Segundo informações das Secretarias Municipal e Estadual da Educação, as visitas desta quarta envolveram 160 estudantes de escolas públicas de diferentes regiões da capital, além de diretores e professores. O espaço foi reaberto ao público geral nesta quinta, 8 de setembro. Saiba como visitar
O dia 7 de setembro foi de reencontro e descoberta no Museu do Ipiranga. O espaço reabriu no feriado da Independência para estudantes e profissionais de educação da rede pública selecionados e trabalhadores da obra de restauro e parentes.
Entre famílias, escolas e amigos, as figuras com mais memórias e referências históricas apontavam aos demais sobre detalhes da arquitetura, das obras de arte e itens em exposição. Alguns lembravam da última visita, há mais de uma década, de lembranças da infância ou de assuntos que estudaram ainda no colegial.
VEJA TAMBÉM
COMO VISITAR O MUSEU DO IPIRANGA Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga reabriu hoje (8 de setembro) para o público geral. Até o dia 11 de setembro, a abertura será das 11h às 16h. E, a partir do dia 13, o horário será ampliado para até às 17h. A entrada será gratuita nos dois primeiros meses da reabertura e os ingressos devem ser reservados no site do museu. A partir de 7 de novembro, o museu vai cobrar uma entrada. O valor ainda não foi divulgado, mas já foi confirmado que o museu terá um dia de entrada grátis.
Celulares ou câmeras em punho, os visitantes registravam de tudo. Mas os ângulos mais disputados eram da escadaria principal das varandas com vista para o Parque da Independência e do salão nobre, diante do Independência ou Morte, de Pedro Américo. A estudante Agatha Pereira, de 18 anos, conta que somente tinha visto o museu de fora, em visitas ao Parque da Independência. “Ver de dentro é muito legal.”
Engenheiro que trabalhou na obra do jardim do museu, Fábio Sabino, de 34 anos, visitou o espaço com a mulher. Ele somente havia entrado no local uma vez, durante a obra. “Morei no Ipiranga por anos e sempre estava fechado. Era uma curiosidade que tinha.”
Assistente de direção em uma escola municipal de São Mateus, Luís Cesar Santana, de 67 anos, também já foi vizinho do museu. Ele conta ter visitado o espaço pouco antes do fechamento, há nove anos. “Agora está moderníssimo. Anteriormente, tinha ar de passado, se sentia o ar de coisa velha. Hoje está uma mistura do moderno com o antigo.”
Já Francisco Ribeiro dos Santos, de 32 anos, foi acompanhado de um sobrinho. Encarregado da climatização do museu, fez questão de fazer várias fotos e vídeos com o celular, especialmente do salão nobre, um dos locais em que o serviço que realizou teve mais dificuldades. “Não tinha ideia que iria ficar tão bonito”, conta ele, que é cearense e vive há 12 anos em São Paulo.
Com um grupo de alunos do ensino médio, a professora de História Raquel Sallum, de 37 anos, aproveitou a oportunidade para falar sobre aspectos do museu e da memória nacional. “A gente conta um pouco do simbolismo. Sobre o que é a história imaginada, revisitando o que já vimos ao longo de vários anos na escola”, diz.
Já o estudante Gustavo Reis, de 15 anos, afirma não ser tão interessado nas aulas tradicionais de História, mas que a visita lhe chamou muito a atenção, especialmente pela estrutura e arquitetura do prédio e as pinturas. Agora, pretende voltar em um sábado, com a mãe. “É diferente ver aqui do que estudar no papel.”