João Gilberto morreu. A voz e o violão mais importantes da música brasileira, criador da bossa nova, fundador do pensamento musical moderno no País e inspirador de uma geração que só iria tocar algum instrumento e se encorajar a cantar com a voz que tinha (e não com a voz dos cantores do rádio), porque o ouviu sussurrando Chega de Saudade em 1959. João se foi no sábado, dia 6 de julho, aos 88 anos.
O artista tinha problemas de saúde, mas seu orgulho em dizer aos mais próximos, como Caetano, que jamais havia pisado em um hospital o impedia de fazer os exames que devia fazer. Deixou três filhos e um sem número de afilhados artistas, a exemplo de Gal Costa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Edu Lobo, Roberto Carlos e Francis Hime. “Em pouquíssimo tempo, [João] influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores”, escreveu Tom Jobim na contracapa de um disco de 1959. Sessenta anos depois, não chegamos ainda ao tempo em que João Gilberto viveu. (Julio Maria)
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