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Home Economia & Negócios

Preconceito X inclusão

Estadão Expresso Por Estadão Expresso
8 de abril de 2021
em Economia & Negócios
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A consultora em diversidade e inclusão para empresas Ana Bavon. Foto: Divulgação

A consultora em diversidade e inclusão para empresas Ana Bavon. Foto: Divulgação

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Em entrevista ao Estadão, especialista fala do preconceito no mercado de trabalho. “A estética da liderança nunca é negra e cabelo crespo é barreira”

A problemática do racismo está presente em todas as esferas da sociedade, e o mercado de trabalho não está isento disso. No terceiro trimestre de 2020, segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a diferença salarial entre brancos e negros atingiu o maior índice já registrado (R$ 1.492).

“Quando falamos sobre mercado de trabalho, tratamos essencialmente de um ambiente que existe a partir de uma visão eurocêntrica de competência, boa aparência, produtividade. A conexão imagética que o ambiente organizacional faz com relação a pessoa é ligada ao perfil europeu, ao perfil padrão”, diz Ana Bavon, CEO da B4People Cultura Inclusiva.

Leia a seguir os principais assuntos tratados na entrevista concedida por Ana Bavon à repórter Anna Barbosa. Ela falou sobre a construção da imagem negra no Brasil, colorismo, mercado de trabalho, racismo e políticas para as empresas evitarem situações como estas.

“(No Brasil) Quanto maior a negritude a partir dos nossos traços, maior é a expressão do racismo, porque ele conecta a aparência à nossa ancestralidade – e é aí que atua essencialmente a discriminação de raça”
Ana Bavon, CEO da B4People Cultura Inclusiva

NEGRITUDE, COLORISMO, PADRÃO
Nossa aparência, principalmente no Brasil, denuncia a nossa negritude. Aqui, temos um sistema que reproduz o racismo a partir da marca que a gente carrega. Quanto maior a negritude a partir dos nossos traços, maior é a expressão do racismo, porque ele conecta a aparência a nossa ancestralidade. É aí que atua essencialmente a discriminação de raça.

CABELO AFRO E MERCADO DE TRABALHO
Quando falamos sobre mercado de trabalho, tratamos essencialmente de um ambiente que existe a partir de uma visão eurocêntrica de competência, boa aparência, produtividade.

“BOA APARÊNCIA”
Com a Lei Afonso Arinos (L1390/1951), não era mais permitido divulgar um anúncio de trabalho excluindo pessoas negras. O conceito utilizado passou a ser “boa aparência”. O que era a boa aparência? Era ser branco.

CABELO AFRO E A DISTÂNCIA DO PODER
Essa boa aparência continua sendo exigida, mas não de maneira óbvia: ela está na entrevista, no código de vestimenta, na maneira como se movimenta. A percepção da pessoa negra conectada ao cabelo (quanto mais crespo, mais próximo ao negroide), continua a deixar mais distante do poder. A estética da liderança, da posição de poder, nunca é negra. Por quê? Porque além de não existir uma proporcionalidade de pessoas negras dentro dessas posições, também não há representatividade significativa para olhar para o perfil e pensar que é um perfil que pode se tornar comum. O que temos como comum é o perfil branco.

BARREIRA NAS CONTRATAÇÕES
O cabelo pode ser uma barreira de acesso na medida em que, a pessoa que está fazendo a contratação associa aquele perfil ao que o estereótipo diz, que é desleixo e falta de cuidado. Cabelos que fogem do padrão liso, como tranças, dreads, cabelos crespos e black power, serãos discriminados. Tudo aquilo que é desviante do padrão se torna objeto de preconceitos, vieses e discriminações. Podemos dizer que os estereótipos que estão conectados a imagem da pessoa negra a colocam em um lugar de inferioridade. Isso tem origem no racismo científico, quando houve a tentativa de provar cientificamente que a raça negra era inferior à branca. Obviamente, isso tudo caiu por terra e não existe nenhuma comprovação disso. A única coisa que nos diferencia é a cor da pele. Hoje, o que podemos determinar como raça é um fator sociológico, um composto da sociedade, pois raça mesmo é só a humana.

Estereótipos que conectam cabelos afro a uma ordem inferiorizada ou ao desleixo são preconceito e racismo Eu digo que é racismo porque, em 2021, com acesso a internet e a tecnologia, com a possibilidade de estudo e informação, só perpetuamos esse tipo de discurso se não tivermos intenção em mudar. E aí, não pecamos pela ação, e sim pela omissão, por deixar de fazer o que deveria ser feito.

NÃO É BRINCADEIRA, É RACISMO
O racismo dentro das organizações não é frontal, como vemos dentro dos campos de futebol onde xingam-se os jogadores, o racismo que vemos pelas ruas, ou quando proíbem o acesso de pessoas negras ou seguem dentro de um estabelecimento. Eu costumo dizer que o racismo dentro da organização mora no invisível das relações humanas. É no não convite pro evento de networking, é no não convite para sentar no almoço com os colegas, é na torcidinha de nariz quando a mulher preta levanta para fazer uma apresentação, é aquele olhar enviesado para denunciar o tipo de cabelo que o colega está usando naquele dia. O racismo na organização acontece no cafezinho, na hora de levar a marmita para a geladeira. Ele está nos códigos velados que fazem parte da comunicação organizacional, que também possui seus tecidos e códigos. Ele (o racismo) acontece nessa sutileza, numa brincadeira com o penteado novo, por exemplo. Nunca é uma brincadeira. É racismo.

O PAPEL DO LÍDER
O papel do líder não é intervir na atitude racista, mas sim exemplificar por meio de suas ações como ele age em relação a pessoas diferentes, além de cobrar da organização políticas claras, programas e projetos que conectem a cultura da empresa. Não estou falando de diversidade. Diversidade é, diversidade somos. Se existe uma pessoa sofrendo racismo dentro da organização, existem pessoas negras. Essa cultura é hostil ou inclusiva para todas as pessoas?

EMPRESAS
Precisamos entender que a questão racial, ou qualquer questão de gestão de diversidade nas organizações, não é responsabilidade do RH. É responsabilidade do presidente da empresa. O presidente precisa entender de que forma a cultura organizacional, o estabelecimento de metas e políticas claras, ou de um programa estratégico conectado com a área de negócios podem ou não tangibilizar valor. Quando eu falo de políticas claras, eu falo sobre conectar jurídico, compliance, ouvidoria e de comunicar isso para as pessoas. Os colaboradores precisam entender quais são as condutas permitidas e as condutas reprováveis sem mais palavras. As políticas precisam exemplificar condutas. ‘Falar do cabelo da outra pessoa é uma conduta reprovável’; ‘tocar no cabelo de outra pessoa é uma conduta reprovável’. Se você porventura for vítima de uma dessas condutas, a primeira coisa que precisa entender é: será que você está percebendo isso nesse momento e vale a pena intervir?

COMO REAGIR
A pessoa negra não tem a obrigação de explicar o que foi aquele episódio, porque aquele episódio foi racista. A pessoa não precisa nem deve se expor se não se sentir confortável para isso. Agora, caso ela se sinta confortável para naquele momento fazer o apontamento, ela deve e pode fazer. Isso vai ser permitido ou não de acordo com a cultura. Se for uma cultura de exclusão, a pessoa não vai se sentir. Uma cultura de inclusão e pertencimento vai permitir que a pessoa fale. Do contrário, ela pode acabar se demitindo, saindo daquele ambiente que é hostil com ela, e aí acontecem duas coisas: devolvemos para sociedade e para o desemprego uma pessoa que sofreu racismo (mais uma) e dentro da organização há o turnover de uma diversidade que deveria ser retida, porque em 2021 uma empresa que não é diversa, não é competitiva.

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Tags: DesigualdadediversidadeEmpregosinclusãoMercado de trabalhoPreconceitoRacismo
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