Além de incomodar, a dor nas costas pode afastar motoristas do trabalho. Veja dicas para prevenir (e remediar)
A dor nas costas é a principal causa de afastamento do trabalho pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “São mais afetados os que exercem atividade que exige levantamento e carregamento de peso e flexão do tronco, e quem fica em pé ou sentado durante muito tempo”, diz a médica Rosylane Rocha, presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.
O tratamento precisa começar nos primeiros sintomas e o paciente não deve tomar medicamentos sem consultar um especialista, avisa Rosylane. Ao primeiro sinal de dor, é importante parar com as atividades físicas e procurar um médico para fazer o diagnóstico, pedir exames e orientar a prática de exercícios.
A partir dos 30 anos, é até esperado que lesões degenerativas ocorram, a depender também de predisposição individual, sedentarismo, obesidade, sobrecarga biomecânica e traumatismos, mas a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor afirma que a lombalgia ocupacional (contraída no trabalho) é causada principalmente pelo uso excessivo de computadores, o excesso de peso carregado e as longas jornadas. (Mário Rossit)
PARA EVITAR (E ALIVIAR) A DOR
• Tire um tempo para descansar: deite-se no chão ou em um colchão mais duro por 10 minutos, com as pernas sobre uma cadeira.
• Para dormir, use um travesseiro para apoiar o pescoço e outro entre as pernas.
• Se tiver dor, use uma bolsa de água quente para relaxar o músculo. Faça isso por no mínimo 20 minutos.
• No banho, use a pressão da água quente sobre a região dolorida.
• Prefira cadeiras que permitam apoiar as plantas dos pés no chão. Evite cruzar as pernas.
• Tente levantar-se de hora em hora, no mínimo, e movimente os quadris.
• Massagem feita por especialista é ótima para relaxar os músculos.
• Use uma bola de pilates para fazer alongamento: deitado sobre ela, solte a cabeça e os braços para trás, esticando a coluna.
NA HORA DE DIRIGIR
O BANCO: a inclinação deve ser pequena (em torno dos cem graus). O assento muito reto causa desconforto depois de um tempo ao volante. A coluna precisa estar totalmente apoiada no encosto e a altura do banco deve permitir que os pés alcancem os pedais sem esforço.
ESPELHOS: a posição correta dos retrovisores interfere positivamente na postura. O motorista precisa enxergar direito sem ter de se inclinar ou girar o tronco e a cabeça.
DIREÇÃO: ao volante, para evitar dores nos ombros e no pescoço, os braços não podem ficar esticados, e sim ligeiramente dobrados. Para isso, a direção tem de estar a uma distância confortável das pernas (nem muito longe nem muito perto).
PÉ NO CHÃO: as pernas controlam os pedais e são muito exigidas. O ideal é que os joelhos também fiquem ligeiramente dobrados. Pelo esforço, dores podem aparecer ao longo do dia tanto nos membros inferiores quanto na lombar. Para aliviar a tensão, o ideal é apoiar os pés no chão do veículo sempre que possível.
CABEÇA NO LUGAR: para não sobrecarregar a coluna cervical e os ombros, o peso da cabeça precisa ser distribuído entre o pescoço e o encosto. Um bom ajuste evita um movimento chamado chicote, quando a cabeça é projetada bruscamente para frente e para trás, caso haja freada mais forte ou até uma colisão.
FONTE: DETRAN-SP