Na reta final, qual o melhor caminho? Os meses que antecedem o vestibular são marcados por angústia e, principalmente, dúvidas. As interrogações na cabeça do vestibulando giram desde a preparação para os exames em si até o futuro propriamente dito. Não é fácil imaginar que uma decisão entre o fim da adolescência e o início da fase adulta vai ter de durar para sempre. Apesar de o estudante saber que terá outras chances, não é assim que ele pensa no primeiro vestibular para valer da sua vida estudantil.
Do ponto de vista pragmático, de acordo com Antunes Rafael, coordenador pedagógico da Oficina do Estudante, o plano, faltando poucas semanas para o início dos vestibulares mais importantes do País, não deve ser outro.
É preciso focar em uma espécie de polimento final.
Nesta reta final, é melhor mergulhar nas áreas que o aluno domina mais? Aprender conteúdos novos? Ou apenas relaxar e ler aquilo que dá mais prazer?
Quando faltam poucos meses para o vestibular, o aluno precisa intensificar o treinamento. O que tinha para ele aprender já foi aprendido. Não adianta avançar mais nisso. Quando falo sobre treinamento é principalmente
treinar as provas. Refazer os vestibulares anteriores que o aluno mais almeja. Se quer USP, por exemplo, precisa
treinar e estudar como é o vestibular da Fuvest. Ele precisa identificar quais as potencialidades que ainda pode desenvolver diante das características dos exames que treinou. Costumo usar a metáfora do atletismo.
Está perto da linha de chegada, então, precisa ser feito como havia sido feito no treino. Só treinar em teoria, ou apenas lendo as provas, não dá. O importante é fazer as provas mais recentes de cada vestibular.
É muito importante evitar o sentimento de derrota. O negativismo. Pensar que será muito difícil e que não terá chance nenhuma naquele concurso é ruim do ponto de vista psicológico. Pelo contrário, todo mundo começa em condições semelhantes. Não tem jogo perdido antes da hora.
Fora da questão técnica, do conhecimento dos conteúdos exigidos nas provas, sempre existe uma grande
preocupação com a questão emocional dos estudantes nesta fase da vida. Existe uma receita única para ser aplicada neste campo?
A questão mental varia bastante de aluno para aluno. Mas é importante cada um ter um conhecimento adequado daquilo que mais o ajuda a extravasar o estresse criado pelos estudos e a proximidade das provas. É
preciso ter uma boa válvula de escape. Há pessoas que preferem praticar esportes. Outras buscam técnicas de meditação e relaxamento. Tudo é importante, desde que realmente ajude a aliviar a tensão acumulada
ao longo do ano.
Do ponto de vista mental, qual é a postura que o aluno deve ter antes de fazer uma prova que ele julgue bastante importante?
É muito importante evitar o sentimento de derrota. O negativismo. Pensar que será muito difícil e que não terá chance nenhuma naquele concurso é ruim do ponto de vista psicológico. Pelo contrário, todo mundo começa em condições semelhantes. Não tem jogo perdido antes da hora. Aquele sentimento de jogar a toalha deve ser substituído pelo da motivação. Por isso, analisar bem o exame que vai ser feito pode ajudar na hora de se superar.
GUIA VESTIBULAR
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