Estadão Expresso
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo
No Result
View All Result
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo
No Result
View All Result
Estadão Expresso
No Result
View All Result
Conteúdo sobre as periferias pelo olhar de quem vive nelas
Home Na Perifa A voz é delas

Entrega voluntária para adoção NÃO é abandono. Entenda

A legislação prevê o direito ao sigilo para a mulher que não deseja ficar com a criança

Estadão Conteúdo Por Estadão Conteúdo
29 de junho de 2022
em A voz é delas, Direitos Humanos, Na Perifa
0 0
0
A entrega voluntária para adoção é um procedimento legal. Não é crime. Não é abandono. Saiba como funciona. Foto: Getty Images

A entrega voluntária para adoção é um procedimento legal. Não é crime. Não é abandono. Saiba como funciona. Foto: Getty Images

Share on FacebookShare on Twitter

A entrega voluntária para adoção é um procedimento legal. Não é crime. Não é abandono. Saiba como funciona:

  • Desde 2017, uma lei federal deixa clara a possibilidade de que uma grávida manifeste interesse em entregar o filho para adoção.
  • A legislação prevê o direito ao sigilo para a mulher que não deseja ficar com a criança.
  • Esse direito deve ser garantido em qualquer circunstância e não depende de ter sido vítima de violência ou não ter condições econômicas.
  • A comunicação sobre a intenção de entrega voluntária pode ser feita pela grávida na Vara da Infância e da Juventude ou a qualquer serviço público, como hospitais, escolas e conselhos tutelares.
  • Se a Vara da Infância já foi informada sobre essa decisão, deve comunicar ao hospital provável de nascimento para que também se prepare para acolher a gestante.
  • A gestante tem o direito de não amamentar nem ver o recém-nascido.
  • Caso a manifestação de interesse de entregar a criança ocorra apenas na hora do parto, a maternidade deve acionar a Justiça para garantir que a entrega aconteça de forma legal.
  • O bebê é encaminhado para acolhimento, enquanto a genitora confirma em audiência a intenção de entregar a criança. Só então o bebê é levado à família adotiva.
O assunto entrou em evidência após a atriz Klara Castanho ter sua opção de entrega para adoção exposta, contra a sua vontade, na internet. 
Klara tem 21 anos e foi vítima de estupro. Descobriu a gestação de forma tardia e procurou a Justiça para garantir que a criança fosse adotada por outra família.
A entrega voluntária não é crime, mas a divulgação dessa informação, como ocorreu com Klara, é proibida, porque a legislação prevê o direito ao sigilo para a mulher que não deseja ficar com a criança

 

“Muitas [mulheres] chegam com informação porque procuraram, pesquisaram. Podem ter sido vítimas de abuso sexual e encaminham para a entrega porque quando chegam ao serviço já não conseguem o aborto. Às vezes universitárias, bebês de relacionamentos extraconjugais” (Angélica Gomes, assistente social do Tribunal de Justiça de Minas e assessora técnica de serviço social da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção)
A IMPORTÂNCIA DA ENTREGA VOLUNTÁRIA E LEGAL

O processo visa a evitar situações chamadas de "adoção à brasileira", quando um recém-nascido é entregue de forma irregular a uma família que se passa pela biológica. Segundo Silvana do Monte Moreira, presidente da Comissão de Adoção do Instituto Brasileiro de Direito de Família (Ibdfam), ainda é comum que profissionais de saúde façam essa intermediação irregular, fora do olhar da Justiça. O problema disso é que nem sempre a família que recebe uma criança nessas condições está preparada ou tem boas intenções. Já as cadastradas na Justiça para adotar passam por cursos e avaliações psicológicas.

A entrega voluntária também ajuda a evitar situações de abandono de bebês. Segundo a juíza Samyra Remzetti Bernardi, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e integrante do Fórum Nacional da Infância e da Juventude do CNJ, hoje no Brasil são oito crianças abandonadas por dia - número maior, portanto, do que a de entregues regularmente à adoção.

OBSTÁCULOS À ENTREGA VOLUNTÁRIA 

  • Nem todos os profissionais que atendem a mulher tratam essa situação como um direito. “Sempre que possível, as pessoas tentam insistir para que a mulher fique com o rebento indesejado”, diz Silvana. Para ela, há um “mito” do amor materno que impede de tratar esses casos sem julgamentos.
  • O CNJ documentou em relatório deste ano tentativas de demover as genitoras da decisão de entregar a criança para adoção. Em um dos casos, um conselheiro tutelar argumentou a uma mulher que “onde come um, comem dois”.
  • Em outra situação, uma mulher havia tentado fazer um aborto, sem sucesso, e pediu sigilo sobre a decisão de entregar a criança para a adoção, mas o nascimento foi relatado à família por uma médica.
  • Também ocorrem sugestões para que a mulher amamente contra a vontade.
  • Mulheres de cidades pequenas buscam outros municípios para a entrega, a fim de garantir sigilo. “Elas têm medo do julgamento”, diz Angélica.
FALTA DE INFORMAÇÃO E DE PESSOAL

 Além dos julgamentos à mulher, a entrega voluntária para a adoção enfrenta gargalos técnicos. O atendimento à grávida ou à mulher que acabou de dar à luz deveria ser rápido e contar com equipe multidisciplinar, o que nem todas as localidades têm. Varas que não são exclusivas para Infância e Juventude vivem o desafio de priorizar esses casos em meio a processos de outras naturezas também urgentes, diz Hugo Zaher, juiz da Infância e Juventude de Campina Grande (PB) e presidente do Fórum Nacional da Justiça Protetiva.

Há também a necessidade de formação para profissionais de saúde, conselheiros e demais envolvidos no atendimento à mulher para conhecerem essa possibilidade e encaminhar os casos. Maternidades, por exemplo, devem estar preparadas para atuar caso uma mulher manifeste a intenção de entregar a criança para a adoção no momento do parto. Juízes relatam alta rotatividade de equipes, o que dificulta a formação dos quadros para lidar com essas situações.
“Ainda é muito estigmatizado. As pessoas acham que é errado, que é abandono. As mulheres se sentem julgadas e muitas acabam com medo de comparecer à Justiça” (Samyra Remzetti Bernardi, juíza do Fórum Nacional da Infância e da Juventude do CNJ)
Três crianças são entregues voluntariamente para a adoção por dia no Brasil. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que de 2020 a maio de 2023 foram registradas 2.734 entregas desse tipo, que são previstas pela lei. Para especialistas, o número poderia ser maior, se houvesse mais informação para as mães e menos estigma sobre as decisões.  
Com reportagem de Júlia Marques, O Estado de S. Paulo

 

Tags: Adoçãoadoção legalECAEstatuto da Criança e do Adolescente
Anterior

Cinto: essa segurança é para todos

Próxima

Para evitar fraude no sistema de cotas, USP adota banca de identificação racial

Próxima
A partir do próximo vestibular, USP vai aplicar medida de identificação racial para evitar fraude no sistema de cotas. Foto ilustrativa: Getty Images

Para evitar fraude no sistema de cotas, USP adota banca de identificação racial

Recomendados Expresso Na Perifa

Aplicativos se tornam aliados das mulheres em situação de violência 

26 de março de 2024
“O funk é libertador”: Deize Tigrona, uma das maiores funkeiras do país, fala sobre seu novo álbum

“O funk é libertador”: Deize Tigrona, uma das maiores funkeiras do país, fala sobre seu novo álbum

22 de março de 2024

E eu não sou uma mulher? 

21 de março de 2024

Conheça Concita Braga, a mulher que comanda o ‘Boi de Nina Rodrigues’

20 de março de 2024

Sobre o Expresso na Perifa

O Expresso na Perifa é um hub de conteúdo multimídia produzido por quem vive e conhece o dia a dia das comunidades e periferias do Brasil. É composto por este site, mídia social e vídeos e faz parte de um projeto da 99, empresa de mobilidade e conveniência, em parceria com o Estadão e coletivos periféricos. Oferece uma leitura leve, rápida e sem complicação para ajudar você a compreender questões importantes da vida, da cidade e do mundo.

Categorias

  • Cultura e Lazer
  • Direitos Humanos
  • Educação
  • Meio Ambiente e Sustentabilidade
  • Segurança Pública

Tags

#fiqueemcasa 99app Amazônia Amazônia Centro do Mundo App de transporte Bem-estar Cinema Coronavírus Covid-19 Cultura Desigualdade Direitos humanos Economia Educação Educação financeira Embarque no Direito (SP) empreendedorismo Favela em Pauta (RJ) Finanças pessoais governo federal Juca Guimarães (SP) Literatura Livros Meio ambiente Mobilidade Mobilidade Urbana Motoristas de aplicativo mulheres da periferia Na Perifa Indica Nós Mulheres da Periferia Pandemia Passeios PerifaConnection (RJ) Periferia em Foco (PA) Quarentena Racismo Receitas Roteiro cultural Saúde Segurança Sustentabilidade São Paulo Tecnologia transporte por aplicativo Violência policial
  • Sobre
  • Como Anunciar
  • Expediente Expresso
  • Expediente Expresso na Perifa

©️ 2019-2021 Produzido por Estadão Blue Studio | Todos os direitos reservados

No Result
View All Result
  • Na Perifa
    • Home
    • Ação social
    • A voz é delas
    • Cidadania e Política
    • Ciência e Saúde
    • Colunas
      • Barkus
      • Gerando Falcões
      • Joel Luiz Costa
      • Mulheres da periferia, Nós
    • Crianças
    • Cultura e Lazer
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Esporte
    • Finanças
    • Meio Ambiente e Sustentabilidade
    • Mobilidade
    • Mulheres da Periferia
    • Podcast Expresso na Perifa
    • Segurança Pública
    • Artigos
      • Embarque no Direito
      • Lá da Favelinha
      • PerifaConnection
      • PerifaConnection
  • Expresso São Paulo

©️ 2019-2021 Produzido por Estadão Blue Studio | Todos os direitos reservados

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In