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Negra Jhô simboliza resistência e afirmação de identidade

Criadora do Instituto Kimundo trabalha na preservação e valorização de identidade e autoestima de crianças e adolescentes de Salvador

Jaqueline Ferreira Por Jaqueline Ferreira
9 de março de 2022
em A voz é delas, Cultura e Lazer, Mulheres da Periferia, Na Perifa
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Negra Jhô: referência de afirmação de identidade negra em Salvador. Foto: divulgação

Negra Jhô: referência de afirmação de identidade negra em Salvador. Foto: divulgação

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“Não tenha medo de falar o meu nome, eu sou a Negra Jhô, sempre tive consciência de que seria uma mulher grande, negra e forte!”, afirma Valdemira Telma de Jesus Sacramento quando se apresenta como Negra Jhô, nome forte que ganhou pela ancestralidade que carrega em todo o seu corpo. Ela nasceu na cidade baiana de São Francisco do Conde — especificamente no Quilombo da Muribeca. Foi em um 14 de julho, o Dia da Liberdade de Pensamento. Turbancista, trancista, dançarina, atriz e líder religiosa, Jhô é uma referência para mulheres negras em Salvador.

Aos 62 anos, a multiartista não para de trabalhar. “Sem luta, não há vitória”, diz. Criadora do Instituto Kimundo, organização que trabalha na preservação e valorização da identidade e autoestima de crianças e adolescentes negras de Salvador, Jhô promove oficinas, exposições e ações em parceria com outras organizações sociais.

Sua mãe morreu cedo e ela teve de começar a trabalhar aos 10 anos. Desde pequena, faz questão de  afirmar sua ancestralidade, negada desde sempre pelas pessoas à sua volta. Terceira de sete irmãos, Jhô se emociona ao falar da arte de trançar e turbantar. “Comecei a trançar os cabelos das minhas irmãs no tijolo, no fundo de casa, empoderando sem saber nem o que era empoderar”, diz. “Nunca tive medo de mostrar esse lado meu, sempre tive consciência de que seria uma mulher grande e forte”, completa.

Ainda na infância, foi atravessada pelo racismo. Começou a usar turbantes porque as pessoas falavam mal do seu cabelo. “Amo meu cabelo negro e carapinha, mas decidi usar o meu turbante porque queria ficar coroada 24 horas e ser notada no meio da multidão”, conta.

Por suas atuações em defesa da cultura afro-brasileira e as tradições ancestrais de matriz africana, a filha de Ogum com Iansã recebeu neste ano o título honoris causa da Ordem dos Capelães do Brasil por propagar a identidade negra da Bahia para o País e o mundo através de suas intervenções.

DEPOIMENTO - NEGRA JHÔ POR NEGRA JHÔ
“Negra Jhô é uma entidade, uma ancestralidade. É a mistura de várias forças. É África com o Brasil e com o mundo. É um manifesto, porque ela não tem medo de falar. É uma mulher que chega dentro de um presídio e vai falar com a pessoa que dizem que é o mais perigoso de todos; mas quando ela chega que toca, que dá amor, que ela dá direção, as coisas se transformam. É uma guerreira, um símbolo do mundo, da fortaleza da terra. É água. É feijão. É areia do mar. É os búzios da terra. Negra Jhô é a mãe ancestral universal”
Negra Jhô por Negra Jhô: ‘símbolo da fortaleza na terra’. Foto: divulgação

Mulher Olodum há mais de 20 anos, a também bailarina fala da sua trajetória no bloco afro de Salvador. “O Olodum é um bloco vida, bloco família, e eu faço parte dessa história como mãe, mulher, Maria Olodum”, diz. Negra Jhô também é Ya Dagan [posto religioso] do Terreiro Ilê Asé Odé Lêssy.

Na Bahia, Jhô afirma sentir falta dos encontros Coroa de Ouro, uma mostra de turbantes que contam as memórias ancestrais do povo negro através do Orí (cabeça), e da Feijhôada da Negra Jhô, nas ruas do Pelourinho. Há dois anos essas atividades estão suspensas por causa da pandemia de covid-19. “Dói não ouvir o som do tambor, o som do berimbau. A Feijhôada é um encontro de valores, de resistência; trazemos bandas, culinária, nossas iguarias e a nossa corte africana”, comenta a artista.

Muito conhecida por seus pentados e turbantes para as mulheres negras de Salvador, Jhô matém um espaço de beleza afro que, afirma, não se resume a um salão e sim um lugar de amor, troca e acolhimento. Ali já ajudou a produzir diversas deusas do ébano do bloco afro Ilê Ayê, como Jerusa Menezes, Natalice Santana e Cíntia Paixão.

Mãe de dois filhos, avó e bisavó de Luna Makine, a artista fala com muito carinho e se orgulha da prole seguir seus passos e compreender os valores ensinados por ela. “Não estou sozinha, eu vou ser ancestral porque a minha história vai continuar; e eu tenho vários filhos que me adotaram e eu os adotei também. Temos muito para caminhar.”


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Comments 1

  1. José Carlos ignacio says:
    3 anos ago

    Deus queira q um dia acabe essa diferença racial. Diante de Deus somos todos iguais. Na verdade gostaria de ver se esses preconceituosos encontram-se com Jesus ele fosse negro ou mesmo nortista. Deus não separou ninguém por raça, cor ou etnia social. Deus é amor. Deus é único. O seu ou o nosso proceder é q vê diferença e assim vamos caminhando neste turbilhão de ignorância (god, save, black) q seria de nós se não existisse Deus.

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