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Conteúdo sobre as periferias pelo olhar de quem vive nelas
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‘Meu lugar é esse’, diz a ativista Talita Sena, em Altamira (PA), às margens do Rio Xingu

Na cidade mais violenta da Amazônia, futura médica de 23 anos fala de resistência e dos desafios da juventude no Pará

Vanessa Ramos, colaboradora do Na Perifa Por Vanessa Ramos, colaboradora do Na Perifa
6 de dezembro de 2021
em A voz é delas, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Na Perifa
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Talita Sena, jovem ativista do Xingu, em Altamira (PA). Foto: Soll/Expresso na Perifa

Talita Sena, jovem ativista do Xingu, em Altamira (PA). Foto: Soll/Expresso na Perifa

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A maior floresta tropical do planeta morre um pouco a cada dia. Quando um rio seca ou uma árvore tomba, a população sofre. Isso, somado à política governamental atual, é como um trem descarrilhando rumo ao penhasco. Essa é uma parte da realidade contada e vivida pela moradora da Amazônia, ativista e estudante de Medicina Talita Sena, de 23 anos.

Ela se apresenta como mulher amazônida preta e militante. Nasceu em Santarém, no Pará, mas por causa da faculdade vive em Altamira há cinco anos. Prestes a se formar, diz que vai continuar na cidade que a acolheu. “Sempre senti conexão com o lugar onde habito, o rio, a floresta, a terra. Isso me move para defender esse espaço. Meu lugar é esse, cuidando das pessoas.”

Ouça este podcast: ativista explica o que é racismo ambiental e como afeta negros e indígenas

Ser jovem em Altamira — Talita participa de três coletivos em que são debatidos enfrentamentos na região permeada por madeireiros, mineradores e outros predadores da floresta. As juventudes indígenas, pretas, ribeirinhas e da Amazônia urbana estão entrelaçadas nesse contexto social. “Ser jovem é desafiador em todos os lugares, mas em Altamira é ainda mais difícil. São poucos os espaços de lazer, a mobilidade é ruim e a periferia é bem perigosa”, descreve. “O acesso à educação é ruim, o desemprego é alto. Alguns jovens vivem abusos e violências dentro de suas casas e acabam sendo cooptados pelo crime, principalmente os povos da floresta.”

Cidade transfigurada — Ao afirmar que a destruição socioambiental é enorme em Altamira, Talita destaca o desmatamento e a destruição travestidos de “desenvolvimento”. Primero, a região foi atingida pelo desvio do rio Xingu para abastecer a hidrelétrica de Belo Monte. Agora, a mineradora canadense Belo Sun pretende despejar materiais nocivos ao meio ambiente à beira do mesmo rio. Tudo isso, segundo a ativista, sem consulta pública e diálogo com a população.

“A gente percebe a mudança no ciclo da água. Ano passado, tivemos uma das maiores secas nos rios, víamos peixes mortos nos igarapés. Com isso, falta alimentos para as comunidades”, lamenta Talita. “Antes, o fruto caía nas águas do rio e atraía os peixes. Hoje, cai em área seca. São os impactos desses mega empreendimentos e a negligência com a saúde das comunidades. Defender a vida das pessoas que habitam e lutam por este território, como os indígenas e os ribeirinhos, quem conhece como funciona a floresta, é defender esse lugar. É preciso entender que a gente não vive sem a floresta e a floresta não vive sem eles”, alerta.

Defender a vida das pessoas que habitam e lutam por este território, como os indígenas e os ribeirinhos, é defender esse lugar. A gente não vive sem a floresta e a floresta não vive sem eles

Talita Sena, mulher amazônida preta e militante

Paradoxos do Brasil — Talita quer falar, ainda, a respeito da participação brasileira na Cúpula do Clima, que ocorreu em Glasgow, em novembro de 2021. Sua avaliação é crítica. “A COP 26 foi importante para formalizar acordos, mas, diante do governo Bolsonaro e sua falta de zelo com o meio ambiente, não sei até que ponto isso vai ser colocado em prática.” Para a futura médica, o País dificilmente cumprirá a meta assumida de redução de 50% das emissões dos gases associados ao efeito estufa até 2030 e a neutralização, até 2050, das emissões de carbono.

A falta de esperança de Talita tem respaldo na disposição do governo em oferecer a região amazônica para a criação de gado, o agronegócio insustentável, as grandes obras, e a mineração. Também se sustenta nos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe): o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou quase 22% entre agosto de 2020 e julho de 2021, um recorde em relação aos últimos 15 anos. “O governo assina acordos, mas age de forma contrária. Isso não é surpresa para ninguém. E vemos o aumento da violência no campo, a invasão das terras indígenas, o crescimento do garimpo ilegal. E vamos sofrer de maneiras diferentes e desiguais com a mudança climática”, diz Talita.

GRUPOS DE RESISTÊNCIA JOVEM QUE ATUAM EM ALTAMIRA (PA)

Juventudes do Médio Xingu: reúne jovens do médio Xingu comprometidos com a causa ambiental da Amazônia. Debate mudanças climáticas e promove mobilizações contra o desmatamento e outros ataques aos ecossistemas. Outro ponto de atuação está na formação de jovens das periferias.
Jovens pelo Futuro do Xingu: atua na questão ambiental e, entre outras ações, ajuda a promover a limpeza nas beiras dos rios.
Levante Popular da Juventude: organização de jovens militantes voltada para lutas envolvendo questões sociais, políticas e ambientais. Promove mobilizações nas ruas e formação política das juventudes.

ALTAMIRA E PANDEMIA
Quatro dificuldades apontadas por Talita durante a pandemia de covid-19, a partir de seu estágio em medicina na rede de saúde da cidade

1. Acesso aos serviços de saúde e à informação em saúde
2. Propagação maciça de fake news e discursos antivacina
3. Aumento da insegurança alimentar, do desemprego e dos preços dos alimentos
4. Demora na tomada de medidas restritivas por pressão do comércio local

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Embarcação atravessa trecho urbano do Rio Xingu em Altamira, no Pará. Foto: Soll/Expresso na Perifa

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