Quem vive dizendo aos filhos que não levem o celular para a mesa na hora do jantar precisa ver, nesse momento, onde está o próprio smartphone…
Nos Estados Unidos, alarmados com estudos feitos sobre o tempo gasto por crianças diante da tela do celular, surgiu uma onda de profissionais que ensinam pais e filhos a brincar fora do mundo digital. É uma área de treinamento em que consultores vão a casas, escolas, igrejas e sinagogas para lembrar como as pessoas viviam antes [do smartphone].
Mas será que precisa mesmo desse tipo de “coach”, ou isso é só uma oportunidade de vender uma solução simples para um problema sério?
Basicamente, os treinadores oferecem referências para que pais e filhos diminuam o uso dos eletrônicos. Eles propõem programas para estimular outros tipos de brincadeira. Correr, pular corda, escalar brinquedões, pendurar-se no trepa-trepa.
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A ideia é preencher o tempo com atividades físicas e/ou lúdicas e promover autonomia e criatividade.
Fato: ninguém sabe o que as telas farão da sociedade, de bom ou de mau. Esse experimento mundial de dar a uma pessoa uma empolgante peça de tecnologia portátil ainda é novo. Recorrendo ou não à ajuda profissional, é importante dar o exemplo. Quem vive dizendo aos filhos que não levem o celular para a mesa na hora do jantar precisa ver, nesse momento, onde está o próprio smartphone.
Com informações do The New York Times traduzidas por Terezinha Martino. Leia todos os textos no Estadão.