Patrono da educação brasileira e referência no Brasil e no mundo, o pensador pernambucano Paulo Freire (1921-1997) é o tema deste episódio do ‘Expresso na Perifa’
Em entrevista à jornalista Bruna Rocha, o professor Raimundo Justino fala do legado do educador que pautava seu trabalho na justiça social e no desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos.
Professor da rede municipal na capital paulista e mestre em Estudos Culturais pela Universidade de São Paulo, Justino comenta a importância do “esperançar” para que a população pobre se engaje em um futuro possível.
A conversa trata, ainda, dos ataques recentes dirigidos a Freire em entrevistas e nas redes sociais por parte do atual presidente da República e de seus apoiadores. Quem ataca Paulo Freire e o que ele representa, na avaliação de Raimundo, não lê. “Se lê, não entende ou, se entende, costuma se beneficiar da desigualdade social e da violência históricas no Brasil.”
Ouça o programa e siga as dicas para conhecer mais sobre a figura do educador e entender sua contribuição para a sociedade.
- O educador: um perfil de Paulo Freire; biografia escrita por Sergio Haddad (Ed. Todavia)
- Pedagogia do Oprimido, o livro mais falado de Paulo Freire (Ed. Paz & Terra)
- Instituto Paulo Freire
- Centenário de Paulo Freire
Pauta e direção: Lucas Veloso Apresentação: Bruna Rocha Narração de vinhetas: Viviane Zandonadi
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Primeiramente, não sou bolsonarista ou lulista. O que Freire deixou, na prática, é muito mais uma crítica social edeologizada para a educação. A prática de seus métodos se assemelha, em muito aspectos, ao construtivismo, a Piaget. Essas abordagens utilizadas no ensino de primeiro grau, principalmente, falham enormemente no desenvolvimento do raciocínio crítico e na capacidade de abstração, notadamente nas disciplinas das áreas de exatas. Podemos entender esta queda pela prevalência das humanidades à luz de Max Weber, se preferir. Mas o fato é que os alunos expostos a esses métodos chegam ao ensino superior com deficiências extraordinárias, incapazes de abstrair conceitos matemáticos, pouca visão espacial, sem senso crítico equilibrado, com incapacidade de sintetizar temas complexos, etc. Vejam que o tal construtivismo (assemelhado à abordagem de Freire, como ja foi comentado) não é utilizado mais na França, Estados Unidos, Coreia, Japão, Inglaterra, Alemanha, etc., países com alto índices de qualidade em educação. . Por que, se Freire tem uma proposta tão importante, ela não é utilizada por países como estes já citados? Mas, não se pode falar mal de Freire, parece crime. Pedagogos aceitam sem discutir e o “endeusam”. Por que não é aceito que o “conteudismo” (modernizado, logimanente) é provadamente melhor, em pesquisas realizadas por universidades respeitadas no mundo. Interessante notar também que pedagogia, em todo mundo, é uma especialização, e não um curso superior. Visto isso, era de se esperar que os nossos pedagogos fossem melhor preparados e mais imparciais e cientificos na adoção de uma ou outra linha. Mas parece que é uma imposição que vem dos professores fundamentalistas. Devemos respeitar Freire? a resposta é: sim, devemos respeitá-lo. Mas também devemos questionar seu pesamento. O questionamento e o confronto de ideiasé a base da intelectualidade, mas os “freiristas” são dogmáticos, então, isto não é educação, e sim, doutrinação. Triste, mas dessa forma, nunca chegaremos a níveis de educação razoáveis.
Obviamente não leste o autor que critica, uma vez que o mesmo propõe o diálogo como base do discurso pedagógico. Onde está o dogmatismo nesta proposta?
O dogmatismo citado é o dos freiristas e não o do Freire. Você é que não leu direito o que o Ferraresi escreveu. O dogmatismo é este: ninguém pode discordar do Freire. Quem discorda é acusado de não ter lido ou se leu não entendeu. A impossibilidade de discordância é o dogmatismo. A propósito a educação brasileira nos levou a algum prêmio Nobel?
Ferraresi, perfeito sua colocação. Contudo, não acho que devemos respeitar tanto assim Paulo Freire, precisamos desmascarar a doutrinação que envolve seu nome politicamente, não tem nada a ver com educação de primeira qualidade que é o que se deseja ao país….
Todos os comentários são de BOLSOMIONS disfarçados de moderados.
Paulo Freira O patrono da pior educação já vista e empregada no mundo todo. esse jornal deveria se envergonhar ao abrir um espaço para falar sobre esse crápula comunista que não respeitou os filhos e netos dos brasileiros, implantando o pior plano de educação já visto, induzindo em seus ensinamentos a proliferação dos maus costumes e das piores condutas sociais.
O brasileiro é carente. Muita gente se baseia na média ou na média do quarto quartil. Entendo que educação de massa em um país podre se vincula a justiça social e política, sem dúvida. Vamos deixar de intelectualismo besta, ser práticos e cuidar de oferecer melhores escolas e professores com dignidade a todos os brasileiros. Com merenda gostosa e farta!