Existem brechas para que programadores “leiam” as mensagens das pessoas no maior serviço de email do mundo. E pesquisadores acreditam que o celular repassa imagens e não áudios de seus usuários. Entenda.
NO GMAIL
O Google ainda permite que os desenvolvedores de software de dentro e fora da empresa leiam os e-mails de milhões de usuários do Gmail, disse uma reportagem do jornal The Wall Street Journal. A notícia surge um ano depois que o Google confirmou que impediria que os sistemas lessem e analisassem a caixa de entrada dos serviços de e-mail. Veja o que diz a reportagem.
1) O Google tem políticas frouxas de monitoramento dos desenvolvedores que treinam seus sistemas lendo e-mails de usuários.
2) Com isso, os desenvolvedores têm acesso a dados como histórico de compras, itinerários
de viagens, registros financeiros e comunicações pessoais.
3) As informações são coletadas principalmente quando usuários se inscrevem em aplicativos gratuitos usando um e-mail do Gmail.
4) O Google justifica que só fornece dados para desenvolvedores externos, poucos e examinados, e para quem recebeu permissão dos usuários para acessar e-mails.
5) A empresa disse ainda que os próprios funcionários do Google só leem e-mails “em casos muito específicos” em que usuários dão consentimento ou para investigação de falhas no sistema ou de
casos de abuso.
NO CELULAR
Você falou sobre determinado assunto com um amigo pessoalmente, e depois viu um anúncio no Facebook sobre o mesmo tema da conversa. Relatos como esse nos levam à teoria da conspiração de que os celulares nos escutam. De acordo com uma reportagem publicada pelo site Gizmodo, pesquisadores da Universidade de Northeastern, em Boston, nos Estados Unidos, concluíram que não, os celulares não nos escutam. Mas a pesquisa não alivia o medo do Big Brother: os cientistas encontraram subsídios para alimentar uma nova teoria. A de que os celulares podem nos ver. Entenda o caso.
- os testes foram feitos no Android
- plataformas do Facebook e outros aplicativos foram testados
- usando um programa para interagir com os aparelhos, os cientistas perceberam que arquivos de áudio não saíram dos celulares, mas imagens sim
- o estudo descobriu que os aplicativos gravam vídeos e capturam telas
1) Um grupo de pesquisadores de ciência da computação fez testes em mais de 17 mil aplicativos
do Android, o sistema operacional mais utilizado nos smartphones em todo o mundo. Entre
esses aplicativos, estavam algumas plataformas que pertencem ao Facebook e outros aplicativos
que podem enviar informações para a rede social.
2) Os pesquisadores usaram um programa para interagir com os aplicativos nos aparelhos. Com
essa ferramenta, eles analisaram os fluxos dentro das plataformas e puderam afirmar que nenhum
arquivo de áudio foi enviado para terceiros. Entretanto, os pesquisadores deixaram claro que o estudo tem limitações e não pode dar uma certeza absoluta, já que as análises foram feitas por um
sistema automatizado.
3) O estudo descobriu que vários aplicativos gravaram vídeos e capturaram telas, ou seja, estavam vendo o que as pessoas faziam nos celulares. De acordo com o Gizmodo, essas imagens das telas foram enviadas para terceiros.
4) Um dos aplicativos em que os pesquisadores encontraram essa atividade foi o serviço de delivery GoPuff. Em aplicativos de entrega, os usuários costumam colocam dados de cartões de crédito e endereços residenciais, o que deixa a história toda mais grave.
5) Os termos de uso do GoPuff não avisavam os usuários sobre as capturas de tela, mas, depois que os pesquisadores entraram em contato com a empresa informando sobre o resultado do estudo, o GoPuff atualizou a sua política de privacidade, dizendo que “informações pessoais identificáveis”
poderiam ser coletadas.
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