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Conteúdo sobre as periferias pelo olhar de quem vive nelas
Home Na Perifa Colunas

Escolhi a África para meu intercâmbio. Por quê? 

Ana Moura Por Ana Moura
29 de novembro de 2023
em Colunas, Na Perifa
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Table mountain, um dos principais pontos turísticos na África do Sul - Foto: Arquivo Pessoal/Ana Moura

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Sou Ana Moura, formada em marketing. Estou há três meses em Cape Town, capital da África do Sul, um dos 54 países do continente africano. No meu primeiro mês aqui, os motoristas sempre perguntavam: “Por que Cape Town?”. Com isso, tentava lembrar por que me interessei pelo país. 

Desde 2017, esse destino estava na minha cabeça. Começou como uma curiosidade sobre o continente africano, tão próximo de nossas raízes e, ao mesmo tempo, tão distante do conhecimento popular. Com o tempo, essa curiosidade se transformou em uma possibilidade concreta. Em 2017, adiei esse desejo, mas este ano, quando decidi fazer um intercâmbio, não tive dúvidas de que era o destino ideal.

Antes de fechar a viagem, visitei algumas agências, estava focada em fazer um curso de inglês. Fiquei impressionada como a África do Sul se encaixava naturalmente nos requisitos essenciais para mim: clima semelhante ao do Brasil e custo acessível. 

Depois que fechei a viagem, ouvi perguntas meio sem noção e até uns comentários ignorantes, como “por que não foi para um lugar com ‘inglês certinho?’” ou “eles têm sotaque demais, você não vai aprender nada”. 

Lions Head: fiz a trilha com amigos do curso de inglês (brasileiros, alemã e sauditas) – Foto: Arquivo Pessoal/Ana Moura

Foi estranho sair da bolha dos amigos que já tinham vindo para Cape Town e conheciam sobre o país e passar a explicar para algumas pessoas que, na África do Sul, as pessoas falam inglês, ou até algo simples como a diferença entre o país e o continente. Não é tudo a mesma coisa. 

Estar em uma cidade tão plural foi reconfortante, pois em nenhum momento me senti hostilizada pelo meu sotaque. Pelo contrário, senti mais acolhimento, paciência e menos julgamento. Essa adaptação e exposição também foram cruciais para compreender que não existe um “errado” quando se trata de sotaque. 

Vista do Memorial Rhodes com amigas brasileiras. Cecil Rhodes, que dá nome ao memorial, foi um político britânico que desempenhou um papel significativo na colonização britânica da África do Sul. A mineração, exploração de recursos naturais e políticas discriminatórias contra populações indígenas são apenas alguns exemplos do que representou a era de Cecil Rhodes – Foto: Arquivo Pessoal/Ana Moura

Por que eu ia fingir um sotaque americano se estou falando do jeito certo? E por quê a gente acha que deve falar igual ao estadunidense ou britânico? 

Desconstruir a visão de parentes e amigos que pouco sabem sobre o país se tornou um dos meus objetivos de viagem. Em muitos momentos, compartilhei registros da viagem não apenas para registrar memórias, mas para mostrar a infinidade de possibilidades que existem aqui.

Para minha surpresa, a África do Sul abriga uma quantidade considerável de brasileiros, seja para curtir férias ou estudar um segundo idioma. Mesmo sabendo que o preço é um fator motivador, tenho a esperança de que possamos absorver cada vez mais sobre essa cultura rica e expandir esse interesse para outros países do continente africano. 

Eu mesma já incluí alguns na lista, como Namíbia, pela história, já que esse país africano também sofreu com as políticas do apartheid [sistema de segregação racial em que os povos da África do Sul foram separados legalmente pela cor da pele] e conquistou sua independência apenas em 1990. Além disso, Tanzânia, um lugar com praias maravilhosas que despertou minha curiosidade e interesse. Moçambique e Angola também são lugares que gostaria de visitar para reencontrar pessoas e conexões que conheci aqui.

Em Cape Town, uma das surpresas foi perceber como a cidade está preparada para turistas e como isso pode distorcer nossa visão sobre o que é real e o que é apenas para “o turista ver”. As expressões artísticas incríveis, a natureza belíssima e, ao mesmo tempo, a facilidade de se encontrar em ambientes turísticos criam uma mistura única.

Depois de 83 dias nessa aventura, eu volto com novas perspectivas. pude perceber que a verdadeira essência deste lugar não está nos locais, mas nas pessoas. Elas são incrivelmente amigáveis e empáticas. Está nas conversas com os motoristas de aplicativo, nos papos durante um show de jazz ou na fila de algum mercado. 

A verdadeira essência de Cape Town está nas interações e nas histórias compartilhadas por quem realmente vive isso aqui, tão parecidos com nós, brasileiros, mas que a gente insiste em não querer aproximar. 

***Este conteúdo é uma coluna de opinião que representa as ideias de quem escreve, não do veículo. 

Tags: ÁfricaAna MouraColunasIntercâmbio
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Comments 2

  1. Mariana Dias Diniz says:
    1 ano ago

    Parabéns ….Ana Paula! que Deus te abençoe sempre grandemente por ser essa pessoa incrível.linda,,,e inteligente …🙏parabéns vc merece tudo de maravilhoso pra sua vida ,,,,,

  2. Mariana Dias Diniz says:
    1 ano ago

    Parabéns maravilhosa 😻

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