Como voltar para a escola? A ideia é que todo mundo pense junto. Psicóloga e colunista do Estadão, Rosely Sayão defende a união de esforços entre instituições, governos e famílias. Para sempre
Em coluna publicada no site do Estadão, a psicóloga Rosely Sayão fala dos desafios e das preocupações concretas de famílias e escolas quando o assunto é volta às aulas em temos de covid-19: ainda não há vacina e a insegurança sobre infraestrutura e protocolos para receber os estudantes é muito grande. Rosely também lembra que muitas famílias são favoráveis ao retorno tão logo seja possível e que seus argumentos também são importantes, porque faz falta o relacionamento com colegas e professores, a socialização e o aprendizado estão afetados e a rotina está confusa.
QUANDO VAI SER?
“Temos, aqui, uma boa oportunidade para inaugurar uma nova relação entre a escola e a comunidade que a frequenta”, escreve Rosely. Todos têm um objetivo em comum, que é o retorno eficiente no ensino/aprendizagem e com a maior segurança possível. “Que tal provocar a escola que seu filho frequenta – ou as famílias de seus alunos – com esse desafio?”
A primeira recomendação é formar uma comissão gestora com a participação de todos os envolvidos: representantes de pais, de docentes, da direção da escola, dos trabalhadores da instituição escolar, dos alunos. Temas para debater e solucionar não faltam. Rosely Sayão relaciona os principais pontos de atenção.
APRENDIZAGEM
- Este ano letivo não poderá ser considerado como os outros anos, por isso processos já estabelecidos precisarão ser revistos.
- Quais critérios serão usados para as avaliações?
- Seria justo avaliar a aprendizagem de alunos igualmente já que muitos não conseguiram se adaptar ao ensino remoto?
- Como identificar questões emocionais decorrentes da pandemia e do período de isolamento?
- Isso interfere na aprendizagem?
- Como trabalhar, na escola, essas situações?
- Quais metodologias e práticas de ensino inovadoras podem contribuir para uma retomada exitosa dos estudos por parte dos alunos e como avaliar o sucesso do uso delas na aprendizagem?
QUESTÕES SANITÁRIAS
- Quais locais da escola os alunos poderão usar, quais deverão evitar e quais não terão acesso de modo nenhum?
- Como serão administrados os períodos mais críticos, como horário de entrada, parque, intervalo ou recreio e saída?
- Como garantir o distanciamento físico necessário exigido entre os alunos?
- Como tratar atitudes rebeldes ao uso da máscara?
- Como e quando a higiene das mãos deverá ser incentivada e/ou exigida?
- Que atitudes tomar quando um aluno chega à escola adoentado – não importa que tipo de doença?
COOPERAÇÃO
- Os grupos de mães em aplicativos de mensagens podem ganhar objetivos mais nobres do que o atuais? Quais e como?
- Como administrar e resolver os conflitos que irão surgir?
- Como chegar a consensos em assuntos importantes para todos?
- Como debater sem ânimos exaltados?
- Como estabelecer comunicação não violenta?
- Há mães e/ou pais que poderiam colaborar com uma hora ou mais na semana para que todos os assuntos decididos sejam praticados?
Leia aqui todos os textos de Rosely Sayão para o site do Estadão.