
• Duração: 10 horas
• Como fazer: é preciso se matricular no site para ter acesso às videoaulas e às apostilas de apoio. Ao final, o aluno recebe um certificado de conclusão.
FGV
São cinco cursos gratuitos: organizar o orçamento familiar; planejar a aposentadoria; gastar conscientemente e fazer investimentos (básico e avançado). Depois de ver conteúdo, o aluno faz um teste (nota mínima: 7). São 95 slides animados e vídeos.
• Duração: de 8 a 12 horas
• Como fazer: dá para acessar o conteúdo sem cadastro, mas, se quiser uma declaração da FGV de conclusão
de curso, vale se registrar.
SENADO
O Senado Federal tem o curso Economia Descomplicada, que apresenta grandes questões econômicas do País, como renda nacional; nível de emprego; nível de preços; consumo; poupança; exportações e investimentos
totais.
• Duração: 50 minutos
• Como fazer: basta se cadastrar e se inscrever. São sete videoaulas.
TESOURO DIRETO
O Tesouro Nacional apresenta três cursos sobre o tesouro direto: iniciante, intermediário e avançado. Há um panorama sobre os principais títulos pré e pós-fixados, como comprar títulos e como montar uma carteira diversificada, por exemplo.
• Duração: indeterminada
• Como fazer: dá para fazer o curso na plataforma online ou baixando o conteúdo em PDF. Quem faz online tem direito a um certificado oficial de participação.
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