Paciência, organização e dinheiro. É disso que você precisa, não necessariamente nessa ordem, para mudar um cômodo. Ou a casa inteira.
Mudar um ambiente ou a casa inteira é questão de atenção, dedicação, cuidado, criatividade, dinheiro e… paciência. Um dos primeiros passos é saber mais ou menos aonde você precisa/quer/pode chegar, escavando desejos e possibilidades, fazendo contas e, claro, juntando referências. Uma parede a menos, um espaço a mais. Uma estante aqui, um cimento queimado ali, uma luminária linda ao lado da poltrona de leitura.
Para inspirar, separamos soluções inteligentes e bonitas apresentadas por especialistas para leitores do Casa nos últimos meses. Aproveite. E se você tiver alguma dúvida de decoração, escreva para meuprojetonocasa@estadao.com.
SALA DE LEITURA: nesta saleta de marcenaria branca, que atribui leveza, as prateleiras invisíveis destacam os livros e os deixam sempre à mão. A poltrona tem uma arandela atrás e a estante em L suspensa deixa a janela livre e melhora a circulação. O projeto é de Flavia Campos. Fotos: Flavia Campos Arquitetura
SALA DE LEITURA: nesta saleta de marcenaria branca, que atribui leveza, as prateleiras invisíveis destacam os livros e os deixam sempre à mão. A poltrona tem uma arandela atrás e a estante em L suspensa deixa a janela livre e melhora a circulação. O projeto é de Flavia Campos. Fotos: Flavia Campos Arquitetura
BANHEIRO MEIO RETRÔ, MEIO CONTEMPORÂNEO: neste banheiro amplo e charmoso a composição é simples e tem um toque retrô e contemporâneo nas peças e nos detalhes: banheira, azulejos retangulares, cimento queimado, armário com portas de vidro que lembra os de farmácia antiga e puxadores delicados no gabinete. Foto: Carol Ribeiro
BANHEIRO PEQUENO: este banheiro tinha infiltração e foi 100% remodelado. No contrapiso rebaixado, o deque escoa água para ralos ocultos. O azulejo vai do piso à bancada e o box tem um nicho onde dá para embutir iluminação com LED. O projeto é de Bernard Leroux e Hugo Sigaud. Fotos: Bernard Leroux Arquitetos
BANHEIRO PEQUENO: este banheiro tinha infiltração e foi 100% remodelado. No contrapiso rebaixado, o deque escoa água para ralos ocultos. O azulejo vai do piso à bancada e o box tem um nicho onde dá para embutir iluminação com LED. O projeto é de Bernard Leroux e Hugo Sigaud. Fotos: Bernard Leroux Arquitetos
COZINHA PEQUENA: para dar amplitude, a parede do corredor foi removida. A mesa é virada para a área de preparo, onde não há circulação cruzada: a bancada se opõe à geladeira, que atende quem cozinha e quem está de passagem. No espelho, recados e receitas. Na estante, livros e vasinhos de temperos. O projeto é de Fabio Bouillet e Rodrigo Jorge. Fotos: Estúdio Artis/Divulgação
COZINHA PEQUENA: para dar amplitude, a parede do corredor foi removida. A mesa é virada para a área de preparo, onde não há circulação cruzada: a bancada se opõe à geladeira, que atende quem cozinha e quem está de passagem. No espelho, recados e receitas. Na estante, livros e vasinhos de temperos. O projeto é de Fabio Bouillet e Rodrigo Jorge. Fotos: Estúdio Artis/Divulgação
SALAS INTEGRADAS: a mesa de chapa de aço pintada tem fixação na parede com textura de cimento, que cria uma divisão de ambiente por função, e se funde com o rack da TV. O porcelanato imita cimento queimado no piso e dá um ar industrial e contemporâneo, enquanto a marcenaria na parede e o tapete aumentam a sensação de conforto. A mesa lateral é móvel de chegada, bar, cantinho do vinil e casinha do pet. Tudo ao mesmo tempo. O projeto é de Ana Yoshida. Fotos: Ana Yoshida
SALAS INTEGRADAS: mesa de chapa de aço pintada tem fixação na parede com textura de cimento, que cria uma divisão de ambiente por função, e se funde com o rack da TV. O porcelanato imita cimento queimado no piso e dá um ar industrial e contemporâneo, enquanto a marcenaria na parede e o tapete aumentam a sensação de conforto. A mesa lateral é móvel de chegada, bar, cantinho do vinil e casinha do pet. Tudo ao mesmo tempo. O projeto é de Ana Yoshida. Fotos: Ana Yoshida
QUARTO ‘BOHO’: a cabeceira estofada é revestida de chevron na cor telha, o mesmo da cortina. Sob a janela fica a sapateira com portas de correr de palhinha para a ventilação. No armário, molduras lisas de madeira pintadas com esmalte sintético azul. Nas paredes, porta e rodapés, o cinza é base neutra para quadros e gravuras. O lustre anos 1950 é original. Projeto: Leonardo Junqueira. Fotos: Estúdio Leonardo Junqueira
QUARTO ‘BOHO’: a cabeceira estofada é revestida de chevron na cor telha, o mesmo da cortina. Sob a janela fica a sapateira com portas de correr de palhinha para a ventilação. No armário, molduras lisas de madeira pintadas com esmalte sintético azul. Nas paredes, porta e rodapés, o cinza é base neutra para quadros e gravuras. O lustre anos 1950 é original. Projeto: Leonardo Junqueira. Fotos: Estúdio Leonardo Junqueira
O primeiro passo para construir, reformar ou decorar é saber como a casa funciona. Você é casado? Tem filhos? Animais de estimação? Estuda e trabalha? Passa a maior parte do tempo em casa ou fora? Recebe com frequência? É comum receber para dormir?
Conheça seu estilo
Houve um tempo em que se seguia um estilo único. Todas as casas pareciam iguais. Hoje, o que se aplica é criatividade, liberdade (e bom senso). Estilos contemporâneo e clássico caem bem juntos. Rústico e vintage, talvez não. O importante é equilibrar.
Pesquise acabamentos
Escolher pisos, revestimentos, cores, acabamentos de hidráulica e elétrica dá trabalho, mas é muito importante. Comece pesquisando online nas grandes lojas e faça simulações em app de tinta. Ou você investe tempo nisso ou acaba seguindo pelo básico e neutro.
Pense na iluminação
Não deixe para pensar nisso na última hora – para alterar ou acrescentar pontos de luz, por exemplo, é preciso quebrar as paredes. Um bom projeto de luz transforma um ambiente, acolhe, define. Invista atenção e recursos nessa etapa.
Tire medidas
Antes de pensar em mobiliário planejado ou pronto, meça os ambientes, o pé direito (do chão ao teto) e a largura e a altura das portas e das janelas. Por 1,5 cm, um sofá pode não caber. Não se esqueça do espaço para circulação e para afastar cadeiras.
Reutilize
Reutilizar móveis e objetos de decoração, além de gerar economia, atribui personalidade. Uma lixa e algumas demãos de tinta são suficientes para dar outra cara a uma peça.
Não exagere nas compras
Respire fundo e faça uma análise criteriosa do que é preciso comprar para começar. Conjunto básico de decoração: sofá, mesa de jantar e cama. Outras peças podem vir aos poucos, quando você estiver vivendo na casa e percebendo o que quer e precisa, sem afobação. Em geral, isso também ajuda a gastar menos.
Nem tudo precisa “combinar”
Um criado mudo diferente do outro, cadeiras de padrões distintos. Você pode e deve misturar elementos, desde que eles tenham um ponto de harmonia, como estilo, cor, textura ou acabamento. O resultado é original, tem identidade e não aquela cara de apê de estande de construtora.
Capriche nos detalhes
De que adianta um quarto maravilhoso com uma colcha velha e manchada? Ou um banheiro lindo com toalhas desfiadas?
Organize (do seu jeito)
Sem paranoia, guardar os objetos no lugar e usar armários e gavetas de um jeito funcional deixa o ambiente livre de interferências visuais e acúmulos desnecessários.
