Quando os carros tinham bancos de sofá e a alavanca de câmbio no assoalho era coisa de carro esportivo, os conceitos de conforto, conveniência e segurança permitiam certas extravagâncias. Mas a tecnologia deixava a desejar
HISTÓRIA
Quando os carros tinham bancos de sofá e a alavanca de câmbio no assoalho
CÂMBIO NA DIREÇÃO
O recurso até tem sido retomado em modelos modernos, mas era comum que a transmissão fosse manual. Isso pedia constantes movimentações em direção ao painel. O esforço era amenizado porque havia poucas marchas do câmbio – três e longas, que tentavam aproveitar o torque dos motores de capacidade volumétrica razoavelmente grande da época. PROPULSORES Eram bem menos eficientes. Os primeiros Chevrolet Opala, por exemplo, tinham motores de 2,5 litros com apenas 80 cv. O torque era de 18 mkgf, só que seria exagero dizer que era um carro rápido.
SEGURANÇA
A configuração prezava pela beleza, mas a segurança de pedestres era bem comprometida. Partes metálicas poderiam ferir gravemente em caso de atropelamentos e as chapas rígidas e grossas não ajudavam a amortecer impacto. Batidas, aliás, eram um perigo e não raro os ocupantes sofriam mais do que a lataria.
VISUAL
Por fora, o jeitão clássico dos anos 1960 incluía itens como para-choques cromados de metal, faróis com lentes de vidro e muitos frisos, também cromados. Eram comuns capôs longos e frentes altas, imponentes.
LUXO ATUAL
Nas décadas de 1950 e 1960, os norte-americanos já tinham ar- -condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos e até bancos aquecidos. Um curiosos os sistemas de travas automáticas a vácuo. Em vez de um motor elétrico, um pequeno gerador de vácuo literalmente “puxava” a trava e a fechava ao comando do motorista.
NO BRASIL
Vivemos a era dos quebra-ventos bem antes do ar-condicionado começar a se popularizar. Era possível abrir apenas uma pequena seção dos vidros dianteiros para que o ar entrasse na cabine. Há quem defenda a volta deles até hoje. (Jornal do Carro)
PASSEIO DE TREM
Expresso turístico
Criado em 2009, o Expresso Turístico integra cidades com potencial de atrair turistas ao longo na malha férrea. Os três trajetos (Jundiaí, Paranapiacaba e Mogi das Cruzes) são feitos em uma composição formada por dois carros de aço inoxidável fabricados no Brasil na década de 1960. Os vagões, puxados por uma locomotiva a diesel da CPTM, foram cedidos pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária e restaurados pela companhia. Em setembro de 2019, o número de viagens para Paranapiacaba será ampliado. Além dos passeios todos os domingos, o serviço funcionará em alguns sábados. Serão três viagens a mais por mês (datas: bit.ly/expressoCPTM). A passagem custa até R$ 50 (ida e volta). Os descontos podem chegar a 25% (quatro bilhetes). A procura é alta e é recomendado comprar com dois meses de antecedência. (Mário Rossit)
Expresso Turístico
Estação da Luz, na Praça da Luz, 1, Centro. Sáb. e dom. na bilheteria da estação, a partir das 7h. Bilhete de ida e volta: R$ 44 (embarque na estação Celso Daniel – Santo André)/R$ 50. Inf: bit.ly/expressoCPTM
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