A escolha do MBA não requer apenas a pesquisa minuciosa das alternativas, e sim autoconhecimento para entender se é o momento certo de fazer o curso executivo e então planejar a empreitada.
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1. DIAGNÓSTICO
O primeiro passo é a autoavaliação da trajetória profissional e dos objetivos pessoais, identificando características, pontos a desenvolver e metas. Mais do que um planejamento para a carreira, faz-se necessário ter um “propósito de vida”.
Há três situações em que o MBA é mais indicado: quando a pessoa é promovida para uma função de liderança e já tem a responsabilidade de coordenar uma equipe; quando está prestes a assumir um cargo de gerência pela primeira vez e quando o profissional de perfil técnico abre seu próprio negócio – ele vai precisar de técnicas de gestão para coordenar os funcionários e garantir o crescimento da empresa.
2. ORIENTAÇÃO
É importante conversar com gente experiente do mercado, chefes e ex-chefes e colegas de trabalho. Isso e as trocas com pares, pessoas da equipe que respondem ao profissional e com o líder costumam trazer clareza sobre o modo como se é visto e percebido.
As ferramentas de análise de competências e os processos de mentoria e de coaching também ajudam. Na mentoria, a interação ocorre com alguém mais experiente, no mesmo ramo que o aluno escolheu. O coaching tem potencial para definir objetivos, desenvolver habilidades e fazer escolhas na carreira e na vida.
3. PLANEJAMENTO
Um plano de ação eficaz envolve boas estratégias para o uso do tempo e do orçamento. Será necessário escolher, por exemplo, entre guardar dinheiro para pagar à vista – o que pode atrair descontos e reduzir o valor do investimento – e pagar aos poucos, durante o curso. Vale lembrar que muitas instituições oferecem bolsas e outras formas de crédito.
Também é necessário analisar as finanças pessoais e prever custos de investimento – parcelas, taxa de matrícula, livros, transporte. O planejamento ajuda até quem está desempregado a arcar com os custos.
4. COMO ESCOLHER A INSTITUIÇÃO
A escolha da instituição pode surgir antes de o aluno definir exatamente o curso, porque detalhes como infraestrutura, reputação, reconhecimento, métodos de ensino e boas notas entre os critérios de excelência do Ministério da Educação fazem diferença e podem definir contratações. Use critérios de qualidade tanto para cursos presenciais quanto para os de ensino a distância.
Procure saber quais instituições de ensino existem na sua localidade e como elas têm sido vistas pelo mercado, se oferecem embasamento e profundidade sobre os temas.
5. COMO ESCOLHER O CURSO
Analise formação de professores, possibilidades de networking e como se dão o processo seletivo e, se houver, as experiências no exterior – além de entender a modalidade do curso, seu reconhecimento por meio de selos de qualidade (acreditações) e sua presença em rankings.
As mudanças no mercado de trabalho são velozes, e as possibilidades de MBA vão desde os mais clássicos àqueles que focam em novas ferramentas e habilidades específicas. É preciso se perguntar sobre o futuro: o que você sabe sobre o mundo novo, o que vem por aí?
6. ESTUDO, TRABALHO E VIDA SOCIAL
Administrar uma rotina que inclua estudos – todos os dias da semana, algumas noites, todos os sábados durante meses –, trabalho e família não é uma tarefa trivial e requer força de vontade, dedicação, planejamento, organização, foco e disciplina. Avalie a própria satisfação com cada área da vida. Em vez de eleger prioridades e tentar separar trabalho e vida pessoal, dedique atenção a todos os aspectos e evite excessos.
Na busca por equilíbrio, o apoio na família e no ambiente de trabalho é fundamental. A meta é concluir o curso. A situação é passageira.
7. ACABOU O CURSO. E AGORA?
O principal aprendizado do MBA ocorre na aplicação prática dos conceitos, então a evolução continua mesmo depois de formado e os resultados surgem no médio e no longo prazo. Em geral, é preciso ter paciência até perceber diferenças substanciais no dia a dia no trabalho, como novas atribuições ou aumento de salário.
Os efeitos positivos de um MBA começam a aparecer, em média, quatro anos depois da matrícula. Se o aluno almeja obter resultados mais rápidos, o curso mais apropriado provavelmente não é um MBA, e sim uma especialização ou curso livre focado em habilidades técnicas.