A maior mostra sobre Tarsila do Amaral já feita no Brasil termina no domingo, dia 28, e terá horário ampliado até a meia-noite nos dois dias do fim de semana (sendo que no dia 28, a partir das 19h, a entrada será gratuita). A visita começa com A Negra (1923), segue por uma série de retratos e autorretratos, depois um setor de nus e outro de viagens até che – gar a manifestações religiosas. Entre as atrações, destacam-se as icônicas Abaporu (1928), Antropofagia (1929) e O Batizado de Macunaíma (1956). A exposição marca o retorno da obra da artista a São Paulo, depois de percorrer, entre 2017 e 2018, museus em Nova York e Chicago.
Tarsila Popular. Masp. Av. Paulista, 1.578. tel. 3149-5959. 4ª, 5ª e dom., 10h às 19h, 6ª, 10h às 21h, sáb., 10h à meia-noite; R$ 40. Até 28/7 (dom. grátis das 19h à meia-noite
- Sucesso de público com mais de 350 mil visitantes e recorde histórico de visitação em um único dia, esta é a maior mostra sobre Tarsila do Amaral já feita no Brasil
- De acordo com o curador da exposição, Fernando Oliva, a exposição não é cronológica. “Não acho nem que seja dividida em núcleos. São aproximações para que possam ser feitas novas análises, fricções diferentes, sobre o trabalho.”
- O Masp convidou uma série de historiadores e pensadores contemporâneos para analisar a obra da pintora modernista. São cerca de 40 textos, que, além de integrar o catálogo da exposição Tarsila Popular, estão nas paredes, auxiliando os visitantes a entender as novas reflexões sobre Tarsila.
- A expografia de Tarsila Popular deixa o público seguir seu caminho livremente, mas alguns agrupamentos foram feitos em pequenas salas dentro do grande espaço expositivo (retratos e autorretratos, nus, viagens, manifestações religiosas, pinturas do povo brasileiro).
- O setor final talvez seja o mais aguardado para os visitantes. É ali que estão Abaporu, emprestado pelo Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA), e Antropofagia. Entre elas, o grandioso quadro Batizado de Macunaíma (1956).
Muitas obras de Tarsila, como o próprio Abaporu, estão fora do Brasil. Por isso, a exposição é também uma oportunidade rara de ver alguns quadros no País, como Pescador (1925), que foi vendido pela artista diretamente na Rússia, onde hoje é exposto em São Petersburgo, no Museu Hermitage. É a primeira vez que a pintura é exibida no Brasil. Para a sobrinha-neta de Tarsila, Tarsilinha do Amaral, que cuida do espólio da artista, o momento é importante. “Ela queria ser a pintora do Brasil. Essas novas exposições são importantes para levar o nome dela ainda mais longe.” Segundo ela, além de mais mostras no exterior, há também a ideia de realizar uma cinebiografia sobre Tarsila, ainda em estágio inicial.