Vai de loja física ou online? Uma tendência promete derrubar as barreiras entre as duas experiências: você compra no site e retira na loja ou experimenta na loja e encomenda pelo site
Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, a Black Friday surgiu no Brasil como um evento online e só agora começa a se firmar no varejo tradicional, quando empresas de peso investem na data. Pesquisa do Google com o consumidor brasileiro diz que a intenção de compra só pela internet caiu de 52% em 2018 para 38% em 2019. Muita gente acha a loja física mais atraente por causa da sensação de segurança e da pronta entrega. Por outro lado, uma das vantagens de comprar online em sites confiáveis é conveniência. Não precisa sair de casa.
Só que uma tendência promete derrubar as barreiras entre as duas experiências: é o omnichannel ou a possibilidade de fazer uma aquisição combinada entre os dois canais. Explicamos a seguir.
O PREÇO, A PRESSA E OS CUIDADOS
• Muitas vezes o varejo vende o produto mais barato na plataforma virtual, mas o consumidor precisa ficar de olho no frete: a conveniência de não ter de sair de casa pode ser abafada se o custo da entrega deixar o produto mais caro.
• Na loja física, a avaliação do objeto de compra é imediata e, de novo, há a vantagem da pronta entrega.
• A negociação presencial é facilitada no cara a cara com o vendedor. Uma dica é consultar o valor na internet e ir até a loja batalhar pelo menor preço.
• Uma das tendências deste ano é a popularização do chamado omnichannel. Nesse processo, o consumidor compra online e retira na loja ou visita a loja, testa o produto e compra online – o que for mais conveniente. Facilidades assim melhoram a experiência e diminuem a chance de desistência ou cancelamento.
• As empresas são obrigadas a fazer a equivalência de preços caso um produto esteja mais barato no site. Se elas não fize – rem isso, é propaganda ilegal e vale multa.
• Preste atenção nos prazos de entrega, investigue a reputação das lojas e denuncie quem não cumpre o combinado.
• Seja qual for a modalidade escolhida, a recomendação mais importante é não fazer dívidas em compras por impulso. Só o desconto não justifica o gasto. Antes de fechar negócio, pergunte a si mesmo: “Eu preciso?”; “Eu posso?”.
ESPECIAL
SEGUNDO LUGAR NO BRASIL
A Black Friday no Brasil já é uma das grandes datas de compra online – só fica atrás das festas de fim de ano. Em 2019, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico e o levantamento Ebit/ Nielsen apostam em aumento de 18% no faturamento em relação a 2018, quando chegou a R$ 3,9 bilhões só em transações virtuais.
ENORME SUCESSO EM SÃO PAULO
O faturamento do comércio varejista de São Paulo deve atingir R$ 68 bilhões em novembro, um avanço de 7,4% na comparação com os R$ 63,3 bilhões do mesmo mês de 2018. Os dados são da Fecomercio.
Com reportagem de Sandy Oliveira e Felipe Laurence para o Estado
Fontes: Marcela Kawauti, do SPC Brasil; Albert Deweik, da NeoAssist; Roberto Madruga, da ConQuist Consultoria; Fernando Capez, do Procon-SP