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Conteúdo sobre as periferias pelo olhar de quem vive nelas
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Por que o lugar da cultura é tão distante da Baixada Fluminense?

No Brasil, o poder público no Brasil não prioriza nem o acesso ao capital cultural nem a produção e a infraestrutura nos territórios

Emerson Caetano, PerifaConnection Por Emerson Caetano, PerifaConnection
7 de setembro de 2021
em Cultura e Lazer, Na Perifa
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"É vergonhoso que o percentual do orçamento público para a cultura nas duas maiores cidades da Baixada, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, não passe de 0,11%", escreve Emerson Caetano. Foto: Getty Images

"É vergonhoso que o percentual do orçamento público para a cultura nas duas maiores cidades da Baixada, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, não passe de 0,11%", escreve Emerson Caetano. Foto: Getty Images

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O baixo incentivo que o poder público dá para a cultura em regiões periféricas faz parte de um projeto que dificulta o desenvolvimento das comunidades onde vivem, principalmente, negros e a população é mais pobre

Desde criança percebi que muitas opções de cultura e de lazer ficavam longe da minha casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). Hoje entendo que essa situação é consequência do baixo incentivo que o poder público dá para esse setor em cidades periféricas. Tudo isso faz parte de um projeto que dificulta o desenvolvimento cultural e econômico das regiões onde vivem principalmente negros e a população é mais pobre.

Apesar da falta de interesse de quem governa, conheci na minha juventude organizações sociais e produtores culturais na Baixada que me incentivaram a questionar o modelo de cidade imposto para os moradores da região. Lembro que a minha primeira ocupação na defesa dos direitos humanos se deu por meio de eventos culturais promovidos por iniciativas locais. Os coletivos Dandaras da Baixada, Sarau V, Cineclube Buraco do Getúlio, Grupo Arco-íris e tantos outros contribuíram para a construção do meu capital cultural, profissional e crítico.

Mesmo com um importante trabalho prestado para sociedade, os agentes de cultura independentes enfrentam inúmeras burocracias que dificultam a execução de seus trabalhos. De acordo com o Mapa da Desigualdade de 2020, levantamento feito pela Casa Fluminense, apenas 0,1% do orçamento da minha cidade, Nova Iguaçu, é direcionado para a cultura.

É vergonhoso que o percentual do orçamento público para a cultura nas duas maiores cidades da Baixada, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, não passe de 0,11%

O capital cultural é uma das muitas riquezas negadas aos periféricos. É vergonhoso que o percentual do orçamento público nas duas maiores cidades da Baixada, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, não passe de 0,11%, conforme apontam os dados de 2018 do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro. Estamos falando de cidades com grande contingente populacional e pouquíssimas bibliotecas públicas, salas de cinema, teatros e museus.

São cidades de grande contingente populacional e pouquíssimas bibliotecas públicas, salas de cinema, teatros e museus

Ainda de acordo com o estudo da Casa Fluminense há apenas 19 museus nos 13 municípios da Baixada. Na cidade do Rio de Janeiro, o número é sete vezes maior. Essa desigualdade deixa evidente o apagamento da história e da memória dos territórios.

O sucateamento da cultura só beneficia empresas privadas de transporte e donos de comércio, que lucram com a falta de opções gratuitas de lazer e cultura nas periferias. Foto: Getty images
O sucateamento da cultura só beneficia empresas privadas de transporte e donos de comércio, que lucram com a falta de opções gratuitas de lazer e cultura nas periferias. Foto: Getty images

A falta de investimento em cultura contribui para a manutenção de uma velha política — aquela que atribui a regiões como a Baixada Fluminense o conceito de cidades-dormitório; os moradores só voltam para descansar, porque enfrentam grandes distâncias para trabalhar e estudar. O sucateamento da cultura só beneficia empresas privadas de transporte e donos de comércio, que lucram com a falta de opções gratuitas de lazer e cultura nas periferias. Essas, por sua vez, precisam de infraestrutura que incentive a prática de esporte, os brechós nas praças e os lugares seguros para permanência. E para que microempreendedores possam realizar feiras que movimentam a economia local.

Com a flexibilização da interação social, é preciso que os tomadores de decisão não voltem às mesmas práticas burocráticas que dificultam movimentações culturais autônomas.

Com um novo plano orçamentário que preserve a riqueza natural, permita aos cidadãos o acesso digno à cidade, potencialize o trabalho dos produtores culturais locais e promova mais espaços para o enriquecimento do capital cultural do povo periférico, teríamos avanços sociais significativos em toda região metropolitana do Rio de Janeiro.

Emerson Caetano é analista internacional e colaborador do PerifaConnection

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Tags: Cultura na periferiaPerifaConnection (RJ)
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Comments 1

  1. Maria Angélica says:
    4 anos ago

    Além de toda essa explicação dada, ainda se tem o problema maior que é quando se tem um edital de cultura ele é completamente burocrático e difícil de se fazer, se exige tantos documentos que fica quase inviável ao produtor da Baixada realizar o edital.
    E então ficamos a mercê de uma diversão que são bares , shoppings e mais nada, não há uma exposição de arte, um teatro , um cinema, uma feira. O resultado disso são
    bares e shoppings lotados e ruas vazias com pouca segurança.

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