A busca das empresas por mais diversidade entre os seus funcionários move a estrutura educacional; faculdades particulares diversificam o quadro de alunos
Quando falamos em diversidade e inclusão (D&I), geralmente o foco é nas empresas que criam programas para tentar corrigir injustiças sociais, mas a construção de um profissional começa antes do mercado de trabalho. A busca das organizações por mais diversidade entre os seus funcionários move também a estrutura educacional. Com isso, instituições particulares de ensino superior, consideradas “de elite”, têm corrido atrás de diversificar seus quadros de alunos, ampliando o alcance de bolsas integrais e auxílios para moradia, transporte, alimentação e material didático.
Quando instituições de ensino diversificam o seu quadro de alunos, há um impacto na chegada desses profissionais nas empresas. Pessoas de realidades diferentes enriquecem o ambiente, tomam decisões, geram inovação. “Essas ações, aliadas às discussões naturais do ambiente educacional, favorecem dinâmicas corporativas mais inclusivas”, diz Camila Santos, consultora Jr. em cultura inclusiva na B4People.
• Já há universidades particulares que apostam em processos menos meritocráticos e focados nas condições socioeconômicas dos estudantes • A FGV tem bolsa integral e auxílio-manutenção • No Insper o programa de concessão de bolsas contempla formatos integrais, parciais e de auxílio-moradia e busca pluralidade entre professores e alunos
Algumas instituições que abrem caminho para bolsas
• Educafro
• Faculdade Zumbi dos Palmares
• FGV Direito
• Insper
Com reportagem de Marina Dayrell, O Estado de S. Paulo