Voluntariado é empatia posta em prática; solidariedade em sua forma mais essencial; alimento para a máquina que vai interromper o ciclo da pobreza
Ana Paula Leite Cordeiro é diretora de Gente & Gestão da Rede Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social que engloba mais de 700 favelas em todo o Brasil
Em 28 de agosto comemoramos o Dia do Voluntariado. O momento em que vivemos, marcado pela crise da pandemia e pelo aumento preocupante da pobreza e da desigualdade em nosso país, não poderia ser mais oportuno para celebrar a importância das pessoas que doam tempo e talento em prol do bem coletivo.
Trabalho voluntário é empatia posta em prática. É o que permite transformar em ação concreta aquele incômodo que todos sentimos quando confrontados com a pobreza das favelas e periferias brasileiras. O voluntário cultiva a solidariedade em sua forma mais essencial.
Um estudo da American Psychological Association, publicado em 2013, mostrou que o voluntariado se mostrou um instrumento eficaz para a vida, reduzindo em 47% o risco de mortalidade em adultos e idosos. Outro levantamento, da Universidade de Michigan, atesta que pessoas que realizam trabalho voluntário têm, em média, quatro anos a mais de vida que os que não praticam.
Somados os anos de 2019 e 2020, os voluntários da Gerando Falcões produziram um saldo de valor de mão de obra de mais de R$ 66 mil. Atualmente, há 323 pessoas no time de voluntariado da ONG, distribuídos em quatro grandes pilares de atuação.
Na mentoria, os participantes direcionam e orientam a carreira dos jovens formados pela Falcons University e das lideranças sociais que atuam na ponta, em contato direto com a população da favela. Temos voluntários também em áreas administrativas, responsáveis por desenvolver materiais, programas e atividades. O terceiro pilar é composto pelos voluntários alocados em cada unidade da Rede Gerando Falcões, dando suporte às atividades de esporte, cultura, educação, acompanhamento psicossocial e muito mais. São os profissionais que viabilizam, na prática, nossas ações sociais.
Por fim, contamos com uma Rede de Mobilização composta por voluntários que atuam ativamente, de forma online, na captação de recursos e de itens para nosso Bazar. Desde o ano passado, essa frente já arrecadou mais de R$ 170 mil em campanhas realizadas pela Gerando Falcões.
Trabalho voluntário é o combustível que alimenta nossa grande máquina para interromper o ciclo de pobreza. Deixo aqui nosso agradecimento a esses heróis de carne e osso que estão ajudando a transformar a pobreza das favelas em peça de museu. E para quem quer ser voluntário da Gerando Falcões é só acessar o nosso site.
O próximo texto será do Lemaestro, co-fundador da Rede Gerando Falcões e líder da Falcons University. Ele é mais um desses talentos que vêm transformando a vida de jovens periféricos, provando que não há investimento melhor do que a solidariedade
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