Passatempo tende a se transformar em superapp. Sabe o que é isso? Conheça o conceito que é tendência da tecnologia nos anos 2020
Após passar por Orkut, Facebook, Instagram, Snapchat, Twitter e WhatsApp, os anos 2010 terminam com a ascensão do aplicativo chinês TikTok. É um indício de que a próxima década deve nos reservar: a expansão de conteúdos em novos formatos de mídia.
O QUE JÁ SABEMOS
- Um caminho para o futuro das redes sociais é o uso de tecnologias de realidade virtual e aumentada, que leva interação e participação dos usuários a outro patamar
- A rede social será menos um ambiente de consumo de conteúdo e mais de pessoas inseridas dentro de contextos: estaremos dentro dos conteúdos
- Esta é uma das apostas do Facebook para a evolução das plataformas digitais
- Entraves: gargalos de processamento e conexão e predominância do celular como porta de entrada para a internet, porque a tela do smartphone restringe aplicações
- A implementação de novos dispositivos, como óculos inteligentes, exigiria a aceitação de um novo objeto e a popularização do produto
- Outra tendência é que as redes sociais tenham canais cada vez mais recursos de privacidade, na esteira da lista de melhores amigos dos Stories do Instagram
- As grandes plataformas devem facilitar a criação de grupos mais restritos e espaços de comunidade
- Após se consolidarem como canais de comunicação, reunindo em um só lugar familiares, amigos e até trabalho, o próximo passo é virar superapp, que é uma plataforma com ampla oferta de serviços
VOCÊ SABE O QUE É UM SUPERAPP? Um único aplicativo, com diversos serviços à disposição do consumidor: esse é o conceito de super app, uma das principais tendências tecnológicas dos últimos anos no mercado brasileiro. Apesar de diversas empresas – iFood, Rappi, Inter, Uber e até o Facebook – estarem de olho no conceito, ele ainda é pouco familiar para a maioria dos brasileiros. Em pesquisa feita pelo Google em 2019,20% dos usuários baixariam uma plataforma desse tipo imediatamente, enquanto outros 25% demonstraram o desejo de fazê-lo, movidos por fatores como pouco espaço em seus celulares. Entre as ferramentas mais procuradas pelos usuários em um aplicativo deste tipo, diz o estudo, estão troca de mensagens (44,8%), seguida de serviços de compras (30,3%) e delivery (29,2%).
- Popular na China, o modelo de superapp deve ter uma virada de chave no Ocidente a partir da inserção de ferramentas financeiras
- A vida financeira não estava nas redes sociais nessa última década. A tendência será consolidar todas as relações naquele ambiente”
- Conclusão: quem se incomoda com redes sociais não terá muito como fugir delas.
Com reportagem de Giovanna Woolf, O Estado de S. Paulo. Fontes: Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio); Alexandre Inagaki, consultor em redes sociais